UTOPIAS ESPIRITUALISTAS

UTOPIAS ESPIRITUALISTAS – Jesus, Anjos, Almas Gêmeas, ET´s, “Deus”

Por Lázaro Freire – www.voadores.com.br – texto editado e organizado por Wagner Borges de onde retirei o texto: http://ippb.org.br/textos/547-utopias-espiritualistas-e-sua-razao

NEW AGE – UTOPIAS ESPIRITUALISTAS – Jesus, Anjos, Almas Gêmeas, ET´s, “Deus”

O mito de Jesus é um tanto quanto equivocado, assim como o “Jesus” que as religiões construíram. Entre tantas coisas sobre Ele, de tantas igrejas, pesquisas, mitos, evangelhos, filmes, simbolismos, psicografias, fundamentalismos e versões, cada um passou a enxergar este “Jesus” com as cores do óculos escuros que usou. Todos se julgando corretos em sua ótica e agredindo – ou ignorando – a óptica do seu irmão.

E assim, de tanto vermos distorções e descobrirmos tantas vezes que Ele não é o que disseram que era aqui, ou acolá, vimos que nenhuma das descrições se mostrava acertada. E muitas vezes desacreditamos até do que já havíamos experimentado, em Seu Nome, em outros tempos.

Entretanto, além de credos e distorções, há uma Consciência de Luz, que atua nesta frequência. E não faz diferença ser ou não o mesmo da história, ou o da religião, ou o dos mitos. Ou uma egrégora (1), materializada ou não, atuando em nome de tudo que já se fez nesta vibração. Pouco importa. Ele, ou “ele”, é pura coluna luminosa de amor e compaixão, mesmo assim.

Talvez nem haja um Jesus, como imaginávamos. Talvez, quem sabe, nosso mestre nem seja um só. Pouco importa. Mas há algo bem real, invisível aos olhos, mas visível ao coração, que justifica, como elemento comum, o porquê de tantos elementos diferentes, distorcendo ou não, colocarem neste “conceito” um ideal de amor. E na falta de nome, já que todos seriam imprecisos, eu o chamo mesmo de Jesus. Mas tanto faz.

Há também mitos sobre anjos. Cada um modificado com o tempero religioso – ou esquisotérico (2) – de quem os “vê”. Devas (3), santos, anjos da guarda, príncipes, potestades, orixás, ultraterrenos, mentores, amparadores, seres do plano mental, ET´s, comandantes estelares, consciências “da” quinta (4) dimensão (sic).

Tantos nomes, velas, quadros, credos – e tão pouco discernimento

De tanto vermos este conceito distorcido, justificando os mais estranhos sistemas, começamos a investigá-lo, a partir de nossa referência, da qual é impossível compreender Algo Maior. E assim, “inteligentes”, olhamos para o espaço a partir de nossa ótica reduzida, intencionando “averiguar e provar” o que nos transcende, a partir de descrições equivocadas. E vendo que as descrições distorcidas não correspondiam ao verossímil, passamos, pela mente, a desacreditar – até mesmo do que já havíamos experimentado em nosso coração.

Entretanto, além de credos e distorções, ainda assim há seres – ou algo maior que isso – de elevado nível consciencial. Alguns translúcidos, outros sem forma humana, outros simplesmente sem forma alguma. Alguns ligados aos elementos e equilíbrio do planeta, outros à evolução coletiva. Outros, simplesmente, ao Amor.

Seres – ou algo maior que isso – que não necessitam de palavras e são a pura expressão do “Amor Que Gera a Vida”. Perdemos nossa via de comunicação, e às vezes não os sentimos, aliados, junto a nós. Mas estes seres – ou algo maior que isso, sejam lá o que forem – existem em puro Amor, mesmo assim.

Talvez nem haja “anjos”, ou “devas”, como imaginávamos. Talvez, quem sabe, nosso protetor espiritual nem seja um só. Pouco importa. Mas há algo bem real, invisível aos olhos, mas visível ao coração, que justifica, como elemento comum, o porquê de tantos diferentes, distorcendo ou não, colocarem neste “conceito” um ideal de Amor. E na falta de nome, já que todos seriam imprecisos, eu o chamo de Anjo. Mas tanto faz.

