o caso de felipe, o projetor astral

O CASO DE FELIPE, O PROJETOR ASTRAL

Do livro Contos que curam a alma de Dalton C. Roque https://clubedeautores.com.br/livro/contos-que-curam-a-alma
 
Felipe era um projetor astral consciente espontâneo. Ele não se importava com religiões, nem mesmo espiritualidade, e também não poderia dizer que era cético, pois ele acreditava em carma e reencarnação. Era cético para algumas coisas, para outras não.
 
Uma pessoa simples, bem-humorada, irreverente diante de vida, bastante ético, adorava tomar sua cervejinha no bar, mas nunca exagerava, sabia comedir no ponto certo e nenhum de seus amigos o induzia, ele tinha personalidade e não permitia.
 
Ninguém de sua roda de amigos sabia de seu talento projetivo, aliás, eles não sabiam nem que isso era possível. Estavam dormindo na matrix das massas robotizadas.
 
Enfim, Felipe tinha um nível de consciência mediano por causa de sua ética e também por causa de sua lucidez astral , ou como dizem os técnicos, sua lucidez extrafísica.
 
Tinha projeções nas montanhas, volitava por cima do oceano, ia visitar Paris, volitava pelas ruas da cidade, e tinha uma série de experiências astrais interessantes e diversificadas.
 
Embora pareça interessante, embora sejam experiências de muita lucidez e excelente rememoração, não eram experiências de alto nível, ou melhor, não eram nem de bom nível, eram experiências mal aproveitadas. O único benefício direto que Felipe retirou deste fenômeno foi que conseguiu, por ele próprio, perceber que a morte não existe, e que existem o carma e a reencarnação. Talvez já seja um grande passo.
 
A projeção astral é uma experiência auto comprobatória, onde é impossível convencer algum cético que ela existe, e também impossível convencer o projetor astral prático, que a vivencia, de que ela não existe.
 
E claro, todo mundo tem um anjo da guarda, mas esta expressão é mitificada e religiosa, embora seja verdadeira. O que temos são amparadores, ou seja, amigos espirituais que nos inspiram e nos “protegem” até certo ponto. E claro, Felipe tinha seu amigo espiritual também!
 
Você vai perguntar: onde está ele então?
 
Está junto de Felipe o tempo todo, principalmente nos momentos das viagens astrais. Desde a saída do corpo físico até seu retorno, o amparador chamado Guedes zelava por Felipe na medida que ele aceitava.
 
Guedes não usava turbante, não tinha barba branca longa, não fazia pose de mestre, não falava empola-do. Era como a maioria dos amparadores de todos nós: era um humano desencarnado tentando ajudar. Ele usava uma bermuda jeans desbotada, chinelos simples e camiseta.
 
E sabe aquele barzinho que Felipe frequenta? Ele vai projetado lá, senta-se na mesma cadeira. E sabe quem senta junto e conversa com ele? Seu amigo espiritual, o Guedes.
 
E os dois eventualmente conversavam como se fossem dois amigos encarnados. Era um diálogo fluente e cheio de bom humor naquele mesmo bar com total simplicidade. Felipe era alegre, Guedes também era, afinal, não poderia ser amparador dele se não fosse por afinidades.
 
Guedes dava umas dicas para começar a pensar mais em evolução da consciência, e nos vários níveis. E colônias espirituais com entidades mais elevadas.
 
Felipe respondia:
_Para mim tá bom assim! Sou simples e não quero esquentar a cabeça…
 
O amparador Guedes retruca:
_Um dia o carma te aperta e você pode ter que trabalhar para pagar os juros desta oportunidade que está desperdiçando.
 
Felipe ria e respondia:
_Se eu for para uma colônia espiritual dessas depois que desencarnar tem que ter meu cafezinho, paçoca e arroz doce com muita canela, e também tem que ter cachorro quente com muita cebola e ketchup…
 
E sorria com todo aquele bom humor.
 
Então, precisamos refletir sobre essa realidade. Isso é um conto, mas também é fato. A projeção astral em si não é nada, é apenas uma ferramenta. – Dalton Campos Roque

Neste exato momento, milhões de pessoas no hemisfério ocidental estão adormecidas, física e extrafisicamente. Essas pessoas deitam sem a mínima percepção das realidades da alma. Deitam como animais, sem a noção correta e sem a abertura consciencial necessária para galgar os níveis extrafísicos mais evoluídos. Muitas dormem flutuando por cima de seus corpos. Outras “vagabundeiam” à deriva em antros extrafísicos e bordéis astrais. Outras mais saem à cata de sensações torpes, horrorosas e, ao voltarem ao corpo adormecido, têm pesadelos horríveis.
As pessoas estão perdendo as oportunidades do conhecimento, do engrandecimento da consciência.
 
Wagner Borges – trecho do texto Projeção e Responsabilidade

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