O PODER OCULTO DA MÚSICA

O PODER OCULTO DA MÚSICA

O Poder Oculto da Música

Retirado de <http://www.imagick.com.br/?p=28403> em 08/02/2018
Nota: foram omitidas todas as imagens do site original.

“No princípio era o verbo, e o verbo estava com DEUS, e o verbo era DEUS”

De acordo com escrituras e mitologias de todos os povos a música, assim como as demais expressões da arte, foram trazidas aos homens pelos deuses. Na remota antiguidade, a música era empregada com a sagrada finalidade de reverenciar o Ser Supremo. Sua finalidade era a de expressar as cosmogonias, elevar a alma humana às alturas das esferas espirituais. Todas as expressões artísticas desenvolveram-se à luz dos ritos iniciáticos, com a finalidade de expandir a consciência dos iniciados durante as cerimônias sagradas, abrindo-lhes a captação psíquica para experiências transcendentes.

Com o tempo a arte saiu do âmbito dos templos e do sagrado, vulgarizou-se, caiu na banalização das massas, passando a refletir seus instintos inferiorizados, anseios embrutecidos e a desmesurada ambição pelo lucro e a fama.

Atualmente a ciência, sobretudo no campo da medicina e da psicologia, vêm redescobrindo verdades e conhecimentos que os antigos sábios detinham sobre o poder oculto da música.

Hoje sabemos que basta estarmos no campo audível da música para que sua influência atue constantemente sobre nós, acelerando ou retardando, regulando ou desregulando as batidas do coração; relaxando ou irritando os nervos; influindo na pressão sanguínea, na digestão e no ritmo da respiração, exercendo alterações sobre os processos puramente intelectuais e mentais.

Modernos pesquisadores estão começando a descobrir que a música influi no caráter do indivíduo e, ao influir em seu caráter, significa alterar o átomo a pessoa.

Grandes sábios da China antiga até o Egito, desde a Índia até a idade áurea da Grécia acreditavam que há algo imensamente fundamental na música que lhe dá o poder de fazer evoluir ou degradar completamente a alma do indivíduo e, desse modo, fazer ou desfazer civilizações inteiras.

O Messias, de Handel

A influência da música sobre o nosso comportamento é algo que desperta cada vez mais o interesse dos estudiosos. Ela pode influenciar no comportamento de toda uma nação, como por exemplo ocorreu com o rei George III, na Abadia de Westminster, durante uma apresentação de Handel. A certa altura da apresentação da obra o Messias (o coro da Aleluia) o rei se pôs em pé, sinal para que todo o público se levantasse. Ele estava chorando. Nada jamais o comovera tão vigorosamente. Sendo então um grande ato de assentimento nacional às verdades fundamentais da religião.

Os diferentes tipos de música levam-nos a manifestar comportamento mentais-emocionais específicos. Em certas circunstâncias, somos induzidos a alterar procedimentos em função dos diferentes estados de consciência que a música, involuntariamente, pode nos levar a alcançar.

Na investigação dos efeitos da música sobre a vida, realizaram-se alguns experimentos preliminares com plantas. Por mais paradoxal que possa parecer, o efeito da música sobre o reino vegetal primitivo é um dos métodos mais convincentes para provar que a música influi na vida, inclusive na vida humana.

“Duas séries independentes de experimentações, uma realizada na União Soviética e outra no Canadá, descobriram que as sementes de trigo crescem mais depressa quando tratadas com tons. As mudas de trigo tratadas com som no Canadá, num ambiente laboratorial cuidadosamente controlado, cresceram três vezes mais do que as mudas não tratadas (informação coletada na Revista Time de 12 de abril de 1968). As mudas soviéticas receberam tons ultra-sônicos e, em resultado disso, germinaram mais depressa, mostraram-se mais resistentes à geada e produziram maior quantidade de grãos (informação retirada da Revista Science Digest 90 de 1º de janeiro de 1982). Trata-se, obviamente, de descobrimentos de grandes possibilidades para aplicação prática no mundo”.

“Os estudos acerca da relação entre a música e as plantas são cruciais pela razão já mencionada: presumindo-se que sejam bem controlados e de resultados precisos, são capazes de provar o que experiências feitas com seres humanos e animais dificilmente provarão: que os efeitos da música, objetivos, não dependem do pré- condicionamento subjetivo da psique. Lembremo-nos de que, além de acreditar que a música afeta o corpo, as emoções e o espírito do homem, os antigos também afirmavam que o poder da música é objetivo e não subjetivo. Ou seja, afirmavam que tipos diferentes de música são inerentemente bons ou inerentemente maus; que certas combinações de tons são objetivamente intensificadoras da vida e possuem uma natureza evolutiva, ao passo que outras se revelam perigosas.

