SEMENTES CONSCIENCIAIS

O QUE É CONSCIÊNCIA PARA ESTES GRANDES NOMES

A compreensão de “consciência” varia significativamente entre os autores mencionados, cada um oferecendo uma perspectiva que reflete suas próprias formações e influências. Abaixo, ofereço uma análise detalhada das definições e interpretações da consciência segundo cada um desses pensadores:

1. Waldo Vieira
Waldo Vieira, o principal expoente da Conscienciologia, define a consciência como o princípio inteligente, a essência de cada ser. Para Vieira, a consciência é imortal, multidimensional e responsável pelo processo evolutivo de cada indivíduo. Ele desenvolveu o conceito de “holossoma,” um conjunto de quatro corpos que a consciência utiliza para interagir com diferentes dimensões: o corpo físico (soma), o corpo energético (energossoma), o corpo emocional (psicossoma) e o corpo mental (mentalsoma).

Referências: Vieira, Waldo. 700 Experimentos da Conscienciologia. Foz do Iguaçu: Editares, 1994.

2. Wagner Borges
Wagner Borges, estudioso das projeções astrais e espiritualidade, entende a consciência como o núcleo espiritual do ser, que transcende o corpo físico e pode se manifestar em diferentes planos dimensionais. Para Borges, a consciência é eterna, e o fenômeno da projeção astral é uma evidência da continuidade da consciência além da vida física.

Referências: Borges, Wagner. Viagem Espiritual. São Paulo: Universalista, 1997.

3. Sri Aurobindo
Sri Aurobindo vê a consciência como um campo universal, que se manifesta de maneira evolutiva na matéria. Ele introduziu a ideia de “consciência supramental,” uma forma elevada de consciência que transcende o mental humano e é a chave para a transformação espiritual e material do ser humano.

Referências: Aurobindo, Sri. The Life Divine. Pondicherry: Sri Aurobindo Ashram Press, 1940.

4. Amit Goswami
Amit Goswami, um físico quântico, define a consciência como o fundamento do ser. Ele postula que a consciência, e não a matéria, é a base da realidade. Para Goswami, a consciência cria a realidade ao colapsar as possibilidades quânticas em eventos concretos. Ele propõe uma visão não dualista onde a consciência é primária e a matéria é secundária.

Referências: Goswami, Amit. The Self-Aware Universe. New York: Tarcher Perigee, 1993.

5. Deepak Chopra
Deepak Chopra vê a consciência como a essência da vida, onde o corpo, a mente e o espírito se encontram. Para Chopra, a consciência é a base da saúde e da transformação pessoal. Ele explora a ideia de que a consciência pode ser usada para criar uma realidade saudável e harmônica, com foco na autocura e no bem-estar.

Referências: Chopra, Deepak. The Book of Secrets. New York: Harmony Books, 2004.

6. Pietro Ubaldi
Pietro Ubaldi define a consciência como um fenômeno espiritual que emerge da evolução da alma. Ele vê a consciência como um processo progressivo de desenvolvimento, onde o ser evolui através de sucessivas experiências, aproximando-se gradualmente de uma consciência divina e universal.

Referências: Ubaldi, Pietro. A Grande Síntese. São Paulo: Pensamento, 1937.

7. Danah Zohar
Danah Zohar introduziu o conceito de “inteligência espiritual” (SQ), que ela considera uma forma de consciência mais elevada. Para Zohar, a consciência espiritual é a base para encontrar sentido e propósito na vida, além de ser a fonte de inspiração e intuição.

Referências: Zohar, Danah, and Ian Marshall. Spiritual Intelligence: The Ultimate Intelligence. London: Bloomsbury, 2000.

8. Ervin Laszlo
Ervin Laszlo, um filósofo e cientista sistêmico, entende a consciência como uma parte integral do “campo Akáshico,” um campo de informação cósmica que conecta todas as coisas. Para Laszlo, a consciência é não-local e tem um papel fundamental na criação e manutenção do universo.

Referências: Laszlo, Ervin. Science and the Akashic Field: An Integral Theory of Everything. Rochester: Inner Traditions, 2004.

9. Fritjof Capra
Fritjof Capra, físico e teórico de sistemas, vê a consciência como uma manifestação emergente das interações complexas dos sistemas vivos. Ele sugere que a consciência não é algo separado do corpo ou da matéria, mas um fenômeno que surge da complexidade das redes de vida.

Referências: Capra, Fritjof. The Tao of Physics. Boulder: Shambhala, 1975.

