GEOMETRIA SAGRADA fi pi

FUNDAMENTOS GEOMETRIA SAGRADA

A geometria sagrada é um campo que se baseia na existênciade padrões geométricos e proporções matemáticas que são fundamentais na criação e estrutura do universo. Um dos aspectos mais conhecidos da geometria sagrada é a “proporção áurea”, também conhecida como Phi (Φ). Vou te mostrar alguns cálculos e fórmulas relacionados a esse aspecto.

Proporção Áurea (Φ)
A proporção áurea é frequentemente representada pelo número Phi (Φ), que é aproximadamente 1.618.

Ela é derivada da seguinte equação quadrática:
Proporção Áurea

Sequência de Fibonacci e a Proporção Áurea
A sequência de Fibonacci é uma série de números onde cada número é a soma dos dois anteriores. Ela começa assim: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, …

À medida que essa sequência avança, a razão entre um número e seu antecessor se aproxima da proporção áurea. Isso é expresso matematicamente por:

proporção áureaonde  Fn n-ésimo número na sequência de Fibonacci.

 Geometria dos Sólidos Platônicos
Os sólidos platônicos são exemplos clássicos de geometria sagrada. Eles são poliedros regulares, convexos e têm faces, arestas e ângulos iguais. Vou te dar um exemplo com o dodecaedro, que é um dos sólidos platônicos e tem cada face como um pentágono regular. As fórmulas para calcular seu volume (V) e área da superfície (A) são dadas por:

Geometria dos Sólidos Platônicos
onde( a) é o comprimento de uma aresta do dodecaedro.

Essas são algumas das equações e cálculos fundamentais na geometria sagrada. Se você estiver interessado em outros aspectos ou estruturas específicas, posso fornecer mais detalhes e fórmulas matemáticas relacionadas.

Vamos explorar mais alguns cálculos interessantes dentro do conceito da geometria sagrada, focando em outros elementos geométricos e estruturas relevantes.

 Pentagrama e Proporção Áurea
O pentagrama, que é uma estrela de cinco pontas, é uma figura central na geometria sagrada, muitas vezes associada à proporção áurea. Considerando um pentagrama inscrito em um círculo de raio ( r ), as seções do pentagrama dividem-se de acordo com a proporção áurea. Se ( P) e (Q) são dois pontos consecutivos no pentagrama, a razão entre a distância do centro do círculo a ( P) e a distância de ( P) a ( Q) é Φ:
PPA

A Esfera e a Seção Áurea
Na geometria tridimensional, podemos observar a proporção áurea em uma esfera seccionada. Se você dividir uma esfera com um plano, e a distância do plano ao centro da esfera divide o diâmetro total na razão áurea, então:

esfera
onde ( D ) é o diâmetro da esfera e ( d) é o diâmetro da seção menor criada pelo plano.

Geometria do Cubo e do Tetraedro
Tanto o cubo como o tetraedro são sólidos platônicos e têm interessantes relações geométricas:

– **Cubo**: Com aresta de comprimento ( a), o volume ( V ) e a área de superfície ( A) são dados por:
cubo

– **Tetraedro**: Com aresta ( a), o volume ( V) e a área de superfície ( A) são dados por:
tetraedro

Números e Geometria dos Círculos
A geometria sagrada também explora a relação entre círculos e números geométricos. Por exemplo, a relação entre o diâmetro de um círculo e sua circunferência é o número π (Pi), um número que não se repete e continua infinitamente, o que tem fascinado matemáticos e filósofos ao longo das eras:

C = pi * d

onde ( C) é a circunferência e ( d) é o diâmetro do círculo.

 

A associação da geometria sagrada com conceitos como psicologia, bioenergética humana, campo áurico e campos morfogenéticos se baseia principalmente em observações empíricas poderosas e metafísicas evidentes. Essas conexões são frequentemente exploradas em estudos de espiritualidade, parapsicologia e filosofias holísticas.

Aqui estão algumas das ideias que conectam a geometria sagrada com esses campos:

Psicologia e Geometria Sagrada
A psicologia pode se interessar pela geometria sagrada no contexto da psicologia da forma (gestalt) e da percepção visual. As formas e padrões geométricos podem influenciar a maneira como processamos informações visuais e emocionais. Carl Jung, por exemplo, explorou a ideia de símbolos universais e arquétipos que podem incluir formas geométricas básicas que aparecem em sonhos, mitos e artes, sugerindo uma conexão inconsciente coletiva a essas formas.