Há também bastante fantasia romântica sobre almas gêmeas, afins e duplas de evolução. Adequadas ao comodismo de cada um, o belo conceito adquire cores esquisotéricas, romanticóides e popularescas, as mais diversas. Justifica uniões cármicas (5). Dá desculpas para o mero desejo (que poderia sem bem vivido, sem necessidade de fantasias). Endossa a emoção grosseira, sufocando o sentimento sutil.

Depois, a decepção – sempre medida pela mesma régua da expectativa. O que parecia uma saída fácil para nossa falta de vontade de atuar e perseverar pelo Amor, torna-se desilusão. Descurtimos, desistimos, desficamos, trocamos nossas oportunidades de Amor por um novo “presente pronto dos céus” – que nunca vem. E assim, em véus de Maya (6), as inúmeras (?) almas gêmeas de ontem vão-se tornando as mágoas – ou pensões alimentícias – de amanhã.

Livro O karma e suas Leis - Ramatis
Livro O karma e suas Leis – Ramatis

Aos poucos, vamos desistindo de um Amor Maior, evolutivo, a dois; e trocando duplas evolutivas por relações rasas, breves, cômodas ou sem sintonia – como se o Amor fosse culpado de nossos caprichos românticos e expectativas (7). Ao mesmo tempo em que novas receitas e livros ensinam a encontrar as tais “almas” às quais havíamos acabado de renunciar.

Em meio a tantos equívocos e fugas, fica mesmo difícil acreditar. Como não negar? Olhamos desconfiados para os filmes, já sabendo distinguir e condenar (?) a paixão como não-amor. Mas nem por isso encontramos e vivemos o verdadeiro Amor.

Entretanto, além de credos e distorções, ainda assim há duplas evolutivas – que se complementam, se ajudam e se amam, entre vidas. Se não para sempre, pelo menos por muito tempo. Ainda que não vivam sempre este Amor, de forma romântica, na Terra. Mas, também, por afinidade, nada contra poder (e saber) vivê-lo aqui, também.

Há seres que, de tão afins, podem sim se unir, de forma complementar, formando um sistema, dharma (8), ou Amor maior – assim como homem e mulher, juntos, podem dar à luz. Almas afins, com planejamento intermissivo, que nos permitem em algum momento dar e receber amor, de forma especial – e crescer com ele, para que nunca confundamos com mera paixão. Ou que nos permitem simplesmente estar estáveis, em Amor, para o cumprimento de um dharma maior. Amparadores vivos, companheiros evolutivos, exortando-nos, dia a dia – mesmo quando não é fácil ou “romântico” – ao nosso melhor.

Embora não haja promessa romântica no contrato reencarnatório, há também espaço para os reencontros de Amor – o qual, manifestado em todos os níveis, não exclui o a dois. E se serão vividos em uma vida, podem ser vividos nesta vida, ainda que por um tempo, entre os que buscam sintonia, amor e evolução. E assim, os mais produtivos se tornam mais unos e se repetem, reforçando a união que deu origem ao conceito, independentemente de suas mônadas e possíveis origens ou destinos comuns.

Podem não ser deterministas como as expectativas de alguns. Podem ser menos apaixonados, aos olhos de quem os julga, do que relações transitórias. Talvez sequer sejam reconhecíveis, por terceiros, como tão especiais. Talvez se esqueçam um do outro, após se separarem, uma vez que não se “possuem”, a não ser pela vontade. Talvez só se encontrem em breve período crítico, em que apenas alguém tão afim poderia nos ajudar. Provavelmente não escapem da transitoriedade do que se manifesta na Terra, e “desapareçam” pouco depois.

Mas não faz diferença. Mudam para sempre nossas vidas, ainda que, em Maya, nos esqueçamos quando, ou quem. São expressão do Amor, ainda assim, e este, ao contrário da paixão, é sempre eterno – mesmo quando não pode ser eterna a sua manifestação.

Talvez não sejam “almas-gêmeas”, e nem mesmo “almas-afins”, como imaginávamos. Talvez, quem sabe, nossa alma “única” nem seja uma só. Pouco importa. Mas há algo bem real, invisível aos olhos, mas visível ao coração, que justifica, como elemento comum, o porque de tantos diferentes, distorcendo ou não, colocarem neste “conceito” um ideal de Amor. E na falta de nome, já que todos seriam imprecisos, eu o chamo de Almas-Afins. Mas tanto faz.

