EU QUERO MEU JARDIM - Colônia Espiritual Metrópole do Grande Coração

EU QUERO MEU JARDIM

Eu quero o jardim que eu imaginei…

Você nada me prometeu além da redenção do dharma.

Eu “desci” alegre e esperançoso nos espaços da consciência, e um novo corpo eu ganhei…

Ao abrir os olhos, eu chorei…

Velhos desafetos eu encontraria.

Só muito mais tarde os amigos sinceros de que eu nem me lembrava iriam surgir.

Sim, eu chorei de novo e chorei mais uma vez, mas ainda assim eu segui…

A adolescência chegou e eu não me lembrava daquele jardim,

Eu havia esquecido o meu dharma.

Me senti deslocado naquele porão consciencial tão jovem.

Eu pensei em me matar, mas de fato, eu não queria morrer.

Eu só queria era ser feliz e me encontrar.

E mais uma vez eu me amargurei, nem sabia direito o porquê.

Eu me enxergava num mundo estranho e mau.

Eu não entendia o sentido da vida.

Eu não sabia o porquê de minha existência.

Alma errante no mundo, revoltada e rebelde.

Ia, errava, batia e voltava, igual a brinquedo eletrônico.

Tinha saudades de algo que não lembrava.

Sofria de uma melancolia transcendental crônica,

Aquela família estranha não me acalentava.

Eu tinha dificuldades na escola, de estudar e entender as coisas.

Fugi para as enciclopédias e as devorava nas madrugadas solitárias…

Eu fingia que não sentia, mas meu coração soluçava.

Eu comecei a desenhar e a escrever coisas estranhas.

Havia muita amargura e frustração naquelas linhas e formas.

E meu coração gemia sem esperanças…

Eu me sentia o último dos homens de uma terra perdida,

Era um deserto da consciência.

Aos trancos e barrancos sobrevivi.

Se para as pessoas, carregar 1 quilo era 1 quilo, para mim eram 100 quilos.

Se para as pessoas, viver 1 hora era 1 hora, para mim eram 100 horas.

Eu era o excluído, o esquisito que sofria o bullying psicológico, moral, energético e físico.

Era um inferno sem alma…

Era a eternidade vazia das horas lentas, na infinitude da solidão e desprezo.

Era um vazio sem sentido.

Mas naquele deserto profundo havia uma brasa escondida.

Algumas almas boas eventuais foram surgindo…

Uma aqui, outra ali e cada uma dava um pequeno sopro de vida naquela brasa quase se apagando.

Claro, sempre surgiam os demônios para pisarem e tentarem apagá-la.

E eu via o vazio das pessoas a volta e seu sofrimento silencioso do qual nem elas mesmas percebiam.

Eram como robôs satisfeitos sem alma,

Eram bem adaptados a um mundo doente.

Mas quem se sentia doente era eu…

Eu era o escárnio, eu era a ralé, um estranho extraterrestre com alma.

Mergulhei nos estudos das pirâmides e seus mistérios, nos ETs e suas naves, Triângulo das Bermudas e do mundo paranormal.

Eu queria fugir, mas era nesse ambiente que eu me sentia em casa a buscar uma compensação.

E tudo foi dando “errado” no planejamento de minha vida diante do paradigma social.

Era o percorrer das horas lentas em que eu tinha ainda muito a aprender.

Nunca me curei dessa ingenuidade que acredita nas pessoas.

Nunca me cansei de ser enganado e usado.

Já mais experiente apenas tentava sobreviver e me encaixar.

Os caminhos mudaram e grandes curvas ocorreram…

E as coisas continuavam a dar errado do ponto de vista social.

Mas alguns anjos apareceram e regaram as sementes daquela alma tão errante.

Outros anjos surgiram e sopraram aquela brasa tênue, que se transformou em pequena chama tremulante.

E as sementes da consciência germinaram ao lado das chamas do coração.

E aquela alma começou a escrever, a escrever, a escrever…

E sua consciência se expandiu…

E a alma chorou, mas agora de alegria…

E a alma chorou, cantou e amou em forma de linhas e letras…

E ela rimou e rabiscou contos, prosas e versos.

E tanto fez que se lembrou dos jardins…

E hoje, seu sonho é ter um jardim, em sua casa, numa terra quente e tropical, onde possa escrever nos verões e invernos, primaveras e outonos, onde possa aprender a amar com os espíritos elevados das colônias astrais superiores, onde antes de reencarnar se encontrava, para conversar e ouvir os mentores da alma e os orientadores do coração, naqueles jardins etéreos da Colônia Extrafísica na Metrópole do Grande Coração.

***

Eu sou Dalton Campos Roque, autor de 23 livros, médium de Ramatís e de quaisquer espíritos do bem, e vivi tudo isso, passei por tudo isso e nem sei como consegui chegar até aqui. Cursei Engenharia Civil, e se tivesse dado certo na profissão e prosperado, jamais estaria aqui hoje cumprindo meu dharma de escritor nas linhas da espiritualidade, mesmo vivendo de forma simples.

Foi o erro que deu certo sob os olhos do paradigma consciencial, são as linhas tortas por qual Deus escreve seus desígnios de quem errou antes e só almeja a redenção e o bom caminho da retidão da alma.

Eu aceitei meus desígnios, mas ainda carrego o fardo de meus ônus cármicos, mas não quero saber, quero ter minha casa própria, na minha medida e quero ter um lindo jardim verde, florido e aconchegante onde possa terminar meus dias escrevendo linhas de amor e luz dos Grandes Espíritos da Consciência e da Paz.

Dalton Campos Roque, Curitiba, domingo, 02/08/2020 – em uma tarde fria, dividindo meu cafofo com minha amada Andréa, um anjo, uma amparadora em minha vida.

Não deixe de ler O QUE É SENTIMENTO DE ESTRANGEIRO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Site Protection is enabled by using WP Site Protector from Exattosoft.com