É comum observarmos erros de redundância, como “subir para cima”, e distorções conceituais em várias expressões utilizadas no campo espiritualista, especialmente quando são empregados termos da ciência física. O que mais surpreende é que muitos dos praticantes espiritualistas que cometem esses equívocos possuem formação em ciências exatas, como engenharia eletrônica, civil, elétrica, física, matemática, entre outras. Ainda assim, eles utilizam esses termos de maneira distorcida, como se fossem leigos nas disciplinas em que são, na verdade, especialistas. Se fossem leigos, como a maioria, esses erros seriam compreensíveis, mas não é o caso.
Esses equívocos são amplamente disseminados na internet e até em livros, o que contribui para a perpetuação de tais erros. A influência de filmes e livros que priorizam o marketing com fins comerciais e o modismo entre os populares que buscam valorizar e promover seus produtos e serviços resultam em uma distorção da linguagem. Isso acaba por desvalorizar o espiritualismo, fazendo-o parecer uma crença ingênua e fruto de ignorância, ao invés de uma ciência-filosofia respeitável e profunda.
Palavras-chave: erros conceituais, espiritualismo, ciências exatas, marketing, modismo, desvalorização.
Importância da precisão conceitual
A precisão no uso de definições e conceitos é fundamental nas ciências, pois assegura clareza e consistência nas investigações científicas. A ciência busca compreender e explicar fenômenos naturais, e para atingir esses objetivos, é essencial que os termos sejam rigorosamente definidos e aplicados de forma consistente.
- Clareza na Comunicação
A comunicação precisa entre pesquisadores é crucial na ciência, pois evita ambiguidades e mal-entendidos que podem comprometer o desenvolvimento do conhecimento. Quando os cientistas utilizam termos com significados bem definidos, garantem que as informações sejam transmitidas de maneira clara, permitindo que outros pesquisadores repliquem experimentos, validem teorias e desenvolvam novas ideias com base em um entendimento comum.
- Consistência no Raciocínio
A precisão conceitual assegura que as argumentações científicas sejam lógicas e coerentes. Conceitos mal definidos ou distorcidos podem levar a conclusões errôneas, comprometendo o corpo de conhecimento. A consistência no uso dos termos garante que as hipóteses sejam testadas adequadamente e que os resultados sejam interpretados corretamente.
- Validade Científica
Para que uma teoria ou experimento seja validado pela comunidade científica, os conceitos envolvidos precisam ser claros e bem definidos. A falta de precisão pode resultar em falhas metodológicas e interpretações incorretas, prejudicando o avanço do conhecimento.
Consequências da Imprecisão Conceitual
A distorção ou o uso inadequado de conceitos pode ter consequências graves, tanto para a ciência quanto para a sociedade. No âmbito científico, isso pode levar à perpetuação de erros e à perda de credibilidade. Na sociedade, a imprecisão conceitual pode gerar desinformação e contribuir para a formação de crenças errôneas.
A Importância da Precisão Linguística no Espiritualismo
A precisão linguística é essencial para que o espiritualismo alcance maior reconhecimento e respeito, tanto na comunidade científica quanto na sociedade em geral. O uso adequado da linguagem, com definições claras e conceitos bem fundamentados, pode ajudar a construir uma ponte entre o espiritualismo e a ciência, promovendo um diálogo mais produtivo.
- Credibilidade e Seriedade
A precisão na linguagem confere ao espiritualismo uma aura de seriedade e rigor, essenciais para que ele seja levado a sério por cientistas e céticos. Quando o espiritualismo utiliza termos vagos ou ambíguos, expõe-se a críticas por falta de rigor, o que pode ser interpretado como falta de fundamentação.
- Diálogo com a Ciência
O uso de uma linguagem precisa facilita o diálogo entre espiritualismo e ciência, promovendo uma comunicação mais eficaz. Isso não significa que o espiritualismo deva se submeter completamente aos critérios científicos, mas que deve buscar uma linguagem que permita uma troca mais construtiva.
- Diferenciação entre Conhecimento Espiritual e Pseudociência
A precisão linguística é crucial para demarcar claramente os limites entre práticas espirituais legítimas e aquelas que não têm fundamento sólido. Essa diferenciação é essencial para evitar que o espiritualismo seja confundido com pseudociência.
