A Umbanda é uma religião brasileira que nasceu no início do século XX, resultado da fusão de diversas tradições religiosas, incluindo o espiritismo, o candomblé, a religião indígena e o catolicismo popular.
O surgimento da Umbanda é atribuído a Zélio Fernandino de Moraes, um jovem médium espírita que vivia na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, no ano de 1908. Segundo relatos, Zélio teria sido possuído pelo espírito de um índio chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas, que teria lhe dado a missão de criar uma nova religião que unisse diversas tradições religiosas em um só culto.
Assim, Zélio passou a receber mensagens e orientações dos espíritos que se comunicavam com ele, e começou a reunir um grupo de pessoas interessadas em participar dessa nova religião. A Umbanda, então, começou a se desenvolver com base em três principais pilares: a caridade, a prática da mediunidade e a fusão de diversas tradições religiosas.
Os primeiros rituais da Umbanda incluíam a invocação de espíritos de guias, como Caboclos, Pretos Velhos e Exus, que eram cultuados por meio de cânticos, danças e oferendas. Com o tempo, a Umbanda foi se desenvolvendo e se organizando em templos, chamados de terreiros, onde os fiéis se reuniam para realizar seus rituais e buscar ajuda espiritual.
Hoje em dia, a Umbanda é uma religião presente em diversas regiões do Brasil e em outros países, e tem como princípios fundamentais a prática da caridade, a busca pelo equilíbrio espiritual e a valorização da diversidade religiosa.
A Umbanda é uma religião que cultua diversas entidades, que são espíritos de pessoas que viveram na Terra e agora atuam como guias espirituais para ajudar os fiéis em suas questões materiais e espirituais. Abaixo, descrevo as características de algumas das entidades mais comuns na Umbanda:
- Caboclos – são guias espirituais que representam os povos indígenas. São considerados os grandes caçadores e guerreiros da natureza e têm como característica a força, a coragem e a sabedoria. São muito procurados para trabalhos relacionados à saúde e à proteção.
- Pretos Velhos – são guias espirituais que representam os antepassados africanos que foram escravizados no Brasil. São conhecidos por sua sabedoria, humildade e paciência. São muito procurados para trabalhos de cura, aconselhamento e orientação espiritual.
- Exus – são guias espirituais que representam as energias masculinas e têm como característica a força e a proteção. São responsáveis por proteger os terreiros e os fiéis e são muito procurados para trabalhos relacionados ao amor, à justiça e à prosperidade.
- Pombagiras – são guias espirituais que representam as energias femininas e têm como característica a sensualidade, a sedução e a beleza. São responsáveis por proteger as mulheres e são muito procuradas para trabalhos relacionados ao amor, à paixão e à sedução.
- Crianças – são guias espirituais que representam as crianças e os jovens desencarnados. Têm como característica a pureza, a inocência e a alegria. São muito procurados para trabalhos de cura e proteção.
- Boiadeiros – são guias espirituais que representam os vaqueiros e têm como característica a bravura, a coragem e a determinação. São muito procurados para trabalhos relacionados à proteção e à defesa.
- Marinheiros – são guias espirituais que representam os marinheiros e têm como característica a força, a bravura e a proteção. São muito procurados para trabalhos relacionados à proteção e à limpeza espiritual.
As características das entidades podem variar de acordo com a região e com as tradições de cada terreiro. Cada guia espiritual tem sua própria personalidade e sua própria forma de trabalhar, mas todos têm em comum o objetivo de ajudar os fiéis a encontrar o equilíbrio e a paz interior.
Os orixás são deidades veneradas nas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé. Eles são considerados intermediários entre os seres humanos e o divino, e têm como função principal ajudar os fiéis em suas questões materiais e espirituais.
Cada orixá tem suas próprias características e atributos, e é frequentemente associado a elementos da natureza, como rios, matas, montanhas, etc. Alguns dos orixás mais conhecidos e suas principais interpretações são:
- Oxalá – é considerado o orixá maior e tem como características a sabedoria, a paciência e a serenidade. É frequentemente associado à cor branca e ao elemento ar.
- Iemanjá – é a orixá das águas e tem como características a fertilidade, a proteção e o amor materno. É frequentemente associada à cor azul e ao elemento água.
- Xangô – é o orixá do fogo e da justiça e tem como características a força, a coragem e a determinação. É frequentemente associado à cor vermelha e ao elemento fogo.
- Oxum – é a orixá do amor e da beleza e tem como características a sensualidade, a vaidade e a fertilidade. É frequentemente associada à cor amarela e ao elemento água doce.
- Ogum – é o orixá do ferro e da guerra e tem como características a força, a determinação e a coragem. É frequentemente associado à cor vermelha e ao elemento ferro.
- Iansã – é a orixá dos ventos e das tempestades e tem como características a energia, a impulsividade e a liberdade. É frequentemente associada à cor rosa e ao elemento ar.
- Nanã – é a orixá mais velha e tem como características a sabedoria, a serenidade e a tranquilidade. É frequentemente associada à cor lilás e ao elemento terra.
É importante ressaltar que as interpretações dos orixás podem variar de acordo com a região e com as tradições de cada religião. Além disso, as religiões afro-brasileiras também têm suas próprias formas de culto e rituais, que variam de acordo com o terreiro e com o sacerdote.
Dalton C. R.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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