Há também mitos diversos sobre ET´s, naves, missões de resgate planetário, comandantes… Algumas coloridas com os mais estranhos aromas e sabores New-Age que produzimos nos últimos anos. Outras, ressuscitando credos apocalípticos, segregadores de escolhidos, ou fatalistas – herança teológica de muito mais tempo atrás. Distorcidos de mil formas, passamos a desacreditar.

Entretanto, além de credos e distorções, ainda assim há consciências que não se originaram neste planeta, usando vários níveis e corpos de manifestação. Aliás, seria surpresa se nós fôssemos daqui. Ainda que não sejam exatamente o que os “adoradores de ETs” (9) gostariam de encontrar. Ainda que não “provem” nossa posição no último debate. Mas muitos os vêem, ou sentem sua presença, cada um a seu modo, e não tem mais como os negar. Não pedem religiões, nem canais, nem congressos, nem comunidades isoladas do mundo, nem adoração, nem adesivos. Simplesmente consciências de outra linha evolutiva, acompanhando e ajudando a humanidade a seu modo, mesmo que não seja o que compreendemos. O que não deixa de ser Amor, ainda assim.

Talvez não sejam “Comandantes Estelares”, e nem mesmo “Mestres dos Raios”, nem tampouco “invasores”, como imaginávamos. Talvez, quem sabe, nem sejam um povo só. Pouco importa. Mas há algo bem real, às vezes até visível aos olhos, mas também visível ao coração e à projeção extrafísica (viagem astral, projeção da consciência), que justifica, como elemento comum, o porquê de tantos diferentes, distorcendo ou não, falarem deste “conceito” de acompanhamento extraterrestre. E na falta de nome, já que todos seriam imprecisos, eu o chamo de ET´s. Mas tanto faz.

Além de todos estes conceitos, há um Princípio Inteligente, Maior, que permeia tudo. Não ouso falar sobre Ele, nem contê-lo em minhas expectativas, mas muitos tentaram. E de tanto tentarem fragmentá-lo, distorcê-lo e reduzi-lo, e nos apresentar em Seu nome ideologias e fundamentalismos os mais nocivos e desarrazoados, passamos, por bom (?) senso, a n´Ele desacreditar.

Entretanto, além de credos e distorções, além das (des)crenças, na origem do universo, na câmara secreta do coração, algo É, e Está. Por detrás do Self (10), do Tao (11), de Deus, de Jeová, de GADU (12), do samadhi (13), da individuação (14), do inconsciente coletivo (15), do akasha (16) e de tudo mais, há ainda uma Força Maior, Inteligente e Viva, nos conduzindo ao centro. Religiões e nomes à parte, pode não ser o que esperávamos Dela, mas pouco importa. Na terapia, na religião, na espiritualidade, nos sonhos, nas escolas místicas, dentro de nós ou na comunhão, Ela é força de centro, e é Amor, ainda assim, nos conduzindo ao centro deste.

Talvez não seja “Deus” ou “Tao”, e nem mesmo antropomórfico, como imaginamos um dia. Talvez, quem sabe, sejamos todos, nós e Ele, UM só! Pouco importa. Mas há algo bem real, invisível aos olhos, mas visível ao coração, que justifica, como elemento comum, o porquê de tantos diferentes, distorcendo ou não, falarem deste “conceito” divino, Centrador, Maior. E na falta de nome, Incognoscível por incognoscível, já que todos seriam imprecisos, eu O chamo de DEUS.

Mas, pensando bem… Tanto faz

Somos todos um só! – Lázaro Freire

São Paulo, 17 de maio de 2004. *** *** ***

DEDICATÓRIA: Dedico este texto ao Mestre Jesus e ao amigo “Kiko” de Assis; ao ser cristalino, translúcido, alado e angelical, que apareceu em meu quarto na semana passada, flutuando frente à frente sobre o meu corpo em catalepsia projetiva (17), emanando e ensinando a pura expressão do Amor Que Gera a Vida; à Simone “Mony” Andeglieri, alma-afim que volta e meia, entre encontros e desencontros desta(s) vida(s), me permite manifestar mais Amor, aprender, ensinar, chorar, sorrir e me conhecer um pouquinho melhor; aos amigos das naves que, fora do corpo, nunca me pediram para fazer religião para eles; e, acima de tudo, ao Incognoscível, Causa Maior do Amor de todas as outras dedicatórias, O qual, na falta de um nome, vou chamar mesmo de Deus.