10. Ken Wilber
Ken Wilber propõe uma visão integral da consciência, onde ela é vista como uma série de estados que se desenvolvem ao longo de diferentes níveis de complexidade, tanto no indivíduo quanto na coletividade. Wilber classifica esses estados de consciência em uma espiral de desenvolvimento, que inclui desde o pré-pessoal até o transpessoal.

Referências: Wilber, Ken. A Brief History of Everything. Boston: Shambhala, 1996.

11. Edgar Morin
Edgar Morin vê a consciência como um fenômeno emergente das interações complexas entre o cérebro, o corpo e o ambiente. Ele propõe que a consciência é auto-organizadora, capaz de reflexividade e autocriação. Morin também sublinha a importância do pensamento complexo na compreensão da consciência.

Referências: Morin, Edgar. La Méthode. Paris: Seuil, 1977.

12. Gregg Braden
Gregg Braden entende a consciência como uma força universal que conecta todos os seres e eventos no cosmos. Ele explora a ideia de que a consciência coletiva humana pode influenciar a realidade física, especialmente em tempos de grande mudança global.

Referências: Braden, Gregg. The Divine Matrix: Bridging Time, Space, Miracles, and Belief. Carlsbad: Hay House, 2007.

13. Osho
Osho define a consciência como a experiência direta do ser, livre de pensamentos, emoções e condicionamentos. Ele considera que a verdadeira consciência é um estado de puro ser, onde a dualidade se dissolve, e o indivíduo alcança a iluminação.

Referências: Osho. The Book of Secrets. New York: St. Martin’s Griffin, 1998.

14. Joe Dispenza
Joe Dispenza explora a consciência em termos neurocientíficos, propondo que a consciência pode reprogramar o cérebro e o corpo. Ele defende que, através da meditação e da mudança de padrões de pensamento, as pessoas podem transformar sua realidade física e emocional.

Referências: Dispenza, Joe. Breaking the Habit of Being Yourself. Carlsbad: Hay House, 2012.

15. Yogananda
Paramahansa Yogananda vê a consciência como a alma, uma centelha divina imortal. Ele enfatiza que a meditação e o yoga são métodos para elevar a consciência do ser humano ao nível da consciência cósmica, onde o indivíduo se funde com a realidade divina.

Referências: Yogananda, Paramahansa. Autobiography of a Yogi. Los Angeles: Self-Realization Fellowship, 1946.

16. Jean-Yves Leloup
Jean-Yves Leloup define a consciência como a capacidade de perceber a unidade essencial de todas as coisas. Ele explora a consciência através da mística cristã, conectando-a com a noção de que o ser humano é um reflexo do divino, uma ideia central na espiritualidade ortodoxa.

Referências: Leloup, Jean-Yves. The Gospel of Thomas. New York: Inner Traditions, 2002.

17. Pierre Weil
Pierre Weil, um dos fundadores da Universidade Holística Internacional de Brasília, entende a consciência como a percepção da interdependência de todos os seres e o desenvolvimento de um estado de paz interior. Ele destaca a educação integral e a psicologia transpessoal como caminhos para a expansão da consciência.

Referências: Weil, Pierre. A Arte de Viver em Paz. São Paulo: Gente, 1999.

18. Roberto Crema
Roberto Crema, reitor da Universidade Internacional da Paz, propõe uma visão holística da consciência, onde ela é vista como a essência do ser que transcende o tempo e o espaço. Crema enfatiza a importância da vivência integral, onde a consciência é harmonizada através do corpo, mente e espírito.

Referências: Crema, Roberto. Caminhos da Paz Interior. São Paulo: Gente, 2004.

19. Humberto Maturana
Humberto Maturana, biólogo chileno, propõe que a consciência é uma propriedade emergente dos sistemas vivos, resultante das interações entre a estrutura biológica do organismo e o ambiente. Ele sugere que a consciência é um processo de “autopoiese,” ou auto-criação.

Referências: Maturana, Humberto. The Tree of Knowledge: The Biological Roots of Human Understanding. Boston: Shambhala, 1987.

20. Eckhart Tolle
Eckhart Tolle define a consciência como o estado de presença, um reconhecimento do “agora” como o único momento real. Ele sugere que a verdadeira consciência transcende o ego e está enraizada na percepção direta e não dual da realidade.

Referências: Tolle, Eckhart. The Power of Now. Novato: New World Library, 1997.

