CONVERSANDO SOBRE DEUS

CONVERSANDO SOBRE DEUS

Deus,

Autogerado, autoimanente, não é causa e nem efeito, nem ação ou reação.

Não é matéria e nem energia, não é espaço, não é tempo, e está além do princípio, do meio e do fim.

Algo que excede, que extrapola e transcende a transcendência.

 

Maior que o máximo e menor que o mínimo.

Está dentro e fora, acima e abaixo.

Permeia, sustenta, consubstancia, cria e desconstrói todas as coisas.

 

É sistema cósmico, tecido multiversal, órgão multidimensional.

O Absoluto, o Inefável, o Infinito, o Eterno, o Universo-Multiverso, o Tao, a Consciência Cósmica.

O OM no Tudo é Um.

 

Perdoem minha pretensão de escrever sobre Deus.

Antes, eu prostro-me e reduzo-me à minha própria insignificância.

Sou uma célula sideral que perfaz um sistema consciente de vida cósmica junto de vocês.

Somos partes. Partes de subpartes de subconjuntos de setores e posições da vida num dado “instante” da consciência.

 

Somos todos Um na diversidade multiplanetária e multidimensional da vida.

Do infinto-eterno do passado eu vim, para o infinito-eterno do futuro eu vou, vivendo o eterno do presente rumo ao absoluto da Consciência Cósmica.

 

Estados oceânicos permeiam este “verme” sideral que, susceptível, se entrega às ondas de vacuidade cósmica inefáveis.

Já não penso mais, apesar de escrever…

Apenas sinto e escrevo sem ver.

 

Estas linhas são os resíduos fragmentários das percepções de meu caminhar mental e consciencial que explode, se confunde, capto e extravaso em emoções e sentimentos misturados desabafando em linhas tão singelas.

É preciso criar um silêncio interno para escutar a voz do Universo dentro do coração e da mente.

Os ruídos espúrios de nossos egos ensurdecem nossa inteligência evolutiva.

Quando estamos imbuídos de alguma humildade sadia, esta acalma o ego e suas ânsias insanas e mesquinhas.

 

E nesses momentos de quietude, quando queremos, conseguimos elevar a sintonia e abrir as sutis conexões com o Criador.

 

Ele “fala” por dentro de nós.

Ele utiliza os meios simples para se comunicar com você.

Ele sussurra baixinho dentro de sua mente.

Ele utiliza um livro que inesperadamente um amigo lhe deu de presente.

 

Ele utiliza uma poesia suave e doce que toca seu coração.

Ele usa a palavra amiga e fraterna simples de um parente que quase nunca damos valor.

Ele utiliza um abraço carinhoso, um olhar terno ou um sorriso fraterno para te tocar.

 

Deus é tão firme, tão forte, tão presente, tão físico, tão espiritual e tão material que nossa ignorância humana e espiritual não O percebe.

Esperamos fenômenos milagrosos, espetaculares e dramáticos, luzes, materializações, vozes, levitações, previsões e profecias e não enxergamos o óbvio contundente à nossa frente.

 

É a doçura simples que nos envolve de forma discreta e sutil.

É o perfume das flores que, ínfima e sutil, destoa dos gases poluentes de nossa modernidade estúpida.

São as lágrimas que as poesias espirituais nos despertam ao beijar os corações.

É a ânsia surda, muda e abafada, que meio desolada procura esperança dentro de nossos peitos.

 

Assim, entre olhares lacrimosos nos reservamos a refletir, ao mirar as estrelas nas noites limpas de verão.

Uma humildade consciente, uma saudade serena, uma perspectiva esperançosa nos permeia o ser e nos invade a alma.

 

Você sente: Eu sou filho das estrelas! “Lá” é o meu lar. Sinto saudades do colo do Pai e do seio da Mãe. É para lá que vou. É para lá que desejo voltar…

 

Prezado leitor, lhe ofereço minhas lágrimas e meu silêncio.

Se você sente as entrelinhas destas linhas, a sutileza humilde de tão insípidas expressões, sabe o que estou sentindo agora. E, lendo, está compartilhando comigo.

 

Não compartilho textos, linhas ou poesias. Compartilho sentimentos elevados.

 

Paz e Luz,

Dalton Campos Roque

Curitiba – PR, 03/02/2008 na mesa de um parque aquático nas imediações de Curitiba. É uma zuada à minha volta. Vozes altas, crianças correndo e gritando, uma música rítmica alta de fundo. Peguei meu MP3 e coloquei no último volume com minhas músicas calmas. Fechei meu campo visual com um boné e um óculos escuros embaixo de uma sombra. Comecei a ler o livro Energia e Espírito do autor Lacerda e fazer anotações. Logo me inspirei quando foi citado Deus logo no início.

 

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