Introdução
O Espiritismo, codificado por Allan Kardec no século XIX, foi uma resposta inovadora às questões espirituais e filosóficas da época. No entanto, a permanência estática de seus princípios e a resistência à atualização têm gerado debates intensos dentro da comunidade espírita. Este artigo analisa o impacto do viés de confirmação e do ceticismo nas práticas espíritas contemporâneas, propondo uma reflexão sobre a necessidade de evolução doutrinária.
Viés de Confirmação no Espiritismo
O viés de confirmação refere-se à tendência humana de procurar, interpretar e lembrar informações de maneira que confirme suas crenças preexistentes. No contexto espírita, isso se manifesta quando adeptos utilizam citações de Kardec ou de médiuns famosos para reforçar suas opiniões, sem questionamento crítico. Este comportamento pode ser observado em discussões online, onde argumentos são frequentemente sustentados por trechos selecionados das obras kardecistas, ignorando a totalidade do contexto.
Essa prática limita o desenvolvimento do espiritismo, transformando-o em uma doutrina fechada e inflexível. A essência científica do espiritismo, que valoriza a investigação contínua e a adaptação aos novos conhecimentos, é comprometida pelo dogmatismo e pela sacralização de textos específicos.
A Importância do Ceticismo Construtivo
Ceticismo construtivo é essencial para qualquer movimento filosófico ou religioso que pretenda manter-se relevante. No espiritismo, o ceticismo deveria ser direcionado à constante verificação das comunicações espirituais e à análise crítica das obras mediúnicas. No entanto, o ceticismo excessivo pode ser prejudicial se transformado em descrença absoluta, bloqueando a aceitação de novas ideias que possam enriquecer a doutrina.
O equilíbrio entre a fé e o ceticismo é crucial. Allan Kardec mesmo enfatizou a importância do uso da razão e da lógica na análise das comunicações dos espíritos. Ele advogou pelo controle universal do ensino dos espíritos, um método que visa assegurar a coerência e a validade das mensagens recebidas.
Propostas para a Atualização do Espiritismo
1. Revisão Crítica das Obras Kardecistas: Promover uma leitura crítica e contextualizada das obras de Kardec, considerando os avanços científicos e filosóficos desde o século XIX.
2. Incorporação de Novos Conhecimentos: Integrar descobertas científicas e novas filosofias ao corpo doutrinário espírita, mantendo a essência dos princípios básicos.
3. Controle Universal do Ensino dos Espíritos: Estabelecer uma metodologia contemporânea para avaliar as comunicações mediúnicas, garantindo a validade e a relevância das mensagens.
4. Educação e Formação Crítica: Desenvolver programas educativos que incentivem o pensamento crítico e a análise racional dentro das práticas espíritas, evitando o dogmatismo.
Conclusão
O Espiritismo deve ser uma doutrina dinâmica, aberta à evolução e ao crescimento contínuo. A superação do viés de confirmação e a adoção de um ceticismo construtivo são passos fundamentais para a revitalização do espiritismo, mantendo sua relevância e profundidade filosófica. Ao integrar novos conhecimentos e promover uma revisão crítica das obras clássicas, o espiritismo pode continuar a iluminar o caminho de muitos, alinhado com os princípios da verdade e da razão defendidos por Allan Kardec.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.