Eu, o autor e mantenedor do site Consciencial.Org (40 páginas, 1704 posts, 2000 imagens, vários testemunhos e comentários, autor de 25 livros, médium, sensitivo, projetor astral, pesquisador da consciência) sei como dá trabalho manter um trabalho espiritual idôneo, sério, responsável durante décadas, inclusive de forma discreta que é a minha natureza. Na web comecei em 2001 com este site que dá muita despesa e um trabalhão, e nunca mais parei.

Com advento e crescimento da internet a web foi sendo infestada de porcarias a iniciar da moda New Age iniciada na década de 60 e 70 nos EUA invadindo o mundo inteiro conforme abertura cultural de cada país. Na América do Sul e principalmente no Brasil, um país ingênuo de gente crédula e simples, as ARMADILHAS ESPIRITUALISTAS em forma de MODAS NEW AGE vem se tornando uma praga incontida.

O espiritualismo além de modismo espiritualista também se tornou mercado de trabalho atraindo quem tinha a veia comercial, mesmo não tendo a veia espiritualista com a chama acesa dentro do coração. Isto é, tem gente que sabe ganhar dinheiro no espiritualismo aproveitando as modas e ondas das armadilhas místicas apenas aproveitando o mercado consumidor desses modismos tão enganadores.

E as modas não param de crescer sempre iludindo que o caminho é fácil e pode ser comprado com amuletos, talismãs, rituais obtusos, afirmações, decretos e mantras vazios, usando de muletas psicofísicas como cristais, incensos e um incontável números de modismos cada vez mais ingênuos e risíveis.

Veio com isso a moda do uso de termos fantasiosos, esdrúxulos e exagerados como: estelar, cósmicos, celestial, quantiônica, para impressionar no marketing as pessoas ingênuas e de boa fé. Usam de muita sofisticação retórica fazendo uma salada espiritualista e misturando tudo: Reiki com Hoo’ponopono, com EFT, com chacras, e vai-se lá uma série de misturas “mágicas e místicas” qual uma colcha de retalhos.

Tudo que já possuía um nome, um título passou a receber o termo “quântico” no final, mas sendo sempre a mesmíssima coisa. Vou enfatizar que há gente boa e séria no meio, mas são minoria, e esses acabaram cedendo também a usar os mesmos nomes, títulos e termos que as armadilhas holísticas usam por causa da massificação do marketing New Age.

E vamos citar os nomes das armadilhas místicas ou arapucas espiritualistas que são as modas New Age:

• Coisas quânticas: terapias, tratamentos, curso e livros;
• Salto quântico;
• Iniciações esdrúxulas com rituais sem sentido;
• Terapias do Akash;
• Portal 11:11;
• Datas místicas e calendários;
• 5ª DIMENSÃO;
• Mestres Ascencionados e Grande Fraternidade Branca;
• Saia da Matrix;
• Descalcificação da Pineal;
• Alimentação Evolutiva;
• Degredo planetário dos “não escolhidos” ou a separação do “joio e do trigo;
• ETs salvadores e Ufologia messiânica;
• Surgiram um monte de Youtubers “projetores astrais” ensinando distorção e viajando na maionese;
• E uma série de bobagens e asneiras que não param de surgir e se multiplicar na web, principalmente nas redes sociais que dá muita pena.

Quero salientar que os obsessores, os assediadores, os vampiros de bioenergias amam e incentivam tudo isso.

Essas coisas anestesiam o discernimento e fazem a pessoa estacionar evolutivamente e não procurar uma melhora íntima esperando que pode comprar uma evolução, uma ascensão que vem de fora, sem precisar aplicar esforço íntimo nenhum.

Qualquer modinha que promete mundo$ e fundo$ é falsa!

Não existe ascensão sem esforço!

Não existe iniciação sem disciplina íntima!

Não existe espiritualização sem sacrifício!

Não existe evolução da consciência sem muito estudo e trabalho!

