O médium é o office boy da espiritualidade. Existem muitos deles. Uns trabalham nas empresas de luz e trazem as respectivas mensagens luminosas. Outros trabalham nas empresas da escuridão e invocam os correspondentes objetivos materiais nefastos.
O médium consciente sabe que é médium. Mais lúcido, reconhece e admite a presença dos amigos espirituais e se assume médium, mesmo perante a crítica dos fundamentalistas “espumantes” e colegas egoístas, que são capazes de morder a própria língua para ofender e denegrir aqueles que não comungam das suas ideias ou que, a seu juízo, ameaçam sua popularidade e influência em determinado segmento social.
O médium é a última milha do telefone sem fio interdimensional (interdensional). O que antes fez como brincadeira de criança, hoje faz como responsabilidade espiritual.
O médium não é evoluído nem melhor. Pelo contrário, a mediunidade, na maioria das vezes, é apenas uma oportunidade kármica (dharma) de resgatar os erros do passado, que pode se manifestar como fardo, bênção ou ambos, a depender da situação e de diversas variáveis conscienciais intervenientes.
Cada médium tem um trabalho, uma tarefa ou obrigação consciencial específica e sob medida, que lhe foi gentilmente cedido pelo Alto, em face de seu arrependimento (consciência da desdita pretérita) e vontade de mudar (ânimo para efetivar a reforma moral íntima).
Muitos, entretanto, “perecem” no meio do caminho, ao se atolarem na repetição de erros (muitas vezes graves) do passado multimilenar. Outros tantos se estagnam e efetuam pequena fração de suas tarefas, que antes tanto se entusiasmaram em fazer com requintes de perfeição, acreditando que seria fácil manter o ritmo.
A mediunidade não é diletantismo de amadores: é tarefa séria e de alta responsabilidade, que independe de hora, idade, local, doutrina, religião, intelectualidade ou situação financeira.
Cada médium programou para si, adstrito à orientação de seus mentores, o que seria melhor para si, dentro de seu contexto evolutivo.
Mediunidade não é tarefa para os fracos, covardes e acomodados, mas para os abnegados, persistentes e adaptáveis. O Alto necessita de cada alma que se dispõe a retornar ao bem e a assumir sua tarefa de minipeça cósmica consciente frente ao Universo regido pelas leis de Deus – maxi mecanismo.
A mediunidade é uma associação de vontade com talento, mais a oportunidade, somada à responsabilidade, ancorada na renúncia, direcionada a ajudar muitos outros, para, ao final, ajudar mais a si próprio.
O médium vaidoso só o é porque não é lúcido nem se recorda, ou melhor, não deseja se lembrar dos erros do passado multimilenar e hoje lhe custa admitir que sua mediunidade-trabalho-tarefa-dever foi implorada por ele ao Alto no período intermissivo (período entre vidas, no plano astral).
Ser médium não é bonito nem traz vantagem – apenas ônus redobrado. Porém, consiste em dever assumido por auto opção voluntária, endossada pelo Alto, a fim de que o candidato à médium, ao volver ao invólucro carnal, auto burilasse a conduta íntima, quitasse karmas no atacado e superasse novo degrau nessa íngreme escalada evolutiva da vida terrena.
Deus não joga dados. A vida não é brincadeira, muito menos o trabalho e a mediunidade. A prática do amor é um direito inalienável e dever irrenunciável de todas as criaturas. Não temos outra opção senão ter coragem de assumir e aperfeiçoar o seu exercício diário.
Dá trabalho? Muito! Mas ser feliz (sentir-se realizado e em paz consigo próprio) é um trabalho árduo que compensa. Não existe outra alternativa evolutiva para você, seja médium ou não. O resto é fuga da realidade e mesmice existencial.
O médium pulou de paraquedas no meio da guerra, admitiu a auto luta em princípio e pôs à cara a tapa no projeto reencarnatório a que se propôs executar. Não há como desistir no meio do caminho. É como uma represa que ruiu: nada segura a força das águas e nada segura o fluxo de energias conscienciais na vida dos seres.
Aos médiuns, sugerimos: abandonem as brincadeiras irresponsáveis e assumam seus serviços. Precisamos de vocês. Percam a vergonha de assumir sua mediunidade, tanto em relação aos ignorantes tridimensionais, quanto aos invejosos espiritualistas ou aos parapsiquistas e intelectuais. Confiem em si mesmos.
Autoestima para o médium é fundamental, mas sem vaidade, sem a ilusória crença em infalibilidade mediúnica. Não respondam às críticas maldosas, às análises psicanalíticas açodadas e levianas, às tentativas de deslegitimar trabalhos idôneos, por meio da maledicência que almeja desconstruir a integridade psíquica e moral do médium, promovendo campanhas de patrulha doutrinária, estigmatização, intriga e ridicularização. Merecem ser desprezadas. A melhor resposta repousa nos frutos maduros do mediunato sadio, obtido pelo exercício do trabalho contínuo, pelo cultivo da dignidade da conduta pública e privada, pela permanente disposição de reciclar paradigmas e procedimentos, adaptar-se a contextos e desafios novos, meditar acerca das suas próprias fragilidades e otimizar suas virtudes.
Mãos à obra! A espiritualidade não dorme!

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
Ao comentar em qualquer post, você concorda com nossos termos, assume e aceita receber nossos comunicados de ofertas, promoções e mensagens automaticamente. Se não concordar, não comente, respeitamos a LGPD. ***
Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.