Quando o ser se entope de conhecimentos, chega a um ponto que este passa a não servir mais.
É fato conhecido, mas é bom lembrar, que conhecimento não é sabedoria.
O conhecimento é da mente, a sabedoria é do coração.
O conhecimento sem coração é apenas emoção arrogante ou subcérebro abdominal.
Conhecimento com compaixão e humildade leva à prática e torna-se sabedoria.
Cada virtude é um pote e temos vários.
Cada defeito também é um pote e temos vários.
Nossos potes de defeitos estão todos mais ou menos cheios.
Os potes das virtudes estão mais ou menos vazios.
Quando o pote do conhecimento transborda não adianta mais tentar enchê-lo.
O ser tem que parar e trocar de pote, tentar investir numa nova virtude.
O saber não ocupa espaço, mas o conhecer ocupa e ainda atrapalha o coração.
Uma vez cheios os potes de todas as virtudes, estes crescem para poderem ser enchidos novamente.
Quando o ser se esbalda na caridade consolativa (tarefa da consolação), tem um momento que este pote virtuoso fica cheio.
Então ele deve procurar o pote do conhecimento para poder um dia praticar a caridade esclarecedora (tarefa do esclarecimento). A recíproca também é verdadeira.
São muitas as opções, mas o caminho é um só: a evolução infinita através da autoburilação íntima.
NOTA: não estou dizendo que não se deva estudar, temos que estudar muito sempre, mas é um alerta para quem se acha superior com a arrogância, ego do conhecimento. Saiba que sempre precisará trilhar o caminho do coração.
Aproveito para postar outros textos de terceiros idôneos que parecem endossar meu pensamento.
DO CORAÇÃO À CONSCIÊNCIA
Por Wagner Borges
Quando essa abertura do coração ao topo da cabeça se completa, um jorro de luz e amor contínuo inunda todo o ser, fazendo aparecer, então, no seu interior, uma extensa faixa de luz branca puríssima, cristalina, que, refletida na aura, faz aparecer miríades de cores beatíficas que imanam para todos os seres.
A largura e o brilho da sua psicosfera* denotam que uma mutação consciencial ocorreu no seu íntimo, levando-o do humano convencional para o humano espiritual.
Externamente as pessoas não notarão o seu brilho, pois ele sempre se portará de maneira normal e equilibrada com todos. Porém, pulsa no seu coração o “fogo da alma” que aquece, ilumina e estimula o brilho no coração dos outros, mesmo que eles não percebam isto conscientemente. Aliás, no que tange aos assuntos espirituais, a humanidade costuma ser bastante cega e cética. Mas para um ser que brilha do coração à cabeça, isso não importa. Para ele, importa jorrar luz e amor, não só para as pessoas no plano físico, mas também para aquelas no plano extrafísico que, porventura, não estejam bem após a morte física.
Seu brilho é tão intenso que transforma e ilumina seres em várias dimensões ao mesmo tempo.
Isso me faz lembrar de uma lenda que se conta a respeito da aura do Buda. Diz-se que sua aura costumava alcançar cinco quilômetros de extensão. Naturalmente que essa informação deve ser creditada ao exagero dos discípulos orientais. Todavia, é óbvio que seres avançados como Jesus, Krishna e Buda tinham uma emanação áurica bastante extensa e intensa, englobando, ao mesmo tempo, miríades de dimensões no raio de suas consciências expandidas.
A abertura espiritual do coração à cabeça nos remete a algumas considerações interessantes:
1. A função do chacra cardíaco é vitalizar o coração, canalizar e expandir as ondas de sentimento que emanam da própria alma.
2. O chacra cardíaco é considerado um chacra nobre, pois é a partir dele que começam as aspirações mais sutis da alma humana.
3. É considerado o “divisor de águas” na evolução do ser encarnado na Terra, pois é no peito que nasce a compaixão.
4. Analisando profundamente os chacras, verificamos que é do peito para baixo que se manifestam os processos mais instintivos do ser humano. Encontramos nos chacras inferiores (umbilical, esplênico, sacro e básico) as manifestações mais animais do ser humano. Logo, podemos considerar que do plexo solar para baixo está instalado o homem-animal. Do peito para cima está o homem-espiritual (ou, melhor dizendo, aquele que está tentando ser).
