Os caminhos estavam abertos, ele possuía todos os meios. Possuía talento, amigos e riqueza, mas as facilidades o corrromperam. O ego predominou e ele escolheu o seu rumo. Não acreditava no futuro e plantava sementes “escuras”.
Acreditava em aproveitar a vida e no fútil se fartava, mas acontece um dia atrás do outro e serra atrás de serra. Quando seu corpo tombou em seu último dia, a terra tomou de volta o que lhe emprestara.
Acreditava que o definhar da carne era o fim da linha, não sabia da eternidade da alma.
Em profundo estado sonambúlico, vagou cego sob as trevas. Dezenas de anos se passaram. Um dia, acordando devagar, as dores aumentavam em lamentos profundos. Gemidos cortantes açoitavam as poças de barro e lodo, enquanto hordas errantes o debochavam em cinismo horripilante.
A ilusão da morte se transformara em vida de sofrimento e dor. Despertando aos poucos na densidade dos umbrais se questionava: Por quê? Onde estou? O que fiz?
Gradualmente a lucidez espiritual se ampliava sob a forma de questionamentos, motivada por pesadas dores que queimavam até a alma.
Uma bolha de luz antes longínqua, naquele horizonte negro, se aproximava lentamente, emanando uma paz, conforto serenos e profundos. Aquela aura emotivava as consciências errantes verdadeiramente arrependidas. Elas se prostravam em rompantes de lágrimas sinceras.
Assim se deu o resgate, e os sofredores daquele momento e de vidas malditas de outrora, suspiraram aliviados o socorro dos espíritos benfeitores.
Refeito no amor divino, que sustenta as sadias Colônias Espirituais, aos poucos foi se recuperando e aprendendo sobre a eternidade da vida e os desígnios das leis evolutivas.
Descobriu que Deus não pune ninguém e que somos desgraçados por nossa própria ignorância. A pior humilhação de todas é a que impomos a nós mesmos, não temos desculpas ou o subterfúgio de culpar ninguém.
Agora compreendia porque existem as colônias e os umbrais. Neste instante despertava para as diferenças entre as consciências luminosas e as escuras. Não é preciso nem dizer, um despertar severamente cortante impunha sua consciência a ficar de frente a seu ego. As pernas trêmulas, fizeram seus joelhos dobrarem-se ao chão e a molhá-lo em choro, descobrindo a comprovação prática de Deus e Seu infinito amor.
Após um novo e necessário refazimento emocional relativamente longo, ele estava de volta ao equilíbrio, no meio dos amigos que o acolheram e que o instruíam.
Hoje ele está no meio de nós. É um sujeito simples, um homem comum. Sustenta firme seus princípios e objetivos nobres de vida. Passa apertos e às vezes atrasa seu aluguel. Já não é seduzido pelo rolo compressor das futilidades sociais. Já não gasta mais seu prazo em passatempos patológicos e se arrisca a ser tachado de diferente e esquisito.
Preocupa-se com a honestidade, com a qualidade humana, a moral e o bem social. Investe em sua espiritualidade discreta e humilde, e faz a sua parte. Hoje, ele dorme sorrindo, pensando em Deus e na obrigação das boas obras silenciosas. Não cultiva rótulos, dogmas ou doutrinas, pois sabe que é responsável por si e que seus próprios bons serviços é que o “salvarão”.
Assim tantos se misturam no meio de nós. Muitos moram em casas simples, pois já experimentaram as mansões de alhures em antigas vidas amaldiçoadas. Tantos andam nos ônibus lotados nas madrugadas perigosas das grandes cidades.
Ele pode estar empurrando uma vassoura agora a seu lado. Num novo corpo, as voláteis percepções da memória se esvaem. É mais uma vida, é mais um recomeço, é mais uma oportunidade. Assim vamos convivendo com nossos problemas, dores e dignidade.
Desejamos que as ALMAS BRILHEM por dentro, independente das condições materiais que cerceam os corpos. Mantenham os princípios elevados sob quaisquer pretextos. Numa época onde a cultura prega o imoral, o consumismo e o fútil, o mais difícil é pairar acima dessa superfície densa e negativa.
Nunca tenham a vergonha de manter a dignidade espiritual positiva e sadia. Os corpos perecem, as dificuldades passam, mas a vida não. São breves momentos de retificação cármica no oceano da eternidade. Vale a pena investir, o retorno é sempre maior.
Tomemos as rédeas da vida agora para evitar dores desnecessárias no futuro.
Ramatís espírito e Dalton Campos Roque – Curitiba.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.