AMIGA PERGUNTA:
Oiiiiii…..Estou precisando da sua ajuda.
Estou reestruturando todos os meus “Porquês” desta vida e escutar você vai me ajudar absurdamente. Até então minhas reflexões estavam muito voltadas para o meu desenvolvimento de alma ou para a filosofia prática da minha vida familiar.
Só que agora quero expandir minha energia para deixar de fato uma marca boa nesse mundo, através de um propósito de contribuição na vida das pessoas. Só que pasme, eu não sei que impacto bom sou capaz de causar. E sabe que isso está me deixando em crise!!
Estou precisando ter mais clareza para saber onde, como e porque chegar por este ou aquele caminho.
Posso te fazer uma pergunta?
Você pode me responder em texto ou áudio, o que for melhor para ti.
Me diga, o que você acha que eu faço bem?
Você acha que eu posso fazer diferença na vida de alguém?
Qual inspiração você acha que eu trago para as pessoas?
Juro que tenho um pouco de vergonha de te mandar esse zap, mas vai me ajudar bastante entender o que preciso fazer para, de forma realmente significativa, sem demagogia e com profundidade começar a agir mais acertadamente.
Também trago a necessidade de sentir que tudo isso está de fato, valendo a pena, porque se for assim, é muito mais fácil voltar meu foco para mim e meus filhos e esquecer todo esse movimento para o mundo.
Acho que estou indecisa, insegura e limitada.
Eu preciso descobrir o sentido das minhas habilidades na troca com o mundo.
Preciso quebrar a barreira desses “porquês” para então ou cair de cabeça em alguma missão para o mundo, que até agora não está clara para mim, ou viver no meu casulo simplório e tocar o barco interno.
Ufa… Beijinhos carinhosos
Dalton responde:
AMIGA,
Nenhum de nós têm todas as respostas!!
Mas ai de nós se não tivermos muitas perguntas sobre nós mesmos!
Se não tivermos muitas perguntas sobre nós mesmos, é certo que estamos como robôs existenciais que comem, copulam, trabalham, dormem e morrem sem sentido algum, é o que chamo de população “terra plana”, kkk.
O dharma nunca lhe dará todas as respostas. Ele dará algumas poucas respostas e mais um bilhão de perguntas.
O dharma é caminho, não é a chegada.
Se descobrir é um processo, e o caminho é tal processo.
Começamos nos ajudando a nós mesmos e depois vamos ampliando isso a nossa volta para todo universo até a consciência cósmica…
O dharma não é um tapete de flores perfumadas, é também conflito, dúvida e autoquestionamentos mortificantes…
Meu pai, quando formou em medicina, tinha um mestre secreto, que disse a ele: “prepare-se para os sabores e dessabores da medicina”… , então, digo eu, para mim mesmo, e também para você: prepare-se para os sabores e dessabores do dharma…
Onde não há perfeição, sempre irá ter algum conflito e alguma dor. Não estamos em “missão”, a coisa está mais para redenção mesmo, estamos devolvendo com juros baixos em suaves e looongas prestações cármicas por um ato incomensurável de amor…
Você mal iniciou um novo trabalho e já está se questionando tanto.
Se for olhar para mim e meu dharma só irá observar “fracassos”….
Há dores, problemas e conflitos intermináveis em minha alma, mas tenho uma coragem que vi em poucos.
Não procuro mais evolução, só busco discernimento e vou tocando sem pressa nenhuma.
Os questionamentos precisam evoluir também, mas não podem ser forçados intelectualmente.
Há momento que precisamos parar, baixar a cabeça e chorar e deixar os questionamentos para depois.
Temos que deixar as dores da alma assentarem as coisas, assimilarem os aprendizados. Ainda somos “burros” e teimosos, ainda funcionamos mais pela dor que pelo amor.
E que amor é esse que ainda nem entendi o que é? kkkkk Rir de si mesmo é sadio e ter a lucidez de assumir a própria “burrice” de alma enquanto se dá uma parada no acostamento evolutivo para respirar.
Evoluir dói! Há poucas flores, muitos espinhos e perfumes que nem percebemos.
Talvez o truque esteja nos perfumes, pois as dores dos espinhos são óbvias, os retornos e obviedades das flores no dharma também, mas a essência dos perfumes nos escapa ao discernimento obnubilado pelo ego.
A lucidez consciencial não terá chance alguma sem uma humildade avassaladora que o ser humano faz questão de distorcer.
No dharma, os pontos cegos sempre existirão. Temos que desembaçar o para-brisas do “carro”, somos o motorista, o caminho é o dharma. O carro é só ferramenta.
E no dharma, antes de tudo, quem aprende somos nós, quem colhe somos nós, quem se transforma somos nós…
O dharma é dentro, de dentro para dentro, nunca foi fora, nunca foi elegante, nunca foi chique, mas sempre sincero e dolorido.
Leiamos mais as vidas dos avatares e seus sofrimentos, nem preciso ir tão longe, veja a vida do Chico Xavier quando criança, levando garfada na barriga e lambendo feridas.
Nós nascemos em berços de ouro e surfamos em pranchas de prata!!
Eu me pergunto que mérito eu tenho de ter chegado até aqui e de ter recebido tanta ajuda e me sentir ainda tão impotente, tão incompetente…
Algumas vezes já quis largar tudo sim, mas até a baixa autoestima é arrogância nossa, é pretexto de fuga.
Ninguém pode te dizer o que fazer, essa responsabilidade não pode ser transferida!!!
Suas habilidades e potenciais são potenciais da alma e vontade de suas energias, quem terá ingerência sobre eles?
Sua família não é sua família, são apenas irmãos emprestados e temporários. Eles irão para longe um dia.
Quantos filhos já teve em vários corpos, locais e eras?
Quem é tua família?
Tua família é o cosmos, é a humanidade, são os laços espirituais, os laços dhármicos que lhe estendem as mãos do espírito.
Quais são teus potenciais divinos adormecidos na alma?
Sou eu que vou lhe dizer?
Não, não e não, nem dos meus eu sei, estou ainda tentando amadurecer e ter responsabilidade de assumir as minhas covardias existenciais, pois são tantas…
Senta, respira, reflete e aprende com seu próprio “mestre interno”, ou seja, seu próprio dharma e não permita jamais ingerências nos segredos de seu coração…
Com carinho, Tio Dalton
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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