A gurulatria é difícil de ser definida. Qualquer um pode argumentar que determinado indivíduo faz de seu professor de matemática um guru. Há uma linha tênue e não definida para tentar conceituar o que é guru.
A gurulatria não é apenas admiração, o respeito, o amor do aluno, discípulo, fiel, voluntário, etc., pelo mestre, professor, epicentro, etc, mas a dependência ou a paixão que o primeiro possui pelo segundo.
Não há nenhum mal em admirar. O mal está em cultivar qualquer forma de dependência, paixão ou confiança cega, muitas vezes acompanhada da falta de discernimento e da ausência de disposição para assumir o ônus de conduzir a própria evolução espiritual ou uma crença que tal guru é dono de algum tipo de verdade e que você não pode ter o acesso ao conhecimento consciencial sem a intermediação do mesmo.
O guru morre ou vai embora e o aluno “fica na mão”. A evolução é pessoal e intransferível. Devemos aceitar ajuda, mas nosso ego possui uma dificuldade muito grande de aceitar ajuda dos pequenos (que às vezes podem nos ajudar muito bem) e procura os “grandes”, para louvar, receber bênçãos, pedir receita de bolo evolutiva, “puxar saco”, suprir carências afetivas, alimentar vaidades pessoais e ainda para empurrar nossa responsabilidade evolutiva pessoal para cima dele.
É uma forma de covardia consciencial, medo, carência, falta de autoestima e autoconfiança. Quem precisa de louvor é ego, quem é Mestre só considera o trabalho consciencial do discípulo e não sua admiração.
Há ainda outra forma de gurulatria que não louva o mestre de forma explícita, mas canoniza o conhecimento veiculado pelo guru, considerado verdade absoluta ou verdade relativa eterna inatingível (a mesma coisa que absoluta).
Gurucentrismo
Falando de fanatismo, o gurucentrismo nunca esteve tão na moda no ocidente do século XXI. É a mesma coisa que gurulatria. Temos gurucentrismo, epicentrismo, gurulatria, adoração em nova roupagem. “Orientalismo” importado que impede os “ocidentalistas” de ofenderem o Oriente de “esdrúxulo”, místico e similares.
Temos uma mistura de adoração e louvor globalizado no mundo todo sem distinção de fronteiras. Estão adorando de forma discreta, falaciosa, elegante, intelectualizada ou de forma piegas, emocional, franca e apaixonada gurus do mundo todo, sejam encarnados, sejam desencarnados.
Eu, particularmente gosto de muito de alguns sujeitos do Oriente e outros do Ocidente, tanto encarnados quanto desencarnados, mas não os sigo ao pé da letra e nem os defendo com unhas e dentes. Universalismo é serenidade.
Infalibilidade das lideranças e “gurus”
Não consigo ver perfeição nas pessoas, mas acho isso natural. O maior erro é alimentar expectativa quanto ao saber, conhecer, moral e ética alheia. Todos erram, são falhos, tem fissuras, tanto a nível técnico, profissional ou moral.
Muitos gurus do século XXI, que não admitem este rótulo, acabam se preocupando demais com a imagem por causa da expectativa das pessoas. As massas, inseguras, precisam dos mitos, dos heróis, dos Avatares, Cristos e Budas como referência evolutiva. Creio que faz parte da evolução consciencial. Em algum nível eu, o autor, também preciso, mas evito alimentar expectativas, quanto aos gurus encarnados que sobem aos palanques e tribunas, escrevem livros e se tornam ídolos de fãs apaixonados que perdem o discernimento.
Vejo a insegurança das pessoas nesse afã de idolatria e vejo insegurança dos gurus em alimentar isto, alimentar a expectativa de perfeição, infalibilidade, superioridade evolutiva.
Vejo os mesmos fãs dos astros do futebol nas linhas e opções evolutivas, que assim, acabam não podendo questionar estes, que também não querem, têm medo de serem questionados, mantém distância através da permissão da adoração de seus fãs fiéis.
A não-admissão da simples possibilidade de suas falhas é fundamentalismo dissimulado. Que me perdoem a ousadia de questioná-los, ser seguro e independente.
Segundo a Conscienciologia “A gurulatria é a parapatologia da adoração sem discernimento de líderes carismáticos, muitas vezes autodeificadores e exploradores da ingenuidade e carência dos seguidores”.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.