– Nota de Wagner Borges: Lázaro Freire é pesquisador, projetor, espiritualista, fundador e moderador da lista “Voadores” da internet – www.voadores.com.br . Maiores informações sobre o seu trabalho podem ser obtidas em sua coluna na revista on line de nosso site – www.ippb.org.br
Originalmente pensei em postar esse excelente texto do Lázaro apenas em sua coluna da revista on line, principalmente devido a extensão do mesmo. Contudo, considerando a importância de seus apontamentos conscienciais, muito importantes e necessários dentro do contexto dos estudos espiritualistas, resolvi enviá-lo em aberto para todos. Espero que os leitores possam mergulhar fundo nesses toques conscienciais sadios de nosso amigo e companheiro de jornada, Lázaro Freire, um dos maiores pesquisadores espiritualista do país.

– NOTAS SUPER IMPORTANTES:

1. Egrégora (do grego “Egregorien”, que significar “velar”, “cuidar”): é a atmosfera coletiva plasmada espiritualmente num certo ambiente, decorrente do somatório dos pensamentos, sentimentos e energias de um grupo de pessoas voltado para a produção de climas virtuosos no mundo.
É a atmosfera psíquica resultante da reunião de grupos voltados para trabalhos e estudos baseados na LUZ. Pode-se dizer que toda reunião de pessoas para a prática do Bem e da Virtude (independentemente de linha espiritual) forma uma egrégora específica, uma verdadeira entidade coletiva luminosa, à qual se agregam várias outras consciências extrafísicas alinhadas com aquela sintonia espiritual para um trabalho interdimensional.
Provavelmente foi por isso que Jesus ensinou: “Onde houver dois ou mais em meu nome, aí eu estarei.”
Muitos dizem que não se deve misturar egrégoras de trabalhos diferentes, porém, quando o Amor se manifesta, desaparece qualquer ideologia doutrinária, e só fica o que interessa: a LUZ.
O dia em que os homens despertarem para climas mais universalistas e cosmoéticos, com certeza nesse mundo será melhor de se viver.
Viva a LUZ, pouco importa o nome, o grupo ou a doutrina que fale dela. E viva os mentores espirituais que ajudam a todos, independentemente de credo, raça ou cultura esposada.

2. Esquisotérico: expressão irônica para o pessoal que “viaja na maionese psíquica” e fantasia demais sobre a vida e a espiritualidade.

3. Devas (sânscrito): consciências superiores, que podem, a grosso modo, em alguns casos, ser comparadas ao conceito de anjo ocidental.

4. As dimensões – Admitindo as três dimensões usuais e mais o tempo como eixos, alguém não pode ser “da” quinta (ou qualquer outra) dimensão, nem morar nela – a não ser que seja um ponto. Cada eixo constitui uma dimensão. O correto seria acreditar em sucessivos espaços (“planos 3d”) multidimensionais, que se sucedessem, variando entre si, através de um eixo tal que constituiria uma quinta (ou qualquer outra) dimensão – que poderia ser a freqüência espiritual, a vibração. A quinta dimensão, no caso, seria o eixo imaginário que cortaria os sucessivos “planos” espirituais. Portanto, dizer que um ser é DA quinta dimensão, ou que habita NA quinta dimensão, ou que foi levado ATÉ a sétima dimensão, é um equívoco grave, perfeitamente perdoável para nós que não compreendemos bem geometria analítica, mas desmascarador se vier de algum suposto “mestre”, “comunicante extra-terrestre” ou “consciência superior”.

5. Uniões Cármicas: relacionamentos cuja forte atração inicial é mero atrativo para que antigos desafetos se reencontrem, ou que pendências desta vida mesmo sejam revividas com novos personagens. Devido à necessidade urgente de convívio, podem surgir sincronicidades e facilidades, facilmente confundíveis com sinais espirituais. Entretanto, estes pouco acrescentam evolutivamente, caindo na esfera da fenomenologia romântica. O forte deste relacionamento, a médio prazo, é a emoção, a estagnação evolutiva, a sexualidade, as fortes discussões e uma força cármica de coerção.