5. Baseado no tópico anterior, podemos dizer que o chacra cardíaco é o ponto de equilíbrio entre a natureza inferior e a natureza superior da alma humana. Ele é o conversor do instintivo em intuitivo; da emoção grossaem amor sublime.
6. A humanidade costuma confundir emoção com sentimento. Isso é um grande engano. A emoção está sediada nos chacras inferiores e nada tem a ver com o sentimento, radicado no chacra cardíaco. Emoção é: raiva, medo, posse, ciúme, ânsia de poder etc. Sentimento é: amor, amizade, compaixão etc. Amigo leitor, compare a emoção com o sentimento e veja se é a mesma coisa. E pergunte-se o que a humanidade (incluindo eu e você também) manifesta mais na existência terrestre: emoção ou sentimento?
7. Parece estranho falar de expansão da consciência a partir do coração. Porém, como expandir o chacra coronário, no alto da cabeça, se o peito estiver entupido de emoções grossas, oriundas dos chacras inferiores? Seria possível expandir a cabeça com o ódio enroscado no coração? Logo, como me ensinou meu amigo espiritual Rama: “Para expandir a alma pelas estrelas e dimensões espirituais, é necessário primeiro expandir o sentimento pela Terra”.
8. Disse o poeta Kabir:
“A jóia afundou na lama,
e todos querem encontrá-la.
Alguns procuram-na a oriente,
outros a ocidente;
buscam uns na água,
outros entre as pedras.
Porém, o servo Kabir avaliou-a
em seu justo valor,
e envolveu-a com cuidado
na bainha do manto de seu coração.”
9. Embora não pareça, a relação do chacra cardíaco com o chacra coronário é bastante estreita. Isso é demonstrado pelas radiações dos dois chacras. O chacra cardíaco tem doze raios (para os hindus, doze “pétalas espirituais”), emanando a partir do seu centro. Já o chacra coronário, ao qual é atribuído simbolicamente, no Oriente, mil raios, na verdade não tem isso tudo. Tem 960 raios que emanam a partir do núcleo do chacra, onde estão situados mais doze raios principais, perfazendo então 972 raios (960 + 12). Os antigos místicos hindus, por motivos esotéricos, arredondaram os raios para mil, e assim esse chacra ficou conhecido como o “lótus das mil pétalas”. Comparando os dois chacras, observamos que há uma relação profunda entre eles. Vejamos:
• cardíaco ( 12 raios)
• coronário (12 raios no centro)
Isso nos leva a dizer que os 12 raios no centro do coronário refletem os 12 raios do cardíaco e vice-versa. Em outras palavras, o coração vibra na cabeça e a cabeça vibra no coração. Fazendo-se uma analogia, o cardíaco é o microcosmos e o coronário é o macrocosmos.
10. A cor básica do chacra cardíaco é o dourado. Todavia, como o peito é uma área por onde transitam sensações variadas, em algumas ocasiões, ele temporariamente se apresenta com outras cores. Os estudiosos da cromoterapia, por exemplo, costumam dizer que a cor predominante nesse centro é o verde. Na verdade, a cor verde aparece devido ao azul que flui do chacra laríngeo (garganta), através dos nádis (canais de energia entre os chacras ) até o cardíaco. Da mistura do azul com o dourado nasce o verde no peito. Além do verde, aparece com muita freqüência nessa região, o rosa-carmesim, principalmente quando a pessoa está amando com profundidade. Em pessoas com fortes aspirações espirituais aparece o índigo nos momentos de meditação, prece ou inspiração espiritual. Porém, apesar dessas variações de cores, a cor matriz do chacra cardíaco é o dourado.
11. Há um trecho ótimo do livro de Mabel Collins (“Luz no Caminho”; Ed. Pensamento) que sintetiza muito bem as idéias aqui expostas e que pode servir de inspiração para concluirmos esses escritos do coração:
“Antes que os olhos possam ver, devem ser incapazes de lágrimas.
Antes que o ouvido possa ouvir, deve ter perdido a sensibilidade.
Antes que a voz possa falar na presença dos mestres, deve ter perdido a possibilidade de ferir.
Antes que a alma possa erguer-se na presença dos mestres, é preciso que seus pés tenham sido lavados no sangue do coração”.
– Wagner D. Borges –
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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