- Esclarecimento de Conceitos
Muitos conceitos no espiritualismo, como “energia” e “vibração”, têm significados diferentes no contexto espiritual e no contexto científico. A precisão linguística permite que esses conceitos sejam utilizados corretamente, evitando mal-entendidos e distorções.
- Respeito pela Diversidade de Crenças
O espiritualismo é uma área diversa, que inclui uma ampla gama de tradições e crenças. A precisão linguística é essencial para que as diferentes correntes dentro do espiritualismo se comuniquem de maneira clara e respeitosa, contribuindo para um diálogo inter-religioso mais frutífero.
Consequências da Falta de Precisão Linguística
A imprecisão linguística pode levar ao descrédito do espiritualismo, tanto dentro quanto fora da comunidade espiritual. A falta de clareza pode gerar confusão entre os próprios praticantes e dificultar a transmissão do conhecimento espiritual.
Reflexão
A precisão linguística no espiritualismo é crucial para que ele seja respeitado e compreendido, tanto pela ciência quanto pela sociedade. Ao adotar uma linguagem clara e bem fundamentada, o espiritualismo fortalece sua credibilidade e facilita o diálogo com outras áreas do conhecimento, promovendo uma compreensão mútua.
AS EXPRESSÕES ERRADAS AGORA ELUCIDADAS
- Falar a expressão “frequência vibracional”
Sim, “frequência vibracional” pode ser considerado uma redundância, especialmente dentro do contexto dos conceitos físicos tradicionais.
Na física, a frequência refere-se ao número de oscilações ou ciclos completos que uma onda, incluindo uma onda vibracional, realiza em um segundo, medida em hertz (Hz). Já a vibração refere-se ao movimento oscilatório que uma partícula ou um sistema realiza em torno de uma posição de equilíbrio.
Portanto, quando se fala em vibrações, elas naturalmente possuem uma frequência associada. Dizer “frequência vibracional” é, de certa forma, reiterar que se está falando da frequência associada a uma vibração, o que pode ser entendido como redundante. No entanto, essa redundância pode ser utilizada para fins de ênfase ou clareza em contextos específicos, especialmente em discussões que envolvem a combinação de conceitos físicos com terminologias metafísicas ou espirituais.
No campo espiritualista ou consciencial, o termo “frequência vibracional” é comumente utilizado para descrever o nível ou estado energético de um ser, ambiente ou fenômeno, indo além do estrito significado físico e abrangendo conotações de qualidade energética ou espiritual. Nesses contextos, o uso do termo pode ter uma função semântica importante, mesmo que, sob o ponto de vista estritamente científico, seja considerado redundante.
Palavras-chave: frequência, vibração, física, redundância, espiritualidade, energia, frequência vibracional.
- Falar a expressão “frequência energética”
O termo “frequência energética” é mais controverso do ponto de vista estritamente físico e técnico, mas é amplamente utilizado em contextos espiritualistas e metafísicos. Vamos entender o porquê.
Na Física:
Na física, frequência e energia são conceitos relacionados, mas distintos. A energia de uma onda eletromagnética, por exemplo, está relacionada à sua frequência pela equação E=h⋅f, onde:
- E é a energia,
- h é a constante de Planck,
- f é a frequência.
No entanto, o termo “frequência energética” não é convencionalmente usado em física para descrever uma propriedade específica, pois a energia de um sistema depende de diversos fatores, não apenas da frequência. Em termos físicos, uma descrição mais precisa seria falar em “energia associada a uma frequência específica”.
No Contexto Espiritualista ou Consciencial:
Em contextos espiritualistas, “frequência energética” é frequentemente usado para se referir ao nível de vibração ou ao estado energético de uma pessoa, lugar, ou objeto. Nesses contextos, a “frequência energética” pode se referir ao estado de harmonia, paz, ou elevação espiritual, algo que vai além da descrição técnica e física da energia.
Reflexão:
Falar “frequência energética” pode não estar correto do ponto de vista da física tradicional, pois mistura dois conceitos distintos de forma que não é convencional na terminologia científica. Entretanto, no campo espiritualista, consciencial e metafísico, o termo tem sido amplamente aceito e compreendido dentro desse contexto específico. Portanto, sua validade depende muito do contexto em que é utilizado.