6. Maya (sânscrito): ilusão. Véus de Maya, esotericamente, representam o que nos turva a visão espiritual, de modo a não enxergarmos a natureza real e divina da manifestação.

7. Relacionamento – Não estou falando de se permitir estar com alguém interessante ao seu lado quando não se tem alguém, nem tampouco dos válidos fins bem terminados, quando os caminhos se bifurcam, mas sim da troca constante do amor por novas e novas paixões.

8. Dharma (do sânscrito): Dever, Mérito, Trabalho, Ação virtuosa, Benção, Programação existencial, Atitude feliz.

9.Adoradores de ET´s: expressão pela qual algumas consciências extraterrestres se referem aos que confundem sua participação arreligiosa e respeitosa na evolução terrestre, preferindo cultuá-los, como se os seres um pouco mais à frente compartilhassem com seus complexos de adoração e idéias fantasiosas.

10. Self / Si mesmo. Elemento maior da consciência, que engloba todos os arquétipos. A unidade da personalidade. Arquétipo central e organizador de toda a psique (do grego: “alma”). Comumente simbolizado pela mandala ou por uma união paradoxa de opostos. Empiricamente, ele é semelhante à imagem arreligiosa ocupada, em alguns credos, pela “função” do conceito maior de “Deus”.

11. Tao – Conceito taoísta para o Todo. A totalidade da divindade com sua manifestação. Pode ser associado a Deus, porém em um conceito maior, não personificado, que engloba tudo, criador e criatura, “bem” e “mal”, toda a energia (Chi) Dele manifestada, e a totalidade dos opostos (Yin e Yang) em que este Chi se manifesta.

12. G.A.D.U. – Grande Arquiteto Do Universo. A Causa Primária. Conceito de Deus não manifestado. Criador + Criatura. O Todo. Tao.

13. Samadhi (do sânscrito): Expansão da consciência; Fusão ao todo; Imersão em ágape; Experiência mística; Consciência cósmica; Último grau do Yoga; Satori (no Zen-Budismo); Encontro com o Nirvana (o conceito budista de dissolução do ego no Todo).

14. Individuação: processo de centramento psicológico, desenvolvendo a personalidade individual, e nos levando a experimentar o Self como centro da personalidade, transcendendo o ego. Longa série de transformações psicológicas, algumas aparentemente “difíceis”, que culminam na integração de tendências e funções opostas, e na realização da totalidade. A grosso modo, pode ser visto como um pequeno samadhi em vida, no qual não se busca a experiência mística direta, nem tampouco a perfeição, mas um estado de centramento e felicidade, onde o ego aumenta o conhecimento de si mesmo.

15. Inconsciente coletivo: camada estrutural da psique humana que contém elementos herdados, distintos daqueles do inconsciente pessoal. Contém toda a herança espiritual da evolução da raça humana, que eclode de novo na estrutura cerebral de todo indivíduo, incluindo padrões e imagens universais comuns a todos os povos (arquétipos), representações simbólicas específicas ou imagens arquetípicas. É a camada mais profunda do inconsciente. Normalmente inacessível à consciência comum, é de natureza supranormal, universal e não-individual.

16. Akasha (sânscrito): o elemento éter, o qual junto com água, terra, fogo e ar, forma o quinto elemento dos hindus. O conceito de “registros akáshicos” possui claras analogias com o inconsciente coletivo.

17. Catalepsia projetiva: estado alterado introdutório a algumas experiências fora do corpo (projeção), onde o corpo espiritual (psicossoma) parece “paralisado” por sobre o corpo físico, ou flutuando pouco acima dele. Desperto consciencialmente fora do corpo, lúcido, o “projetor” às vezes tenta movimentar o corpo físico, no que evidentemente não encontra sucesso, devido à queda do metabolismo e à baixa freqüência das ondas cerebrais.

OBS: As observações junguianas foram adaptadas de outros glossários da internet e da minha própria leitura de Jung, e visam apenas ser didáticas, fatalmente podendo conter em si algumas imprecisões acadêmicas ou simplificações. – Wagner Borges


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