Masaru Emoto ( Experiências com a música e palavras na água)

Se 75% de nosso organismo é composto de água, faço um convite à todos para que possamos pensar e refletir um pouco, no que pensamos, sentimos e falamos diariamente.

As 7 Cores do Arco-Íris e as 7 Notas Musicais

Como os nossos olhos percebem formas e cores?

Graças à radiação luminosa, nossos olhos percebem com exatidão formas e cores.É a luz que nos permite perceber o mundo ao redor, a luz é uma das formas pela qual a energia se manifesta, e o sol é uma fonte natural mas, tamanhos, cores e movimentos, os olhos porém não são sensíveis a todas as radiações luminosas, como os raios infravermelho e ultravioleta que não podem ser detectados pelo olho humano. O Sol, as estrelas, uma vela ou uma lâmpada são objetos que emitem luz própria, luz produzida por si próprios, são corpos luminosos, a maioria dos corpos que nos cercam porém enviam luz somente após receberem de algum corpo luminoso, são chamados estes corpos iluminados, a mesa, o livro ou a poltrona são corpos iluminados, porque refletem a luz emitida por corpos luminosos, a lua fica visível ao anoitecer porque reflete a luz do sol.

Quando olhamos um objeto ele projeta para nós as vibrações de luz que recebe do Sol ou de outras fontes de luz natural ou artificial, as vibrações de luz atravessam a córnea de nossos olhos e pela ação do cristalino convergem para retina, onde formam uma imagem invertida dos objetos, após formada a imagem na retina ela é transmitida para o nervo óptico e para uma zona do cérebro(lóbulo occipital) responsável por interpretação visuais em uma fração de segundos a imagem é remetida para este lugar e em seguida será analisada por nossas faculdades subjetivas tornando-se uma realidade consciente para nós.

Então concluímos que o processo da visão transforma uma imagem invertida captada pela retina em uma imagem cerebral ou seja em um conceito mental.
Assim quando se olha para um objeto qualquer a idéia que se tem dele é aquela que o seu cérebro lhe transmite, mas não se pode provar que o objeto em questão seja exatamente como você o percebe.

E o que são as cores?

Todos sabemos que quando a luz solar se decompõe através de um prisma se obtém setes faixas de cor, um exemplo disto é o arco-íris que é uma decomposição natural da luz solar com a chuva desempenhando o papel de prisma, o processo inverso também é possível, através das sete cores obteremos a luz branca que é o reflexo da luz do sol,então cada cor é um elemento componente da luz e todas as cores visíveis são ondas de freqüência vibratória distintas, elas emanam dos objetos que olhamos, estimulam a retina dos nossos olhos atingindo nossa zona cerebral, que se encarrega de interpretá-las, portando tudo que vemos corresponde à percepção, interpretação, e idéia mental que é própria das associações cerebrais de cada indivíduo, portanto o universo de cada um, singularmente é próprio, único e individual.

Uma Experiência de Expansão da Consciência com a Música (David Tame)

Uma noite, em Londres, fui a uma audição dos Concertos de Brandenburgo de Bach. Sentando-me, troquei algumas palavras com meu companheiro e me deleitei olhando ao redor pelo maravilhoso Royal Festival Hall, à proporção que ele principiava a encher-se. Mas, quando os músicos apareceram, inclinaram-se diante da platéia e puseram-se a afinar seus instrumentos; comecei a percebê-la vagamente. Alguma coisa muito diferente e única estava escondida ali. Não podia ser vista nem ouvida, mas eu lhe sentia a presença, e ela parecia estar se aproximando!
E quando os músicos se prepararam para dar início ao concerto e o público silenciou essa alguma coisa, desconhecida saturou o ar com um poder crepitante, prenhe, de que ninguém mais parecia haver se apercebido.

E, logo, literalmente a partir da primeira nota, o momento eterno se achou sobre mim. Apesar disso, eu já estava muito longe de poder refletir conscientemente sobre ele, pois a experiência, totalmente avassaladora, não deixavam espaço nenhum para qualquer outra atividade mental a não ser as percepções para as quais minha mente parecia haver-se aberto.

Dir-se-ia que o meu corpo principiasse a viver luz; meu coração era um fogo que flamejava, consumindo-me as impurezas da alma. Minhas percepções estavam abertas como se sempre tivessem estado, até então, firmemente cerradas. Eu nunca ouvira música daquela maneira! O que ouvira muitas vezes, até aquele momento, como sons abstratos, agora era Som – entrelaçamento tangível, vivo, de uma filigrana de precisão matemática, que eu quase podia pegar e tocar, virtualmente, ver à medida que fluía do primeiro violino.

