Meu amor,
Enquanto eu andava só nos pomares férteis e ricos em flores, meu coração estava árido no deserto da solidão.
A caminhada era um fardo a encurvar meus ombros numa subida que parecia eterna e infrutífera, onde a única coisa que eu percebia eram meus tombos e a poeira levantada pela aspereza da ventania.
Estava só no meio de muitos, passava fome no meio dos pomares e passei quase toda minha vida com o sentimento de estrangeiro[1] alguém mal vindo à terra de ninguém que só ouvia “não” e recebia “costas”.
A resignação perante o fracasso de uma etapa não me impediu de ser “rico” e feliz mais tarde.
Nem eu acreditava em mim, pois “meus amigos” somente me desvalorizavam e eu era apenas uma máquina de trabalhar.
Já não lembrava que atrás deste peito havia um coração ou emoção.
Um dia as gotas de chuva visitaram o deserto.
Um dia as luzes do amor iluminaram as trevas da solidão.
Um dia uma só acolhida sincera superou mais de 20 rejeições vulgares,
Pois um dia a brisa trouxe um perfume e logo atrás uma flor.
Não sei se apenas te amo ou se também amo o teu jeito de me amar.
Quando me vê, você não sabe, mas me abençoa com os brilhos intensos de seu olhar.
Meu coração de homem sensível agradece a Deus sua presença silenciosamente.
Seus cabelos castanhos e encaracolados te encaracolaram em minha vida e seu amor envolveu todo meu coração.
Antes, eu era uma “carcaça”, hoje eu sou um homem!
Teu sorriso me faz ter vontade de me curvar de joelhos humildemente ao Criador.
Todas as minhas dores e frustrações se dissolvem diante de sua ternura afetuosa.
A subida já não é mais de cascalho.
Sinto “degraus” sob meus pés e um “corrimão” a me apoiar.
A outra mão quem segura é você a me acompanhar.
O fardo da subida se transformou em doce caminhada de lazer e quando olho para baixo já não vejo mais aquele abismo árido, mas uma linda cachoeira cerceada de uma mata verdejante, enquanto pousam a nossa volta os colibris atraídos por nossa aura de amor.
Porque não chorar?
Porque não sorrir?
Porque não se emocionar e te abraçar por cinco minutos que valem por uma eternidade, enquanto outros se perdem no ódio e na agressão?
Porque não amar e viver bem curtindo as melhores emoções?
Você é presente de Deus!
Se eu puder voltar a ser menino, só aceitarei se tiver você a meu lado.
Se eu me tornar ancião, só aceitarei se tiver você comigo.
Por isto Andréa, cada vez mais e agora mais do que nunca, quero declarar que te amo com todas as minhas forças e com toda minha emoção.
Já que você adentrou tão bem em minha vida, quero lhe fazer um humilde convite: venha viver comigo também as próximas vidas.
Se nesta vida eu encontrei minha alma gêmea sem querer, sem me preocupar e provei deste mel, eu quero me fartar, e enquanto Deus me permitir servir a humanidade ao seu lado eternamente, a Ele eu agradecerei.
Salve 30/03/2003!
Muita saúde, prosperidade, amor e felicidade para você e para nós.
Feliz aniversário!
Do eternamente seu,
Dalton – Curitiba, 28/03/2003.
[1] Sentimento de estrangeiro, síndrome do estrangeiro ou nomes similares, é um sintoma espiritual contraditório. Vide livro O Karma e suas Leis.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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