Livro Paradigma Quântico e o paradigma Consciencial Dalton Campos Roque

PREFÁCIO LIVRO O PARADIGMA QUÂNTICO E O CONSCIENCIAL

LIVRO O PARADIGMA QUÂNTICO E O PARADIGMA CONSCIENCIAL

PREFÁCIO: Prefaciado por Marco Antônio Coutinho. Poeta, escritor, jornalista e terapeuta corporal. Estudioso das grandes tradições  sapienciais, da corporeidade, das experiências fora do corpo e da morte e o morrer.

DESCRIÇÃO: Esta obra foi lançada em 2015. Uma visão social do espiritualismo na nova sociedade e na educação. Acredito que este é um trabalho muito útil aos educadores, professores, pesquisadores, cientistas, espiritualistas e estudiosos da Parapsicologia. Ele integra educação, paradigma, consciência, valores humanos, espiritualidade e evolução social e consciencial. Apesar de baseado em duas monografias (uma de Dalton e outra de Andréa) não está tão chato de se ler, até que ficou bem simples e agradável com jeito natural de livro, devido as característica do autor principal Dalton e seu modo mais coloquial de se comunicar. No entanto, as referências e notações são mantidas e bem descritas para eventuais consultas dos leitores com perfil de pesquisador. É um trabalho repleto de reflexões e autocríticas sociais e conscienciais profundas que nos remete a todos a uma reciclagem intraconsciencial e a reforma do paradigma vigente. Lancei o livro com o nome PARADIGMA CONSCIENCIAL, mas por questões de clareza, mudei para O PARADIGMA QUÂNTICO E O CONSCIENCIAL. O livro possui ilustrações e esquemas.

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Prefácio – Por Marco Antônio Coutinho 

Ao escrever que “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana”, Teilhard de Chardin constrangeu em profundidade os paradigmas em vigor, via de regra antropocêntricos, mesmo na maioria dos segmentos ditos espiritualistas da sociedade. Por mais que se busque expressar as vocações espirituais — incluídas aí as que se querem “universalistas” — o ponto de referência é sempre aquele a partir de onde se crê escrever ou pensar — ou onde se acredita ser — no caso, o elemento humano. No entanto, as próprias experiências psicofísicas, tais como, por exemplo, as chamadas experiências fora do corpo (EFCs) — venham elas como êxtase ou como vivências extremas dos momentos de morte iminente, as experiências de quase morte — são uma oportunidade privilegiada para percebermos que não apenas somos seres espirituais vivendo uma experiências humana, como não somos “espíritos humanos”, mas seres espirituais, como assevera o filósofo.

A ideia, portanto, de ‘corpos’ diversos (astrais, espirituais, búdicos, etc), ao que tudo indica um recurso didático dos antigos, torna-se, impropriamente, é lógico, uma anatomia sutil na qual acredita o reducionismo espiritualista.  No entanto, para utilizarmos ainda este exemplo, experiências de estudiosos práticos, como Robert A. Monre, indicam que, normalmente, a forma que deixa o corpo, por ocasião de uma EFC, é uma manifestação temporária, aparentemente regida pela memória do indivíduo, e que nem sempre é percebida como tal por terceiros. Eu mesmo, se me permitirem a referência a uma experiência em primeira mão, vi como um fantasma vagamente humanoide uma amiga — bastante hábil nas EFCs — que resolveu se dirigir de surpresa, certa noite, à minha casa, para cumprir um experimento que eu próprio propusera, no sentido de ‘tornar visível o corpo astral projetado’. Ela ficou surpresa com essa minha percepção, uma vez que, para si mesma, estava com sua forma costumeira assumida nas exteriorizações psíquicas.

Por outro lado, não podemos cair em outro extremo do reducionismo, também espiritualista, que vê o corpo como “apenas” uma veste para a alma, “apenas isto, apenas aquilo”. Corpo e “apenas” são palavras e conceitos que não combinam. Na minha percepção, da mesma forma que — de acordo com os postulados herméticos — a alma cria o corpo, assim também o corpo cria (ou recria) a alma, a partir do momento em que é a corporeidade que, durante a encarnação, desenha a individualidade e a noção de eu, a noção de pessoa. Sem uma boa identidade corpórea, física, por exemplo, não se tem o êxito esperado em EFCs, para falarmos apenas em um dos pontos afetados. Mas, mais do que isto, a vida inteira de cada um de nós depende imediatamente do corpo, não só para que se viva fisicamente, mas também para que mantenhamos o processo contínuo (e aparentemente interminável em vida) da construção do eu. Num certo sentido, então, o corpo é a alma. E se entendermos que, também, a alma é consciência, então não há separação real, senão simulada em funções diferentes da mesma consciência em que vivemos e que somos.

Este livro que o leitor tem em mãos mostra, com rara clareza, o resultado (em aberto) de um percurso encetado já há muitos anos por Dalton Campos Roque e Andréa L. Silva, ao longo do qual eles perceberam que os métodos — sejam eles quais forem — que utilizamos para examinar as realidades e compreendê-las, são os mesmos que podem ocultá-las de nós, ao trair a sua natureza dinâmica e semovente. Em outras palavras, as realidades são campos a serem percorridos em movimento e identidade, porque se confundem com a própria consciência que, em alguma medida, somos.

A leitura atenta de O Paradigma Quântico e o Consciencial nos esclarece que muito do que já se utilizou como método e paradigma permanece válido, e apenas não pode ser considerado completo, como se pensava anteriormente que fosse. Novos critérios, novos padrões se estabelecem para examinar as coisas, e o paradigma consciencial é talvez o primeiro que traz em si mesmo a dinâmica dos acontecimentos que se pretende perceber com lucidez e, portanto, neste sentido, por mais que se enraíze em procedimentos ancestrais, remotamente antigos, é flagrantemente novo e inovador.

Com toda a pesquisa que possibilitou O Paradigma Consciencial – uma neoconsciência, este livro ajuda a construir, sobretudo, por manifestar-se não como um relatório de descobertas, mas como fluxo reflexivo, do qual podemos participar com nossa própria reflexão. A visão transdisciplinar das ferramentas de exame, a verdade como elemento relativo de ponta, o otimismo marcante em relação à capacidade de mudança do ser humano, e a consciência como elemento integrativo do processo de conhecimento parecem ser as linhas mestras deste trabalho esmerado de Dalton e Andréa, que soa como um convite para que naveguemos com eles pelos infinitos e surpreendentes oceanos da consciência.

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* Poeta, escritor, jornalista e terapeuta corporal. Estudioso das grandes tradições  sapienciais, da corporeidade, das experiências fora do corpo e da morte e o morrer.

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