Era um domingo radiante, daqueles que fazem as pessoas agradecerem simplesmente por poderem respirar e testemunhar a beleza do céu azul. No bairro do Engenho Novo, algo extraordinário estava prestes a acontecer, algo que ressoaria como uma doce melodia nos corações e almas de todos os que tivessem a felicidade de presenciar.
Naquela manhã, a igreja evangélica, com sua torre imponente e sinos que chamavam fiéis para o culto, abriu suas portas de maneira incomum. Não era apenas um serviço regular; era uma celebração conjunta, uma estreia da Umbanda Gospel. Do outro lado da rua, os praticantes da Umbanda, com suas guias coloridas e fitas brilhantes, atravessaram a rua com tambores e atabaques, prontos para uma fusão histórica de fé e espiritualidade.
À medida que as duas congregações se aproximavam, algo mágico aconteceu. As desconfianças e as dúvidas foram substituídas por sorrisos e acenos. As mãos foram estendidas, e logo os cânticos gospel se entrelaçaram com os pontos cantados da Umbanda. Os evangélicos, conhecidos por sua devoção fervorosa, e os umbandistas, mestres da conexão espiritual com o ancestral, encontraram um terreno comum no amor e na devoção ao divino.
O pastor, um homem de meia idade com uma voz que parecia abraçar a alma, deu as boas-vindas a todos. Ao seu lado, uma mãe de santo, com a serenidade de quem conhece os mistérios do espírito, compartilhava palavras de sabedoria. “Hoje, não somos dois, mas um”, anunciou ela. “Unidos em nossa busca por paz, amor e compreensão.”
Conforme a celebração prosseguia, as diferenças teológicas davam lugar a uma experiência comum de adoração e respeito mútuo. Os tambores e guitarras criavam uma sinfonia de ritmos, e as vozes se elevavam numa oração conjunta, transcendendo os limites do que cada um havia conhecido como culto.
O sermão foi uma tapeçaria tecida com fios de diferentes crenças, destacando as histórias de perdão, caridade e fraternidade que são universais nas escrituras sagradas e nas tradições orais. A mensagem era clara: mais do que nos concentrarmos no que nos separa, deveríamos celebrar o que nos une.
Ao final do culto, não havia mais “eles” ou “nós”. Havia apenas uma comunidade, uma família espiritual expandida, rindo e compartilhando histórias. Foi servido um banquete com pratos de ambos os lados da tradição espiritual, cada um ensinando ao outro sobre os sabores e significados de suas respectivas culturas.
A Umbanda Gospel não era apenas uma novidade; era um sinal de uma nova era de entendimento e respeito mútuo. Naquele dia, Engenho Novo tornou-se um modelo de como a fé, em sua essência, é um chamado à unidade e ao amor universal.
E enquanto o sol se punha, tingindo o céu de laranja e rosa, todos sabiam que algo divinamente inspirador havia acontecido. Era o início de uma jornada maravilhosa juntos, um testemunho de que o amor e a fé têm o poder de transformar o mundo. Uma harmonia celestial havia sido alcançada, e as melodias do gospel e os ritmos da Umbanda agora dançavam juntos, sob o mesmo céu vasto e abençoado.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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