CRIAR GLOSSÁRIO NÃO É CRIAR CIÊNCIA

O meio eso / exotérico / místico / espiritualista / espírita e afins, com o advento da internet, dos documentários, com a popularização dos conceitos superficiais da Física Quântica, o declínio moral e institucional das religiões, também da crescente (e justa) crítica dos céticos, frente a tanta imbecilidade religiosa / espiritualista / mística, faz com que os estes e outros nichos afins, tentem desesperadamente (atrás de voluntários, de fiéis, de seguidores na web) tentar validar suas mistificações através de conceitos aparentemente científicos, usando e abusando de termos técnicos, manipulando a ingenuidade do grande público, que possui, digamos assim, um discernimento consciencial questionável.

Depois dos filmes “O SEGREDO”, “QUEM SOMOS NÓS” e “MATRIX” a praga se consolidou de tal forma, que está “imparável” – (descuple, criei este termo agora – kkk – algo que não dá para frear – kkk).

Cada meio acadêmico, científico cria seu próprio jargão. Há o jargão médico, o jargão dentro da Física, da Biologia e etc. No espiritualismo / espiritualidade / religiosidade / parapsiquismo não poderia ser diferente, mas as vezes há um exagero, um excesso, um abuso, tentando criar uma FALSA autoridade moral e técnica através disso.

Ciência é pesquisa, é ação, é fato, o que vem da teoria ou que vai a teoria, e por último, leva a determinadas leis, sendo bem simples.

lei hipotese e teoria

Se no meio acadêmico há contradição e posturas que passam longe do consenso, os métodos de pesquisa, observação e conclusão são bem semelhantes (prática). A teoria sozinha não é e nem faz ciência.


Sinonímia x Antinonímia – hipocrisia evolutiva

Sinônimo é a expressão que tem o mesmo significado, antônimo significa o contrário ou expressão oposta.

Está cada vez mais na moda escrever de forma técnica e rebuscada para dar ar de científico ou de evoluído. Muitos artigos e até mesmo livros trazem as sinonímias (sinônimos) e antinonímias (antônimo ou contrário) dos tópicos tratados.

A nova moda utilizada para desclassificar as outras linhas de pensamentos e grupos evolutivos é utilizar a antinonímia nos textos. Vou explicar.

Num certo texto que citava a Cosmoética, foi colocado como antinonímia a ética, mas vamos analisar isto melhor. Sabemos que a ética é a moral social humana e legal e que a cosmoética é a moral cósmica, superior, justa ética dos espíritos superiores.

Em muitos casos mesmo dentro da ética estaremos indo contra a cosmoética, mas em outros não! Muitas vezes quando devolvo um troco errado estou sendo ético, mas estou sendo cosmoético também. Existem pontos em contrário sim, mas nem tudo!

Imagine dois círculos fazendo uma interseção, lembre-se das aulas de conjunto do segundo grau. Imagine que um círculo é a ética (o menor) e outro (o maior) a cosmoética. Na interseção eles possuem uma área em comum, que não pode e nem deve ser considera contrário.

Falácia da antinonímia

Há também um truquezinho que define e cria um conceito de algo bom, sadio e evoluído, onde enquadro as características evolutivas de meu grupo na sinonímia, e na antinonímia eu coloco os outros grupos, considerando-os escória evolutiva. Uma forma sutil de fazer lavagem cerebral (falácia).

Há quem não pague seus impostos (sonegação), alegando que pagar imposto é atitude ética, então sonegar deve ser a cosmoética – ironia.

 

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