O insustentável preconceito humano não tem limites ou fronteiras. O que é dos outros é considerado “pior”, “atrasado” e “esdrúxulo”. Os índios são considerados incivilizados, terrícolas simples e o homem urbano, tecnológico e vaidoso se considera avançado e intelectualizado. O índio pinta o rosto, a mulher urbana também, o índio põe as argolas, o homem urbano põe os piercings, o índio pinta o corpo, o homem urbano imprime a tatuagem na pele, o índio fuma o cachimbo da paz – numa verdadeira reverência espiritual à paz – o homem “civilizado” fuma a maconha em lazer doentio (e consome outras drogas) que o vicia e alimenta o narcotráfico e a violência que os financia. Vejam as diferenças e semelhanças. Nas semelhanças (pelo menos neste ponto e exemplo específico) o índio é superior, nas diferenças ele também é superior. Mas o “civilizado” não se enxerga!
O ocidental critica o oriental que em muitos pontos é superior e noutros, inferior evolutivamente. E acredito que a recíproca seja verdadeira. Rejeitam tudo num pacote só, ou engolem tudo num outro pacote só praticando a ignorância do exclusivismo e do clubismo doutrinário.
Então a cultura “dos outros” é referida pejorativamente como “esdrúxula”, enquanto se teoriza e intelectualiza as doutrinas da reencarnação, das leis de ação e reação, e nada sentem no peito egoísta de seus corações fechados.
Esquecem-se que já reencarnaram lá e cá, já foram bandidos, assassinos, índios, prostitutas, negros, religiosos fanáticos, mendigos, viciados, homossexuais, ocidentais e orientais, entre muitos outros.
As prostitutas, os viciados, os terrícolas, os homossexuais, os orientais são e serão sempre considerados os esdrúxulos, “os outros” pelos antifraternos, que cultuam as purezas de suas doutrinas e sistemas algumas vezes por semana, e depois voltam para suas TVs de LED 42” e tulipas de vinho de seus lares aquecidos, protegidos com as cercas elétricas, alarmes e câmeras de TV.
São os clubes da vaidade, do orgulho e do egoísmo, são as estruturas de poder, são os gruposkarmas falidos do passado que dentro de novos corpos numa nova “vida boa”, nova oportunidade evolutiva, estão repetindo os mesmos impulsos e instintos do passado.
Muitos serão chamados, poucos os escolhidos, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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Texto maravilhoso. Concordo em gênero, número e grau. Acho que precisamos ter senso crítico sobre o que pensamos e falamos. Já me peguei em alguns momentos com angústia de que se eu tivesse nascido em um país oriental seria mais feliz por conta dessa diferença de valores. Mas aí eu me lembro que muitos países orientais ainda perpetuam ditaduras, sistemas de justiça perversos que promovem a violência e penas cruéis, machismo escancarado, entre outros paradoxos sociais que também vivemos aqui na sociedade ocidental. Os problemas apenas se revelam em maior ou menor grau a depender da evolução daquela sociedade, mas inexiste cultura ou povo perfeito. Todos temos o que aprender um com os outros.
Perfeito Lucas.
Paz e Luz,
Dalton