Diante da ruptura entre Ciência e Religião, desde o Renascimento no século XVI, a primeira deu um grande salto e ajudou de forma abundante a humanidade. Mas chegamos num ponto onde há uma desproporção exponencial entre conhecimento, tecnologia e os valores humanos, entre materialismo, ciência e a ética, entre o sagrado e o profano, entre a produtividade e a humanidade, entre a ordem e o caos, entre o prazer e a felicidade.
Evoluímos desde a pré-história pelo misticismo, o medo e a fé cega até darmos o salto para o conhecimento que nos trás novos desafios na era racional. Um novo salto se ensaia no conjunto das falências dos foros íntimos, das solidões, depressões, doenças, desesperos, suicídios, guerras e assassinatos em massa.
Até os grupos religiosos, metafísicos, conscienciológicos e espiritualistas se debatem na disputa mesquinha para deterem a maior e melhor “verdade”, para estarem à frente e com maior importância perante ”seu deus” ou suas referências, qualquer que seja em disputa com os outros a quem desprezam e ofendem. E é observável com certa facilidade que quanto mais semelhante é a ideologia, doutrina e conhecimento do grupo, maior é a disputa pelo mercado de fiéis e voluntários (proselitismo) – contradição.
Qualquer grupo é uma síntese de uma sociedade que nós precisamos melhorar, portanto, por estatística, por amostragem, toda e qualquer patologia social está representada em qualquer grupo físico ou virtual que possa existir. Penso que os mais patológicos são os que pretensamente se sentem os melhores, pois acabam se nivelando ainda mais por baixo e ainda mais grave por não conhecerem o fato matemático chamado amostragem em estatística.
Inúmeras guerras que envolveram questões religiosas foram responsáveis por moldar boa parte do mapa do mundo que conhecemos. E continuam sendo. O conflito entre israelenses e palestinos em Gaza, por exemplo, envolve não só razões territoriais, econômicas, históricas e políticas como também disputas religiosas. E foi assim com inúmeras outras guerras – como as Cruzadas, por exemplo, que aconteceram do século VI ao VIII e tinham como objetivo impor o cristianismo na Terra Santa (território atual de Israel, Cisjordânia e Gaza).
Por outro lado, à ciência com seus métodos rigorosos e “impiedosos” vem iluminar a sociedade humana que ainda está mergulhada nas trevas da religião a que denomino “Idade da Religião” ou “Idade do Misticismo”, mais conhecida como “New Age” ou “Nova Era”, um misto de posturas religiosas seculares com misticismo atual (fim do século XX e início do século XXI).
Sabe-se que antes da “cura” e equilíbrio social, haverá um determinado salto para o extremo humano em sentido contrário. A tendência é um salto para o outro extremo desta régua antropológica. Quero dizer com isto, que da Idade Média, o Feudalismo, a Era Industrial até a Info Era, a Física Quântica e a Parapsicologia moderna (século XXI), algum possível “extremismo” ou rigor acadêmico se faz necessário diante do misticismo pré-histórico ainda presente na raça humana, no inconsciente coletivo, nos mitos e arquétipos, que se debate na “certeza” fundamentalista de seus dogmas místicos (religião, New Age, conscienciocentrismo institucional, fé irracional, etc) e seus dogmas não místicos (materialistas, céticos, científicos, sistemas de negação, etc), com posturas simétricas, antagonicamente extremadas, mas todas anticientíficas e anti humanistas contrariando a teoria de seus postulados e doutrinas.
Posso estar parecendo contraditório em minhas exposições, mas não me sinto assim. Prefiro nominar-me no máximo paradoxal, ou até complementar, e me sinto integrador, cumprindo ambos os papéis de um suposto novo paradigma que admite os “prós” e os “contras” numa visão mais global, de conjunto ou síntese. É a intersubjetividade racional, já que me limito a uma monografia/livro. Não é possível aqui a intersubjetividade intuitiva, mas considero-a fato.
A intuição, por sua vez, configura-se como uma forma de pensamento subjetivo, mas relevante no processo mental do indivíduo no processo estratégico organizacional. A sua configuração não pode ser descrita literalmente, apreendida ou treinada dentro dos princípios considerados racionais. (ROCHA, ?)
Sei hoje que é possível ter experiências interiores fora do pensamento lógico e que este último pode ser utilizado depois da experiência. (WEIL, 1991, p. 15)
“Sistêmico” é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento “reducionista-mecanicista” herdado dos filósofos da Revolução Científica do séc. XVII, como Descartes, Bacon e Newton. O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas acredita que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento humano, e por isso deve ser desenvolvida conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições espirituais.
É visto como componente do paradigma emergente, que tem como representantes cientistas, pesquisadores, filósofos, artistas, escritores e intelectuais de vários campos. Por definição, aliás, o pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade, e acrescento, a metadisciplinaridade. Esta última seria (ou será) a integração de todas as “disciplinaridades” já conhecidas no paradigma cartesiano estendendo-a ao paradigma consciencial.
É evidente que um novo Paradigma se faz necessário, sem, contudo, descartar o anterior que continuará sempre válido. Mas é preciso cautela científica, ainda que seja a ortodoxa como ponto de partida das poucas ferramentas que temos nas mãos.
Além do paradigma científico, enquanto Economia, Ciência e Sociedade não convergirem em seus propósitos humanos, o paradigma social continuará decadente levando com ele para baixo qualquer perspectiva de ciência séria e útil socialmente que interpreto como qualidade de vida do ponto de vista bio-psico-sócio-energético-espiritual ou ponto de vista consciencial. Afinal a economia de um país é quem dita, conforme seus interesses grupais, os rumos do mesmo, decadência ou ascensão, e neste bojo toda ciência nele contido. Ciência egoísta não é ciência, é interesse.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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