Palavras-chave: frequência energética, física, espiritualidade, energia, contexto, metafísica.
- Confundir “egrégora” com “holopensene”
Embora já tenha abordado este tema em maior profundidade, aqui serei conciso. A egrégora é uma manifestação de seres elevados, transcendentais, e não se restringe aos seres humanos, encarnados ou desencarnados, que ainda estão presos à roda das reencarnações. Já o holopensene, por sua vez, é um conjunto de pensamentos, sentimentos e energias gerados por consciências humanas, sejam elas encarnadas ou desencarnadas, ainda dentro do ciclo de samsara.
É importante destacar que o holopensene pode apresentar uma qualidade positiva (sadio) ou negativa (patológico), refletindo o estado emocional e mental das consciências que o alimentam. A egrégora, entretanto, por sua própria natureza e etimologia—derivada de “egregoriem”, que significa “luz” – é sempre positiva, irradiando uma força benéfica e elevada. Portanto, enquanto o holopensene reflete a dualidade humana, a egrégora se manifesta exclusivamente através de uma vibração luminosa e elevada.
- Confundir “dimensões” e “multidimensões” com “densidades e “multidensidades”
Temos 10 / 11 dimensões físicas. Se você alega que recebeu um “ser da 11ª dimensão” (da 1 a 11) pode ter sido sua tia ou sua mãe bondosa que chegou perto para te oferecer um chá, mas não foi nenhum espírito de lugar nenhum. O plano físico é de Densidade Energética 1 – por definição empírica e organização de conceitos. O plano astral é de Densidade Energética 2, e o plano mental de Densidade Energética 3.
Assim, o correto é trocar os termos “dimensão” para “densidade” e multidimensional” para “multidensional”.
Podemos subdividir o plano astral em 3, 7 camadas ou quantas quisermos, então, para você que é bastante evoluído e recebe espíritos do 7° nível do plano astral, ao invés de cometer a gafe de dizer que recebeu um “ser da 7ª ou 9ª dimensão”, poderia alegar assim: “recebi um ser da M-2.7, ou seja, da multidensidade 2 do 7° nível, e vai ficar mais chique ainda. Se você alega que recebeu alguma entidade do plano mental, pode dizer: “recebi um ser da M-3.X. O “X” significa que você não sabe qual camada do plano mental veio a entidade, pode subdividi-la em quantas quiser também, desde que saída do que está fazendo. Fica mais técnico, mais coerente, mais dentro das ciências da física.
Recapitulando: Plano Físico = Multidensidade 1; Plano Astral = Multidensidade 2; Plano Mental = Multidensidade 3, etc. Ainda temos outras possibilidades de confusão plena ao misturarmos “multiversos” com “multidimensões” e outros termos, porém, se o básico não for entendido, nem o avançado o será.
IRONIA SINÁPTICA
Há uma piada que circula na web: “até hoje nunca precisei usar a equação de segundo grau”. O que muitos não percebem é que o estudo da lógica, incluindo matemática, é fundamental para compreender o espiritualismo universalista. Tal estudo desenvolve sinapses cerebrais que desenvolvem a capacidade de percepção lógica em camadas mais profundas. O desenvolvimento das capacidades lógicas e sinápticas é crucial para a compreensão profunda de questões espirituais.
Nota: Não sou físico nem matemático, mas sou detalhista e rigoroso quanto ao uso das palavras. Escrevi a obra Distorções Espiritualistas, disponível na web, e tenho quase 3000 textos abertos para quem quiser estudar mais.
Dalton Campos Roque – Eng. Civil.
Livro Distorções Espiritualistas: – https://clubedeautores.com.br/livro/distorcoes-espiritualistas
Espiritualidade sem religião, ética sem doutrina, reforma íntima sem evangelho, intelecto sem arrogância e bom humor sem puritanismo. Escritor efêmero, poeta eterno, livre pensador consciencial, escritor compulsivo, bem humorado constante, omniquestionador de paradigmas.
Escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium do plano físico, humorista incorrigível da consciência, que sente uma saudade incrível de seu planeta, e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Alega: Não quero ficar com os “evoluídos”.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
Ao comentar em qualquer post, você concorda com nossos termos, assume e aceita receber nossos comunicados de ofertas, promoções e mensagens automaticamente. Se não concordar, não comente, respeitamos a LGPD.