Deitei fazendo um misto de práticas espirituais-bioenergéticas habituais, sendo intuído com algumas práticas novas. Orei, refleti nos meus egos, em meus carmas, erros e dores. Fiquei ainda mais reflexivo e circunspecto.
Senti uma mistura de vontade forte com uma descrença em minha própria competência, com vacilo, mas numa vontade sincera e profunda de evoluir consciencialmente e de uma baixa autoestima que iria fazer minha sintonia cair.
Eu confesso, sou assim, oscilo minha sintonia entre lá e cá rapidamente. E fazendo as práticas entrei em estado vibracional e adormeci.
Acordei num local estranho, fora do corpo, no espaço, no alto, mas havia uma espécie de chão abaixo dos pés que não sei explicar. A minha frente um amparador simples, de roupas largas em azul opala brilhante. Um pequeno turbante também azulado oriental e pequeno cavanhaque negro. Um olhar profundo, muito profundo, que novamente “enxergo” agora enquanto escrevo estas linhas pulsando a sintonia dentro de meu peito.
Impressionante! Nenhuma palavra minha vai conseguir explicar, mas este texto é para tentar.
De volta ao momento extrafísico, a frente surge um caminho quase liso, agora sim, parecia estar num plano alto (de altitude) com caminho de natureza verde baixa rumo ao horizonte. Acima um lindo céu azul noturno, absurdamente estrelado, com lua cheia, enorme, linda e prateada, quase sorrindo.
Antes de começarmos a caminhar meu amigo esboçou um muito sutil e discreto sorriso, cuja compaixão e profundidade me impressionaram imensamente.
Toda minha vida começou a passar nítida em minha mente, mas a nível de sentimentos que de imagens lineares planas. Era uma síntese do meu ser nessa encarnação, num paradoxo, que parecia rápido, mas parecia lenta e eu não me perdia na visão de conjunto e concentração.
O tempo todo aquele olhar tão profundo, forte e compassivo me envolvendo. Senti que iríamos caminhar e conversar naquele lindo caminho extrafísico belíssimo.
Senti que a experiência era um prêmio. Eu havia há poucas semanas me auto desafiado a perdoar a todos incondicionalmente e sem exceções. Comecei a pegar mentalmente aquelas pessoas que eu tinha mais mágoa e comecei a trabalhar meus sentimentos em meu chacra cardíaco.
Fiz fila, fui do mais grave para o menor e estou trabalhando isso todos os dias, espantado e motivado com minha vontade e disposição. Ainda não consegui perdoar tudo e até não consegui em coisas pequenas e medíocres como as peripécias do trânsito, mas chego lá.
Tenho coisas graves para vencer nesta encarnação, já venci uma (com meu pai) e estou vencendo a segunda e vou vencer as seguintes.
Então ganhei um prêmio de motivação e eis-me ali no extrafísico por mérito consciencial. Não é a primeira vez que isto acontece em minha vida, uma vez um amparador mais pessoal me tirou do corpo e me mostrou meu pai me assassinando com ódio em encarnação anterior, e digo com orgulho, me ajudou e esta situação eu venci com amor.
Programação existencial, dharma principal é isto, é vencer a si, e todos possuem esta “missão” / “programação” cármica existencial.
Mas de volta ao momento com amparador, após a visão de síntese de minha vida, de frente ao amparador, eu comecei a me julgar. Ao mesmo tempo que via meus defeitos tão graves e via aqueles olhos profundos do amparador eu comecei a questionar mentalmente:
_Que incrível, que impressionante, me sinto amado e respeitado aqui por ele, embora esteja com a alma devassada e aberta sem esconder nada.
Eu pensei que ia começar a me julgar e a baixar minha sintonia e perder a experiência, mas o que me impressionou, foi o olhar profundo e de compaixão dos olhos dele, cheguei a dar um passo lento a frente e pensei:
_Como pode ele não me julgar?
E fiquei fixado nisso e fui repetindo a frase e as lágrimas começaram a cair. Senti minha sintonia caindo. E senti que o amparador – não sei o nome nem nada mais – me envolvendo forte com suas energias azuis do cardiochacra (chacra cardíaco) e do frontochacra (chacra frontal) a me acalmar e me serenar. Mas eu não segurei, não adiantou, eu pus as 2 mãos no rosto e chorei e fui puxado de volta ao corpo e perdi a experiência.
Neste momento estava fazendo a habitual faxina de casa com Andréa sábado pela manhã, quando larguei tudo para escrever, e ainda sinto a sintonia e conexão com este amparador aqui enquanto escrevo.
Então concluo, que sim, a lucidez não é algo extrafísico ou intrafísico, é algo maior que observar, prestar a atenção, reparar, ser esperto. A lucidez é a transcendência do sentir com coração e também não significa bom nível evolutivo.
O indivíduo pode ser lúcido, perspicaz, ter experiências PSI interessantes e ricas, e contudo, ter um nível evolutivo mediano ou mesmo baixo. Meu nível é mesmo mediano, bem comum.
Deixo esta reflexão a quem deseja ter experiências úteis para seu autoconhecimento e evolução consciencial e não para turismo fútil ou por admirar fenomenologia vazia.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
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Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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