Eu vou confessar a você que nunca fui pessoa fácil. Apresentamos (todos nós) tendências já de berço, mas de qualquer forma desde sempre eu fui bem humorado, piadista e zombador, claro, há um limite, mas antes eu ia além do limite e sacaneava as coisas, fatos, eventos e pessoas. Fazer trocadilho, até hoje é minha especialidade, sempre fui muito bom com as palavras e a retórica (principalmente para humor), e então entrarei um pouco nesse ponto de zombaria em que me classifiquei para contar uma história projetiva real com minha falecida tia Zizi.
Lá em casa éramos 3, eu o primogênito, um ano e meio atrás de mim, o irmão Roberto já falecido há uns 12 anos, e atrás dele, um ano e meio depois, Denise, a caçula do coração, um amor de pessoa, que pelo talento de cuidar das pessoas e de sempre ser um epicentro de carisma e confiança se tornou Psicóloga em Juiz de Fora, MG, terra do “trem” e do pão de queijo. Se você for ver uma foto do Google Rua – Google Street, vai ver que todo mundo em Juiz de Fora usa chapér de páia. Quem nasce em Juiz de Fora não é juiz de forano, é caipira kkkkk, e eu sou um deles, o principal. Aliás, escrevo essas linhas agora com o meu chapér de páia também.
Então, éramos 3 irmãos unidos, pentelhos simpáticos e brincalhões. Nosso pai era brincalhão e piadista e gostava de sítio, de mato, de piadas, de música e de ajudar as pessoas como médico atendendo de graça. Ele sempre tirou as quartas para atender exclusivamente de graça no centro de Juiz de Fora em consultório particular, mesmo depois que saiu do voluntariado do ambulatório da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora.
Nós éramos um time muito brincalhão, unido e irônico, fomos criados assim, apesar do pai ser infinitamente bravo e a mãe uma católica discreta e carola. A minha mãe tinha 6 irmãs e 2 irmãos, entre elas a minha tia Zizi, que por opção morreu solteira.
A caraterística da tia Zizi era ser muito crítica, inflexível e severa, então nós 3 e mais uma dúzia de primos juntos zombávamos dela, e das outras também por vários motivos que adolescentes sempre conseguem encontrar com “toda a razão” kkkkk. Bem, éramos umas pestes! Muitos tios e tias, imagine quantos primos nós éramos, um batalhão de primos adolescentes com idades próximas dava muitas brincadeiras e muito deboche de todos para com todos.
A tia Zizi, tinha uma expressão constante de chamar as coisas de “horrível”: …”isso é horrível”, … “aquilo é horrível”, refrão repetido, que reparei logo para usar como piada. Entre eu e meus dois irmãos, então eu a chamada de “horrível” fazendo piada e ainda a ficava imitando.
E muitos momentos de piadas e emoções marcantes com meus dois irmãos, trago até hoje (2018), e acabo repetindo em minha mente solitária, instintivamente e sem perceber. Eu até havia comentado com Andréa esta história há um tempo atrás. O que quero dizer é que eu revivia a piada mentalmente, apesar de tia Zizi ter desencarnado há muitos anos – nem me recordo quando – aliás, eu mal me lembro da data de meu aniversário.
Depois de muito reviver esta lembrança mentalmente, uma determinada noite, fora do corpo, quem me aparece para me admoestar? A tia Zizi!
Ela estava linda, jovem, com um vestido amarelo com os ombros e as costas toda aparecendo e seus cachos louros enroladinhos na altura dos ombros. A saia era meio rodada, meio fofa, não pliçada, e ia até os joelhos e tinha uns detalhes pequeninos, não sei se pretos ou azuis, mas foi muito marcante.
Ela me pediu para parar de reviver tal cacoete mentalmente que estava incomodando a ela, ou seja, minhas energias conscienciais a atingiam trazendo algum desconforto. E o interessante é que tive mais lucidez da experiência quando ela se virou de costas para ir embora, após ter me dito, e não consegui me recordar do rosto dela. Bem, ela estava bem, muito bem, com aparência de 20 anos, com bela aparência astral, cheia de vida e energias como quem cumpriu bem seu papel na vida, no corpo e na carne.
Nós nem imaginamos como nossas lembranças, nossas críticas, nossas mágoas, nossas ranhetices e apegos densos incomodam e atrapalham as pessoas que se foram, principalmente os entes queridos! As pessoas estão perdidas no materialismo vazio e cultuam religião por status, aparência e rotina social.
A vida continua e nosso bom ou mal humor continua também após desencarnarmos, a vida continua e se somos egoístas e babacas, isso também continua conosco até voltamos e gastar isso da alma, sarar essa doença da alma.
Agradeço a Deus minhas sensíveis percepções mediúnicas e projetivas, pois elas são ferramentas, apenas ferramentas, que se bem utilizadas irão me ajudar a diminuir minha ignorância existencial, aprendendo um pouco aqui, um pouco ali e esmerilhando e polindo minha alma.
Por acaso, nos últimos 2 anos tenho com Andréa estudado e participado das Constelações Familiares e temos cultuado reverência aos antepassados, a toda família também, e não sei, até que ponto esta nossa prática influenciou e possibilitou esta experiência fora do corpo (viagem astral) com minha tia Zizi, afinal ela é uma ancestral também. É uma obrigação, eu repetirei, OBRIGAÇÃO, dos descendentes, das gerações seguintes prestarem respeito, reverência, reconhecimento aos anteriores, aos ancestrais, aos que vieram antes, é uma lei evolutiva, uma lei do amor, uma lei da lealdade inconsciente.
Eu sou da terceira geração da família Roque (do pai) Campos (da mãe) Potsch (do tio), mas já há mais duas gerações grandes juntas conosco se reunindo todos os anos (em Pequeri, MG, uai!) num grande encontro de gerações, e claro, a maioria, como é tradição da família, católicos kkkkk, e espero que o “Tio Daltinho” (que era chamado de Tio Daltinho maravilhoso após lavagem cerebral com sobrinhos e priminhos de menso de 5 anos kkkk) que desde adolescente era “maluco” deslocado e que lia uns livros estranhos de Parapsicologia e Hipnose, na contra-mão de todo mundo, não seja considerado um novo “TIO ZIZI”, sei lá, ou Tio Zuzu ou Tio Daldal, mas ao invés de ser chamado de “horrível”, ser chamado “um cara do demônio”, como dizem os religiosos mais fanáticos e sem noção do mundo.
Mas minha experiência é real e espontânea e eu nem esperava, e eu respiro espiritualidade sem religião, ciência da alma sem doutrina e parapsiquismo sem pacote institucional e relato a experiência com carinho, com humildade, mas com prazer e orgulho também, pois é apenas mais uma experiência entre muitas outras de minha alma conflituosa.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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