PERGUNTA: Considerando-se que a luxúria é um dos “sete pecados capitais”, toda mulher prostituta ou homem pervertido na esfera do sexo há de sofrer na próxima encarnação, as piores consequências de sua imprudência?
RAMATÍS: Conforme já vo-lo dissemos alhures, em breve exemplo, o homem que se suicida por enforcamento ou pela bala escaldante rompendo-lhe o crânio, há de renascer de acordo com o delito praticado em si mesmo com problemas mentais, surdo-mudo e giboso, atravessando a existência infelicitado pela corcunda, ou sem ouvir e falar, ou segregado num hospício. Mas, tudo isso acontece, não em consequência de punição pela Lei, porém, por efeito de serem atos irregulares, violentos e contrários à técnica criativa fundamental, pois, o espasmo derradeiro do homem pendurado na forca repuxa e atrofia o tecido supermagnético do perispírito, formando o molde defeituoso para plasmar ou materializar um novo corpo na próxima encarnação. E quanto ao surdo-mudo, ele fere, com a bala suicida, os delicados neurônios etéreos do perispírito relativos à cerebração, matriz de todos os cérebros físicos usados nas diversas encarnações terrenas, dificultando a confecção perfeita dessa zona de transmissão da mente e da vontade para o organismo carnal.
O mesmo ocorre a qualquer outra anomalia praticada pelo espírito num momento de imprudência ou viciação, no decorrer de sua existência física, resultando efeitos semelhantes por se gerarem de causas semelhantes. Eis o motivo por que os toxicômanos, ao entorpecerem ou desregularizarem seu cérebro pela ação de psicofármacos, retomam à carne, em nova existência, com distúrbios psíquicos de uma cronicidade imodificável no cenário físico na Terra, sob a figura infeliz dos aparvalhados, excepcionais, epiléticos, esquizofrênicos, com baixo nível de consciência e deficiências motrizes, capengando com um esgar circense, na reprodução dos efeitos do tóxico, o qual, no pretérito, era tão-somente a fuga da responsabilidade da vida ou da tentativa inútil de usufruí-la.
Mas, não existindo, por parte do Criador, os extremismos absolutos nos ciclos da vida, em qualquer setor do Universo e na intimidade dos seres, a colheita cármica é, rigorosamente, o fruto de um conjunto de dados causais ou premissas lógicas para soluções sensatas. Os espíritos viciados ou toxicômanos devem colher, em encarnações futuras, os efeitos dessa imprudência, e terão em outra vida a doença exatamente conforme o tipo do psicotrópico a que se viciaram, o tempo do seu uso, a fuga deliberada das responsabilidades da vida em comum na coletividade, a falta de cumprimento de promessas antes de se reencarnarem, o ludíbrio e o sofrimento dos pais e da parentela onerada pelas tropelias, delinquência ou simples gazeio da aula física de conteúdo espiritual.
Da mesma forma, os espíritos de homens cuja ação sexual consiste em seduzir mulheres desavisadas da realidade espiritual, abandoná-las ou enganá-las sem propósitos benfeitores, mas apenas para satisfação egoísta, devem sofrer, na própria carne futura, os efeitos milimetrados pela Lei do Carma, num planejamento tão determinista ou liberal na vivência futura carnal, conforme o grau dos males e das causas ruins que mobilizou anteriormente, ou de sua evolução no serviço de causas nobres, consequência de aprimoramento espiritual.
PERGUNTA: Poderíeis explicar-nos melhor o assunto?
RAMATÍS: Os estados de espírito classificados pelos dez mandamentos são os que mais agravam a situação reencarnatória das almas imprudentes e vítimas dos descontroles mentais e emotivos, e levam-nas às piores consequências e sofrimentos futuros. No caso em foco, as seduções e os prazeres desbragados na esfera sexual são acontecimentos enquadrados entre os prejuízos a outrem e a si mesmo, em que o indivíduo extremamente sensual, lascivo e impudico vive semeando mentiras, decepções, angústias e tristes destinos na sua faina de satisfazer o instinto animal. Assim, impregna a contextura delicada do seu perispírito, já vibrando em nível mais humano e tendendo à liberação lenta da ação imantadora e gravitacional da matéria, com as forças primárias e densas de uma paixão mais primitiva, que aumenta a atração material.
Em sua queda vibratória, retarda-se a circulação “etéreo-magnética” do perispírito, e degrada-se a configuração num sentido regressivo à esfera da animalidade, onde domina o fluido ou energia sustentadora da luxúria; em consequência, o perispírito do homem ou da mulher extremamente libidinosos perde muito de sua qualidade e configuração humana, em favor da velha figura do animal, que já estaria sendo vencida em parte. É um retrocesso psíquico, culminando num retardo perispiritual-físico em direção a uma forma de licantropia reencarnatória, cujos traços e reações traem sempre esgares e modulações animalescas, as cintilações dos olhos, o arfar das narinas, a boca lasciva à semelhança dos animais em seus brinquedos no cio. Pelo mesmo fenômeno, podem-se observar certas criaturas estigmatizadas no mundo físico, devido a sua matriz perispiritual plasmar-lhes a configuração física seguindo as linhas de forças das paixões, viciações ou estados de espírito mais ao nível da animalidade. Pelo magnetismo animal, traem nas fisionomias indícios de seus sentimentos mais frequentes, nos quais predominam energias primárias, dando-lhes certas configurações peculiares. Ao homem de brutalidade espiritual, a sabedoria popular dá o apodo de “cara de cavalo”, ao glutão, de “cara de boi”, ao astucioso, “cara de raposa”, ao avarento, “cara de abutre” ou ainda ao luxurioso, “cara de bode”; e a mulher pérfida, com agressividade inusitada, é cognominada “cara de cobra” ou “jararaca”.
DO LIVRO: “SOB A LUZ DO ESPIRITSMO” RAMATÍS/HERCÍLIO MAES – EDITORA DO CONHECIMENTO.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
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Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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