O Ho’oponopono é uma porta. Uma chave. Um recurso valioso para reorganizar emoções, dissolver memórias e abrir canais de reconciliação. No entanto, como toda ferramenta espiritual séria, ele não é um fim em si mesmo. É um degrau — e sua potência se realiza quando nos conduz a uma etapa mais ampla: a consciência plena.
A consciência plena não é apenas um estado meditativo. Ela é uma forma de viver. Um estado contínuo de presença lúcida, em que os padrões automáticos do ego cedem lugar ao discernimento, à vigilância e à coerência interior. E isso exige mais do que repetir mantras. Exige observação constante de si mesmo, acolhimento das sombras, transmutação dos impulsos reativos e expansão do campo perceptivo.
Quando alguém pratica o Ho’oponopono com sinceridade, ele começa a perceber que há padrões que se repetem mesmo com a limpeza. Começa a intuir que certas memórias são sintomas, não causas. Começa a ver que existe algo mais profundo a ser observado — e que não basta pedir perdão: é preciso compreender o porquê de certos vínculos, certas dores, certas escolhas.
Esse ponto marca o início da transição do Ho’oponopono para a consciência plena. Um passo natural e necessário, explorado com profundidade em textos como O verdadeiro e único Ho’oponopono e De Hawai ao Akash: a sabedoria ancestral que converge. É o momento em que a técnica cede lugar à atitude contínua. O mantra vira vibração. O ritual vira modo de ser.
Na consciência plena, cada pensamento é observado. Cada emoção é compreendida. Cada palavra é ponderada. Não por rigidez, mas por alinhamento. Porque a alma desperta sabe que toda emissão reverbera. E sabe que a coerência entre sentir, pensar, falar e agir é o alicerce da evolução real.
Por isso, a consciência plena inclui, mas transcende o Ho’oponopono. Ela incorpora a vibração do amor, do perdão, da gratidão e da lucidez a cada instante. Como detalhado em O som sagrado e o poder do verbo, o verbo é poder — mas esse poder só é íntegro quando nasce da presença e da verdade interior.
A consciência plena exige presença energética, ética consciencial e discernimento amoroso. Ela não exclui o Ho’oponopono, mas o expande. Ela não nega os mantras, mas os transforma em frequência viva. Ela não abandona as práticas, mas as integra ao ser.
Se o Ho’oponopono foi sua porta de entrada para o despertar, aceite o chamado da continuidade. Vá além da técnica. Torne-se a prática. Torne-se a vibração. Torne-se o perdão. Torne-se o amor lúcido em movimento.
Esse é o próximo passo.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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