Vivemos em tempos onde o senso de pertencimento se dissolve em meio ao barulho incessante dos jargões corporativos, importados, em sua maioria, do inglês. “Feedback”, “brainstorming”, “networking” – palavras que deslizam pelas bocas brasileiras com uma naturalidade preocupante. Para muitos, a adoção desses termos parece inofensiva ou até modernizadora. No entanto, essa tendência é sintomática de um problema mais profundo: uma crescente alienação cultural que se manifesta em nossa linguagem, costumes e valores.
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A matrix cultural e a perda de identidade
Conforme explorado no livro “Ascensione na Matrix”, a Matrix não é apenas um conceito de ficção científica, mas uma metáfora poderosa para a maneira como somos condicionados a perceber e interagir com a realidade. Dentro dessa Matrix cultural, o americanismo serve como um paradigma hegemônico que dita comportamentos e modismos. Celebramos o Halloween, mas esquecemos o Saci, o Curupira e outras figuras do nosso folclore. Isso não é uma mera troca de costumes, mas um claro reflexo de uma crise identitária, um niilismo cultural que mina a singularidade e a profundidade da nossa herança.
A superficialidade como norma
Essa superficialidade se expande para o vocabulário que adotamos e as formas de expressão que privilegiamos. Em vez de explorar as riquezas e nuances do idioma português, o vocabulário corporativo se enche de termos “emprestados” que são usados para mascarar a falta de conteúdo real. Um “meeting” (reunião), que poderia ser direto e produtivo, torna-se um evento repleto de “insights” (ideias) vazios, “pitches” (apresentações) genéricos e “mindsets” (mentalidades) mecanizados. São palavras que prometem inovação, mas entregam apenas a perpetuação de um ciclo de pensamento superficial e limitado.
A ilusão de modernidade e o complexo de vira-latas
A adoção acrítica de termos e costumes estrangeiros revela um complexo de inferioridade cultural que faz com que muitos brasileiros sintam que precisam aderir a práticas “internacionais” para serem considerados modernos ou bem-sucedidos. No entanto, esse comportamento reflete mais uma forma de servidão voluntária, uma submissão ao status quo que nos prende em uma versão moderna da Matrix. Essa versão é alimentada pela mídia, pela propaganda e por um sistema educacional que prioriza a técnica e o utilitarismo em detrimento do pensamento crítico e da valorização das tradições e conhecimentos locais.
Espiritualidade e a desconexão da essência
No contexto espiritual, a Matrix se apresenta como uma rede de condicionamentos que perpetua uma visão de mundo materialista e mecanicista, onde a individualidade é uma ilusão e o propósito é constantemente definido pelo consumo e pela conformidade. Ao invés de buscarmos um entendimento mais profundo de quem somos, a sociedade nos empurra para desejos superficiais e prazeres efêmeros, reforçando a alienação e a desconexão de nossa verdadeira essência.
A resistência consciente
Resistir a essa Matrix cultural não é apenas uma questão de rejeitar o estrangeirismo ou abraçar o passado de forma saudosista. Trata-se de um esforço consciente para redescobrir e revalorizar a própria identidade. É lembrar que nossa riqueza cultural, linguística e espiritual não é menor que a de outras nações, mas única e profundamente relevante. É preciso se libertar da ilusão da Matrix cultural que nos aliena de nossa essência e abraçar um paradigma consciencial onde cada escolha, cada palavra e cada gesto estão em alinhamento com nossa verdade mais profunda.
Conclusão
O que se precisa é uma espécie de “despertar da consciência cultural”, onde o brasileiro se reconheça como o protagonista de sua própria narrativa, sem a necessidade de importar paradigmas que o distanciam de sua própria raiz. Nossa linguagem, cultura e espiritualidade têm o poder de transformar, expandir e aprofundar a consciência, desde que saibamos utilizá-las com autenticidade e sabedoria.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.