Nenhuma consciência vive isoladamente. Cada um de nós encarna dentro de uma rede de vínculos energéticos e relacionais que não é aleatória, mas sim regida por afinidades e compromissos kármicos antigos. A família, nesse contexto, é o núcleo onde as forças do karma coletivo se condensam, e também onde o Ho’oponopono pode revelar sua função mais profunda: a de reorganizador vibracional dos gruposkarmas.
Gruposkarmas são conjuntos de consciências interligadas por experiências passadas em comum — nem sempre harmoniosas — que renascem juntas para a depuração mútua, compensação ética, aprendizado conjunto e, sobretudo, para a ampliação da consciência. São vínculos muitas vezes dolorosos, mas fundamentais à evolução de todos os envolvidos.
É nesse cenário que o Ho’oponopono se mostra não como simples técnica individual, mas como uma poderosa ferramenta de reconciliação interconsciencial. Ao aplicar a prática com consciência, o indivíduo começa a purificar não apenas sua carga pessoal, mas também os registros vibratórios do grupo a que pertence.
Quando dizemos “me perdoe”, estamos abrindo um canal de reequilíbrio entre o eu e o outro — mesmo que o outro esteja inconsciente disso, ou mesmo já desencarnado. Isso acontece porque, como mostrado em Memórias, registros e o campo informacional, todos os acontecimentos e emoções ficam gravados em campos de energia, que podem ser reorganizados por meio da vibração elevada e intencional.
O Ho’oponopono é uma ferramenta de desatamento desses nós grupais. Mas, para que funcione, precisa ser praticado com lucidez, autorresponsabilidade e ausência de vitimização. Não se trata de acusar nem de inocentar, mas de assumir o próprio lugar no jogo kármico e agir como agente de pacificação. Como apresentado em O Ho’oponopono e a alquimia do karma, a cura verdadeira só acontece quando há transmutação da consciência — não apenas das palavras.
Dentro da família, onde há laços emocionais e memórias ancestrais densas, a prática do Ho’oponopono pode ser o início de um novo ciclo. Mas isso exige persistência e compreensão das leis espirituais universais, que regem o retorno das vibrações e a necessidade de restauração do equilíbrio.
Em muitos casos, o praticante sério verá as dinâmicas familiares se transformarem lentamente: menos conflitos, mais empatia, mais silêncio interior diante de provocações antigas. Essa mudança não se dá por mágica, mas por atuação direta no campo do grupo — um campo onde todos estão energeticamente implicados.
Por isso, como refletido em Eu me curo, portanto, eu curo o mundo, curar-se com o Ho’oponopono é também curar os sistemas aos quais pertencemos. E o grupo familiar é sempre o primeiro deles.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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