Eu fui longe…
Em meus devaneios místicos de sonhador sensível, me entreguei ao chamado sutil.
Abracei o mundo todo quando o observei de fora e de cima.
Viajei até a Lua e aproveitei e dei um beijo nas estrelas.
O infinito do céu sorria para mim.
Ele sorri para todos.
Respirei fundo naturalmente, quando eclodiu uma emoção rápida que veio de dentro.
Neste rompante espontâneo, me vi em prantos.
Estava assistindo a alma do mundo…
Em meus próprios sofrimentos senti a dor de toda a humanidade.
Numa fração ínfima de tempo, li todo seu passado.
Vi-me “desdobrado” no “espaço” de mim mesmo.
Não estou falando de corpos, de holossoma ou veículos de manifestação da consciência.
Muito menos de poesia, se bem que esta transcende em muito os intelectos tacanhos e frios.
Vi-me como Consciência e vi-me como homem – o ser encarnado em animal humano de sangue quente.
Senti o circunspecto e inefável divino neste ser “desdobrado”.
Senti o choro de meus irmãos em todo o orbe.
Senti o acalento e o apoio de uma minoria de irmãos sutis e compaixão aos irmãos densos, que é onde também me encontro.
Parece que meu coração se divorciou de mim.
Eu vivo na terra dos homens em meio ao fogo, água, ar, terra e pão,
Mas meu coração respira nas estrelas e pulsa no infinito onde o ser denso não alcança.
Não há mais lágrimas. Elas não prestam para nada!
Há um desconsolo, uma melancolia resignada.
Aterrisso de novo no coração-mente do corpo deste encarnado.
Suspiro, reflito e escrevo.
Um silêncio paira reflexivo.
Um vácuo invade minha alma.
Às vezes, temos o mapa do caminho, mas por que às vezes é tão difícil segui-lo?
Os erros são inevitáveis, os acertos, opções e o amor é compulsório.
As lágrimas se misturam às notas musicais, também às auras das plantas e ao sorriso das estrelas.
Na confusão de Maya e dentro da roda de Sansara eu me recordo e me acalento que Tudo é Um.
Solto um sorriso amarelo e desconsolado.
Paro de escrever, fecho meu caderno,
E vou varrer a casa onde moro.
Paz e Luz,
Dalton Campos Roque 19/09/2008
Notas:
Maya: ilusões, mundo na matéria, das paixões e emoções.
Sansara: roda das reencarnações. Quem não se livra de Maya permanece em Sansara.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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