Todas as notas pendiam suspensas do ar, eternas e imaculadas, imunes a todas as capacidades de descrição verbal. Meu corpo se congelou numa rigidez semelhante à coma, enquanto minha mente se ligava ao acorde seguinte. Por vários e longos minutos perdi o conhecimento de mim mesmo. A pura beleza de tudo aquilo era indescritível. Desde o primeiro compasso, lágrimas silenciosas fluíam de meus olhos fitos, sempre abertos.

O Quinto Concerto de Brandenburgo estreara o sarau e, no instante em que a visão sublime se diria prestes a dissipar-se, começou o solo único de cravo. Mais uma vez fui arrebatado para além de mim mesmo, e vi a música de um modo nunca dantes percebido. Os longos arpejos de fuga trilavam através do ar como ondas visíveis emanadas de uma essência divina, uma atrás da outra, enchendo toda a sala e passando, através das paredes, para a cidade. Não posso dizer que eu visse as ondas musicais, pois o processo não me envolvia os olhos; apesar disso, de um modo ou de outro, eu as vi. Eu vi a música!

Quando os outros instrumentos tornaram a entrar com inenarrável beleza, ainda mais se reforçou a impressão de ondas emanadas de uma bondade tangível. Dir-se-ia que a música possuísse uma energia definida e muito real, que se irradiava para além da sala em todas as direções. Minha consciência parecia abranger toda a cidade. Por alguns momentos tive a impressão de estar olhando de um ponto de vista que me revelava toda a extensão urbana; não só a cidade visível, física, mas também as forças subjacentes, causativas, que a afeiçoavam e moldavam. Ocorreu-me a compreensão de que aquela música, ao irradiar-se, agia, de certo modo, como força de sustentação e robustecimento para toda a área circundante.

Quando me voltou à consciência do corpo, sentado na poltrona no Royal Festival Hall, ficou-me a impressão de que o concerto, de certo modo, era uma luz brilhante no meio de um grande e caótico mar de trevas. As trevas ameaçavam avançar sobre a chama e extingui-la para sempre. Nunca me esquecerei desta sensação: uma sensação que não era de medo, senão das mais profunda e grave preocupação; da vasta importância da música que eu estava ouvindo, da mais profunda gratidão pela oportunidade de experimentá-la, e de que ela devia ser, a todo custo, preservada para a humanidade do futuro.

Durante séculos, as experiências místicas tem sido tema de debates entre os filósofos, mas, até o dia de hoje, ainda não se chegou a um consenso geral a cerca da realidade de tais experiências. São elas menos reais, igualmente reais ou mais reais do que a nossa experiência habitual da vida cotidiana? Julgue cada qual por si mesmo. Entretanto, é interessante saber que experiências visionárias e místicas têm proporcionado a inspiração inicial de muitas das maiores invenções do mundo e de grandes progressos científicos; até as dos gigantes do espírito humano, como Albert Einstein e Nikola Tesla.

Cumpre observar que, segundo relatos de tais experiências, feitos por outros, a não ser que tenhamos a estatura de um Ramakrishna ou de um São João da Cruz, elas ocorrem às pessoas quando estas menos as esperam – e depois se vão, sendo aparentemente impossível recapturá-las ou chamá-las de volta. Inconstantes e loucas como se tivessem mentes próprias; pois nossas mesmas imperfeições nos impedem de incorporar tais experiências numa base permanente ou, como o diriam os místicos: A visão da realidade transcendente é permanente e eterna, e nós e que insistimos em ser inconstantes e loucos em nossa relação com o Supremo.

Olhando agora para trás, vejo que a minha experiência daquela noite foi um dos principais pontos de partida que finalmente resultou no desenvolvimento deste livro. Só mais tarde descobri quão estreitamente se achava a ocorrência daquela noite ligada à concepção que tinha os antigos da música e do seu poder inato.

“Sinto-me obrigado a deixar transbordar de todos os lados as ondas de harmonia provenientes do foco da inspiração. Procuro acompanhá-las e delas me apodero apaixonadamente; de novo me escapam e desaparecem entre a multidão de distrações que me cercam. Daí a pouco, torno a apreender com ardor a inspiração; arrebatado, vou multiplicando todas as modulações, e venho por fim a me apropriar do primeiro pensamento musical. Tenho necessidade de viver só comigo mesmo. Sinto que Deus e os anjos estão mais próximos de mim, na minha arte, do que os outros. Entro em comunhão com eles, e sem temor. A música é o único acesso espiritual nas esferas superiores da inteligência.”
(Beethoven).

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