21. Ernesto Bozzano
Ernesto Bozzano, um pesquisador italiano de fenômenos paranormais, considera a consciência como uma entidade imortal, que continua sua existência após a morte física. Ele estudou extensivamente as experiências mediúnicas para provar a sobrevivência da consciência após a morte.

Referências: Bozzano, Ernesto. La psiche domina la materia. Milano: MEB, 1974.

22. Robert Gilmore
Robert Gilmore, autor de “Alice in Quantumland,” usa metáforas e histórias para explorar conceitos da física quântica, sugerindo que a consciência interage com o mundo quântico de maneiras que ainda estão além da compreensão da ciência tradicional.

Referências: Gilmore, Robert. Alice in Quantumland: An Allegory of Quantum Physics. New York: Copernicus, 1995.

23. Rupert Sheldrake
Rupert Sheldrake propõe a teoria dos “campos morfogenéticos,” onde a consciência é vista como uma manifestação de um campo de informação que interconecta todos os seres vivos. Ele sugere que a consciência e a memória são não-locais e que todos os organismos compartilham uma “memória coletiva.”

Referências: Sheldrake, Rupert. The Presence of the Past: Morphic Resonance and the Habits of Nature. New York: Vintage, 1988.

24. Neville Goddard
Neville Goddard entende a consciência como o poder criativo do universo, sugerindo que a imaginação é a chave para manifestar a realidade. Ele explora a ideia de que a consciência individual é divina e pode moldar o mundo físico através do foco mental e da visualização.

Referências: Goddard, Neville. The Power of Awareness. Los Angeles: DeVorss & Company, 1952.

25.Allan Kardec

Allan Kardec, o codificador do Espiritismo, não definiu a consciência de forma direta e isolada em suas obras, mas a ideia está profundamente entrelaçada em seus estudos sobre a alma, o espírito e a moralidade. Para Kardec, a consciência pode ser entendida em dois aspectos principais:

a. Consciência Moral
No contexto de Kardec, a consciência moral é a faculdade interna que permite ao ser humano discernir entre o bem e o mal, e é intimamente ligada à alma e ao espírito. Kardec acreditava que essa consciência moral é uma parte fundamental do ser espiritual, que carrega o senso de justiça e moralidade, evoluindo ao longo das reencarnações. Ela é o guia interno que, quando seguido, leva ao progresso espiritual e à felicidade. A consciência moral é, portanto, um reflexo do grau de evolução espiritual de um indivíduo.

b. Consciência como Identidade Espiritual
Kardec também trata da consciência como a identidade permanente do espírito. Após a morte do corpo físico, o espírito mantém sua consciência, que inclui suas memórias, experiências, caráter, e as qualidades morais que desenvolveu durante suas várias encarnações. Essa consciência espiritual é contínua e evolutiva, e através do processo de reencarnação, o espírito tem a oportunidade de purificar e elevar sua consciência, aproximando-se cada vez mais da perfeição e do amor divino.

Referências nas Obras de Kardec
O Livro dos Espíritos: Kardec discute a consciência moral e a responsabilidade dos espíritos nas questões relacionadas ao livre-arbítrio e ao progresso moral. Ele afirma que a consciência é uma voz interior que guia o ser humano em suas decisões, indicando o caminho do bem.

O Evangelho Segundo o Espiritismo: Kardec enfatiza a importância de seguir a consciência moral como um caminho para a elevação espiritual, destacando a consciência como uma fonte de responsabilidade moral e ética.

O Livro dos Espíritos: Aqui, deduzimos indiretamente, como a consciência espiritual afeta o estado do espírito após a morte, sugerindo que a felicidade ou o sofrimento do espírito no além é determinado pelo estado de sua consciência moral.

Síntese da Definição
Para Allan Kardec, a consciência é tanto a capacidade moral interna de discernir entre o bem e o mal, quanto a identidade espiritual que perdura após a morte física, carregando consigo as experiências, memórias e caráter acumulados ao longo das vidas passadas. A consciência é o núcleo do progresso espiritual e da evolução do espírito rumo à perfeição.

 


Palavras-chave: consciência, Waldo Vieira, Wagner Borges, Sri Aurobindo, Amit Goswami, Deepak Chopra, Pietro Ubaldi, Danah Zohar, Ervin Laszlo, Fritjof Capra, Ken Wilber, Edgar Morin, Gregg Braden, Osho, Joe Dispenza, Yogananda, Jean-Yves Leloup, Pierre Weil, Roberto Crema, Humberto Maturana, Eckhart Tolle, Ernesto Bozzano, Robert Gilmore, Rupert Sheldrake, Neville Goddard

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.