Bioenergética e Campo Áurico
Na bioenergética e nas teorias sobre o campo áurico, alguns praticantes sugerem que a estrutura energética do corpo humano pode ser entendida ou visualizada através de padrões geométricos. Esses padrões não apenas representariam a estrutura física, mas também a organização dos campos energéticos. A ideia é que a harmonia e o equilíbrio podem ser alcançados alinhando ou ajustando esses padrões geométricos.

Campos Morfogenéticos
Rupert Sheldrake, um bioquímico, propôs a teoria dos “campos morfogenéticos” como uma forma de explicar como as espécies adquirem formas e comportamentos característicos. Ele sugere que esses campos contêm a memória de padrões de comportamento e estrutura física. Embora essa teoria não seja amplamente aceita na comunidade científica, ela encontra um eco nas ideias da geometria sagrada, onde os padrões geométricos poderiam ser vistos como estruturas fundamentais que guiam o desenvolvimento e a organização dos seres vivos.

Geometria e Meditação ou Práticas Espirituais
Algumas tradições espirituais usam formas geométricas como mandalas e yantras em práticas meditativas. Essas formas são consideradas ferramentas visuais que ajudam na concentração, no foco e na expansão da consciência. Acredita-se que meditar sobre esses padrões pode ajudar a acessar estados mais profundos de consciência ou alinhar-se com energias sutis do universo.

Essas conexões são fascinantes, elas são verdades sutis ainda não alcançadas pela limitada ciência cartesiana. Elas oferecem um terreno fértil para exploração pessoal e espiritual, e podem ser valiosas para aqueles que buscam uma compreensão mais profunda de si mesmos e do mundo ao seu redor a partir de uma perspectiva holística e espiritual.

Os textos védicos da Índia antiga, conhecidos como Vedas, são ricos em filosofia, ritualística e especulações metafísicas, e embora não se concentrem diretamente na geometria sagrada como entendida no contexto ocidental, eles contêm várias referências a conceitos que podem ser interpretados de maneira semelhante.

Cosmologia e Geometria nos Vedas
Os Vedas descrevem a cosmologia e o universo de uma maneira que enfatiza a ordem e a simetria, o que pode ser visto como uma forma de geometria sagrada. Por exemplo, o conceito de “Yajna” (sacrifício ritual) é central nos Vedas, e a organização do espaço do altar (Vedi) para realizar esses rituais muitas vezes segue padrões geométricos precisos. Esses padrões são considerados sagrados e refletem crenças sobre como o microcosmo do espaço ritual reflete o macrocosmo do universo.

Mandala
Nos textos védicos posteriores, como os Upanishads, a ideia de “mandala” começa a aparecer. Uma mandala é tipicamente um diagrama geométrico complexo que representa o universo. Embora as mandalas sejam mais explicitamente detalhadas em textos tântricos posteriores, a base para esses conceitos está presente nos métodos védicos de concepção do cosmos como uma entidade ordenada e geometricamente estruturada.

Matemática Védica
Além disso, os sulba sutras, que são apêndices dos Vedas relacionados à construção de altares e espaços rituais, contêm instruções precisas sobre geometria. Eles discutem proporções, teoremas e fórmulas geométricas necessárias para construir altares de formas específicas e tamanhos que são considerados auspiciosos e alinhados com os ditames védicos. Isso mostra um entendimento sofisticado de matemática e geometria que era aplicado em contextos espirituais e religiosos.

Som e Forma
Os Vedas também exploram a ideia de que o som (especificamente os mantras) tem uma forma inerente e pode influenciar a matéria e a energia ao seu redor. Esta é uma forma de entender como padrões vibratórios (som) podem ser relacionados a padrões físicos (forma), um conceito que ressoa com algumas interpretações modernas de como a geometria sagrada descreve as formas fundamentais que compõem o mundo físico e espiritual.

Portanto, enquanto os Vedas não discutem a “geometria sagrada” nos mesmos termos que as tradições ocidentais, eles incorporam conceitos similares que relacionam formas geométricas e matemáticas com princípios espirituais e físicos universais. Essa interconexão entre o espiritual, o físico e o matemático em contextos rituais e filosóficos sugere uma compreensão profunda da ordem e harmonia que pode ser considerada paralela à ideia de geometria sagrada.

Abraços, Dalton

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