Minha alma chora meus fracassos existenciais
Lento sim, mas não paro nunca
Triste talvez, mas sem perder a esperança e a alegria
Minha voz cala, enquanto meu coração vive poesia consciencial
Vejo e sinto algo mais
Algo mais que não consigo falar ou escrever
Observo os olhares brilhantes dos simples
Os sorrisos serenos dos humildes
E o sarcasmo dos idiotas
O cinismo dos “conhecedores”
Enquanto percorro meus caminhos espinhosos
Sorrio para alguns e quando não consigo, baixo a cabeça
Após semear tempestades outrora…
Recebo-as de volta naqueles “ácidos” que se afinizam
Mas a espada e o chicote do passado jazem na tumba dos egos insanos
Hoje trabalho com ideias e palavras, pensamentos, mídias e energias…
E vou semeando devagar novos jardins
Na paciência e humildade que a evolução consciencial me exige
Quem sou eu para falar de amor?
Quem sou eu para falar de paz?
É o silêncio da reflexão o que me resta
Na autocrítica lúcida de saber o que sou
Não ostento mais vitrine ou status…
Soldado, guerreiro, Exu, ponta de lança, peão interdensional, tarefeiro?
Tanto faz, são apenas rótulos humanos
Sou apenas mais um no formigueiro humano
Cheio de erros, defeitos, limitações e algo mais.
Mestre e discípulo de mim mesmo na condição de susceptibilidade evolutiva
Busco o perdão dentro das rochas que calcifiquei
Busco perdoar dentro do ego vulcânico que construí
Caminho na correnteza escaldante, a procurar a brisa da paz íntima
Não há outro caminho: trabalho e silêncio, trabalho e silêncio, trabalho e silêncio…
Não basta curvar os joelhos, a coluna e a nuca, fazer o ritual, beijar o altar, fazer reverência, é preciso curvar o ego
Numa flexão evolutiva consciente e avançada
Altivo sim, somente na serenidade inabalável como estado de consciência
Num brilho de luz que não ofusca o semelhante
Assim, vibro num silêncio criativo
Enquanto piso nas pegadas do futuro
Dalton Campos Roque – consciencial.org – Cabo Frio – Praia do Peró – 31/12/2011

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
E um lembrete: todo texto, crítica ou alerta que escreve serve, antes de tudo, para ele mesmo.
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