Sim, parece estranho, mas nossas fraquezas que cedem com as tentações materiais, e sedentas de sensações sensuais, e outras egoístas, e os traços fardos negativos, vão ter que ser curados com a dor.
Não me entenda mal, eu também sofro, você também pode estar sofrendo, mas vou explicar, é um processo das muitas vidas.
As oportunidades são nos dadas nas encarnações com um único objetivo: nos curarmos.
Todas as doenças são doenças da alma, inclusive o que trazemos no corpo ou até mesmo os desequilíbrios dos corpos sutis – tudo isso é doença da alma, tudo é psíquico, tudo é espiritual, e é aí que vai o nosso foco, a nossa questão.
Ninguém cura ninguém, isto é um ilusão cartesiana, uma ilusão materialista que a medicina convencional e alopática criou e nós fomos acostumados, fomos condicionados nesta caixinha. Esse mesmo sentimento errôneo de “me cure doutor” é levado pelos pacientes de terapias holísticas e aos centros espíritas ao frequentarem as “salas de cura” e atendimentos em Apometria.
Os bons espíritos fazem o que podem, mas nosso carma nos limita, e em nosso carma quem pode mais mexer, melhorar e cuidar somos nós mesmos.
Então suponha que você tenha certa tendência negativa, pode ser um vício específico, para ficar mais fácil entender, vamos supor aqui uma sensualidade exacerbada, ou seja, a pessoa viciada em sexo ou compulsiva por fofoca ou qualquer outra coisa.
Pelos princípios evolutivos ou princípios espirituais da lei, a pessoa, como eu disse, é que vai se curar (autocura). Então os mentores a ajudam a programar uma encarnação (planejamento cármico – que é uma coisa simples e corriqueira), entre outras coisas secundárias, situações para ajudá-la a superar tal sensualidade. E em tal vida ela vai passar por provações e por testes, e terá que tomar as decisões fatais, aquelas decisões, cedo ou não cedo ao desejo, a oportunidade sensual “excelente” na vida social de encarnado.
E a pessoa tem uma vida mediana boa, veio inteligente, veio com corpo bonito e decai nas tentações novamente e desencarna sem a devida e almejada vitória. Sim, tal desencarne o peso da derrota é maior, o pesar é maior que na vida anterior. É como se tivesse rolado um “juro” na dívida que a pessoa tinha consigo mesma.
Mas no decorrer das encarnações acontece que veio a mesma provação diante da mesma fraqueza (alguns chamam de traços fardos) e você sempre é vencido pelo erro, pelo vício, pelo desejo, pela tentação, pelo ego, seja qual for. A questão aqui é que quando não vencemos, ele, o defeito, nos vence. E quando ele nos vence ele se reforça, ele cresce. Isto chama-se AGRAVANTE.
A prova que não passo me obriga a fazer outra um pouco mais difícil, e se não passar nesta, será uma seguinte mais difícil que anterior e assim sucessivamente, crescendo a dificuldade e firmando o vício. Então a gente, que erra, erra de novo e de novo, vai se cansando do erro, e se cansando de si mesmo, mas não há como fugir de si mesmo. Dá aquela sensação que a vida é um fardo, a mínima coisa a fazer é difícil, o relacionamento é pesado, o serviço é denso e a vida é lenta e a “coisa” não vai, não anda…
Um certo dia, desencarnado e já resgatado do umbral lá na colônia espiritual, de novo aquela reunião com os mentores, os planejadores cármicos, que sempre vem com todo aquele carinho e paciência para falar conosco. E nós já envergonhados, de cabeça baixa, então tomamos uma decisão séria, com medo de evitar a recaída naquela mesma fraqueza, pedimos para ter uma encarnação bem limitada, meio castrada em certo ponto específico para que não haja condição, nem se a pessoa quiser de recair no erro. Pode ser doença, limitação financeira, limitação de inteligência, encarnar numa cultura miserável e aqui podemos imaginar tudo, num leque de infinitas possibilidades.
Será uma vida difícil, mas redentora! E após o desencarne você estará melhor e continuará galgando passos nas próximas encarnações animado a pedir novas provas e limitações, a saber que elas são ferramentas evolutivas poderosas apesar de cerceadoras.
Sim, sua fraqueza está sendo salva por sua dor!
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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