EMPRESA CONSCIENCIAL

EMPRESA CONSCIENCIAL – UMA UTOPIA

A empresa são as pessoas e não seus equipamentos, instalações e mobília. Um conjunto de pessoas com objetivo comum constitui uma empresa. As pessoas, peças chave das empresas, passam por incontáveis situações de stress na família, no trabalho e na vida em geral: afeto, sexualidade, intelectualidade, financeiro, auto-estima, etc.

A base do sucesso na vida está no controle emocional, tão moderno e tão antigo. O potencial intelectual, tão valorizado no ocidente, fica muito aquém do vasto potencial humano. Analisar os resultados da meditação na vida das pessoas é um mero mecanismo intelectual limitado, que se atém apenas aos resultados práticos pessoais ou empresariais.

De forma prática, não é possível ser feliz sem ser produtivo, a não ser que você tenha herdado uma fortuna ou acertado na loteria e tenha resolvido transformar o resto de sua vida em férias eternas. Aliás o que não é garantia de felicidade, pois os problemas afetivos, emocionais, dentre muitos continuam mais vivos do que nunca e talvez até mais ampliados, pois diante de uma certa ociosidade, ficamos diante de nós mesmos.

Assim um ser feliz se torna mais equilibrado e por conseqüência, mais produtivo. Mas será que é possível levar esta tal felicidade ao ambiente de trabalho?

De uma forma completa não! É utopia. Porém podemos melhorar o nível de satisfação consideravelmente. Não podemos esquecer que lidamos com egos que comportam vários níveis de saúde e patologia.

Afinal, o maior tempo de nossas vidas, nós passamos no trabalho. Este é nossa primeira casa e onde dormimos com a família, a segunda. Está cada vez mais comum as horas extras, o trabalho aos domingos, feriados e até mutirões e reuniões que varam madrugadas ao lado das garrafas e cafeteiras. Senão o estresse, o nível de insatisfação é iminente.

 

Em busca da Utopia

O ideal é conjugar o trinômio abençoado motivação-trabalho-lazer. Mas quão raro é encontrar quem já pise em tal patamar? Devido a falta de formação e informação, as pessoas acabam se agarrando ao trabalho como a última tábua de salvação. E ainda agradecem a Deus por conseguirem pagar as contas no fim do mês.

Isto nos leva a um novo paradigma, ou senão, a um novo ponto de observação: a base da sociedade do século XXI não é mais a família, ou somente ela. Em primeiro lugar é a empresa e em segundo a família, que depende da primeira. A vida dentro e fora de casa se tornou dependente da cultura organizacional, que já predomina muito mais que as milenares religiões que sempre portaram ideais utópicos, dogmáticos, se denominando portadores da verdade absoluta.

Hoje em dia, a religião é a fuga, e as empresas, a verdade. A verdade que sustenta e move toda máquina social, chame-a de globalização ou o que desejar. O fato é que esta, trouxe competitividade ao mercado. O apogeu do materialismo que trás os conflitos pessoais, existenciais, psicológicos, etc. As transformações profundas e vicerais se impõem como compulsórias em todas as consciências. A reboque trás a intoxicação química do prosac, do lexotan e do valuim, entre outros, que mascaram o emocional, não resolve o stresse e torna multimilionária a indústria farmacêutica, que jamais pesquisa a cura, mas tão somente os tratamentos, numa atitude leviana, comercial e interesseira.

Os consultórios psicoterápicos e as clínicas holísticas nunca estiveram tão cheias. As terapias que antes eram elitizadas por seu alto preço, já estão bem mais acessíveis. São aqueles velhos métodos de tratamento que duram longos anos, escravizando o paciente.

Voltamos ao ponto de partida. De que forma são constituídas as empresas? De consciências!

As empresas estão começando a descobrir a necessidade de valorizar e investir em seu material humano, ou seja, nela mesma. Não é questão de ser “boazinha”, é questão de bom senso, de mercado, de economia, de competitividade e de sobrevivência e lucratividade.

Os tempos são outros e as administrações imperialistas da autosufuciência do “eu sozinho” afundaram. É preciso delegar e responsabilizar para produzir. É preciso enfrentar o megadesafio de criar equipes sinérgicas que produzam mais com menos.

Mas como? Será que investir em caras máquinas e equipamentos de suporte e produção bastam? Mas e o material humano? Até em ética já se fala como técnica para o sucesso nos negócios! Quem diria!

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