Sou um médium falível cheio de conflitos no coração.
Não me iludo na dura viagem do autoconhecimento.
Meus instintos soberanos brigam com os brotos tímidos da virtude incipiente.
Meu amparo vai e volta, me observando.
Os amigos espirituais torcem por mim.
Às vezes, limpam minha aura cheia de maus pensamentos.
Às vezes me deixam à minha própria sorte para eu aprender a me virar sozinho.
Chega perto uma amparadora piedosa da egrégora da Mãe Divina, me abraça, me beija, me consola e me dá forças.
Outro dia, chega o mentor monge chinês severo, exigindo disciplina.
Às vezes me sinto bem e sereno, estou em acoplamento áurico com amparador em bom nível evolutivo, que por vontade própria expande a consciência de seu médium.
Sinto tudo, vejo tudo, entendo tudo e por fim escrevo tudo.
Eles segue o trabalho dele nos planos extrafísicos.
Minha consciência regride a seu estado original em meu natural nível de consciência baixo.
Estou eu de volta defronte aos meus instintos primitivos.
Sou mais um no meio da multidão e no trânsito caótico.
A diferença é que sei disso e percebo tudo.
Num momento me sinto no céu, dentro do coração de elevado mentor espiritual anônimo;
Noutro momento estou de volta ao conflito de mim mesmo.
Isto funciona como uma facada no peito para quem tem coragem de enfrentar a si mesmo.
Às vezes me pergunto: “Como estes amparadores bacanas visitam e aceitam um cara como eu?”.
Os que são e os que se acham virtuosos não precisam ou não aceitam ajuda.
Ambientes elevados e consciências evoluídas não precisam de amparo.
O amparo espiritual ostensivo se faz presente nos umbrais da vida e nos corações simples e predispostos a melhorar, a ajudar e a servir.
Todos temos chagas na alma.
Todos temos algo a aprender, a receber e a doar.
É o eterno “meio”, distante do “início” e do “fim” que não existem.
É o infinito “sempre” que jamais termina e é sempre assim.
É o caminhar eterno do tarefeiro existencial que teima em evoluir e não se entrega nunca.
É a coragem de recomeçar todos os dias diante da própria vergonha de seus tropeços.
É o escalar as rochas da evolução rumo ao infinito da consciência cósmica.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
E um lembrete: todo texto, crítica ou alerta que escreve serve, antes de tudo, para ele mesmo.
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