Não existe moda, mantra ou ritual que vai te evoluir de graça e na moleza sem você ter esforço, disciplina, paciência e muito desenvolvimento da concentração e estudo!

Em abril de 2021, assisti na Netflix um filme, que estava em formato de drama, mas era biográfico, de título:

RADIOACTIVE – “Uma mente brilhante. Uma grande paixão. E uma parceria que mudaria o mundo. A história incrível de Marie Curie[1]” – ou em bom português RADIOATIVIDADE.

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Para quem não sabe, pela Wikipedia:

Marie Skłodowska Curie, nascida Maria Salomea Skłodowska (Varsóvia, Polônia, 7 de novembro de 1867 — Passy, 4 de julho de 1934), foi uma física e química polonesa naturalizada francesa, que conduziu pesquisas pioneiras sobre radioatividade. Ela foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel, sendo também a primeira pessoa e a única mulher a ganhá-lo duas vezes, além de ser a única a ser premiada em dois campos científicos diferentes. Ela teve papel fundamental no legado da família Curie de cinco prêmios Nobel. Ela também foi a primeira mulher a se tornar professora na Universidade de Paris e, em 1995, se tornou a primeira mulher a ser sepultada por seus próprios méritos no Panteão de Paris.

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Depois que a descoberta da radioatividade foi divulgada pela imprensa e chegou as massas, as pessoas começaram a abusar do termo “radioativo” para tudo – isto pode ser conferido aos 34 minutos do filme citado – e a usarem no marketing de forma leviana, vou citar alguns:

• Sais aromatizantes radioativos;
• Fósforos radioativos;
• Cigarros radioativos;
• Chocolate radioativo;
• Pasta de dente radioativa;
• Pó de maquiagem radioativo;
• Jaqueta radioativa.

Você leitor deve estar rindo, pois eu também ri, evidente que fora dos reatores e das armas nucleares nada pode ser artificialmente radioativo, senão envenenaria a todos. Foi exatamente a mesma coisa que ocorreu depois do filme “Quem somos nós” que abstrai sobre a Física Quântica e popularizou a expressão. Daí, muitos espiritualistas encamparam o termo “quântico” em suas terapias, tratamentos, cursos, livros e produtos em geral para fins de marketing. Tudo, que já era quântico (pois tudo é energia), recebeu o termo quântico no fim do nome, uma mistura de marketing antiético com moda espiritualista, que faz sucesso enorme entre os leigos.

A mesma coisa aconteceu com o termo HOLÍSTICO há uns 20 anos, até ficar enjoado de tanto ser repetido e agora o QUÂNTICO já está se esgotando também.

Comecei a ficar assustado quando iniciou uma nova moda “marketeira” de usar o AKASH no nome: TERAPIAS DO AKASH. E isso começou a me aguçar a curiosidade sobre o mesmo. Comecei a ruminar sobre o que é de fato o AKASH e o que eu poderia descobrir e apresentar de novo para elucidar as pessoas.

Quem lê bons autores (profundidade e idoneidade) não cai nessas modas new age, espiritualistas, da internet e das tolices de redes sociais. Estamos na época dos falsos mestres, falsos gurus, falsos canalizadores, falsos médiuns, todos querendo fazer sucesso, angariar seguidores, obter visualizações e ganhar clientes e cliques pagos.

Mas ler livros grossos e profundos, que vão além dos romances, assistir bons documentários, boas biografias, não querem, pois dá muito trabalho pensar.

Atualmente basta simpatia, um sorriso aberto, aparência estereotipada, boa comunicatividade e fluente retórica, que o elemento não precisa de conteúdo para convencer, e, qualquer um fala de “coisa quântica da quinta dimensão” sem sequer saber do que está falando. A realidade é que reencarnam 10 médiuns para esclarecer e esses encontram 10 milhões que semeiam a desinformação sem qualquer ética.

[1] Madame Curie é um filme estadunidense de 1943 do gênero drama biográfico, dirigido por Mervyn LeRoy.

NOTA: parte deste texto foi retirado da obra AKASH do mesmo autor.