Por Dalton C. Roque – Consciencial.org
Existe uma praga silenciosa que ninguém quer admitir que pratica, mas que muita gente cultiva como quem rega um bonsai venenoso em casa: o etarismo, essa mania arcaica e sem sentido de desvalorizar pessoas só porque têm algumas primaveras (ou invernos) a mais. E convenhamos: quem desmerece o outro pela idade só pode estar na vanguarda do atraso. Em bom português: é otário mesmo.
Vamos direto ao ponto: o etarismo é um preconceito disfarçado de “preocupação”, “modernidade” ou “dinamismo”. Frases como “você ainda mexe com isso na sua idade?” ou “isso é coisa de gente jovem” são típicas de quem acha que sabedoria vem com Wi-Fi e não com experiência. E quem pensa assim… só pode estar sob influência forte do que chamo carinhosamente de otaritoxina – uma toxina mental que emburrece e ainda faz cara de esperto.
Pior ainda é quando o etarismo vem de dentro, o famoso autoetarismo: o sujeito começa a acreditar que não pode mais aprender, amar, começar um projeto novo ou virar TikToker porque tem “idade para isso”. Que idade, minha gente? A do RG? Da alma? Ou do receio de sair da zona de conforto?
Se fosse por idade, Sócrates, Confúcio, Chico Xavier, Iemanjá, Beethoven, Nelson Mandela e até o mestre Yoda teriam sido cancelados. E o mundo perderia uma quantidade absurda de sabedoria, compaixão e lucidez. É como trocar um vinho envelhecido por refrigerante de máquina: pode fazer espuma, mas não tem substância.
Então, da próxima vez que alguém subestimar uma pessoa por sua idade, responda com elegância e firmeza: “Etarismo é otarismo, meu caro!”. A idade, ao contrário do preconceito, vem com bônus: histórias, cicatrizes, aprendizados, amor vivido, erros pagos, e às vezes até desconto no cinema. Ser velho não é o fim, é o upgrade!
E para os que ainda acham que velhice é sinônimo de obsolescência: cuidado. O tempo vai te pegar também. E, com sorte, você vai estar rodeado de gente que acredita que sabedoria não expira.
Porque no fim das contas, a idade é só um número. O que define mesmo é a consciência. E consciência, como o vinho e o bom humor, só melhora com o tempo.
Tio Dalton – escritor efêmero, e poeta eterno.
@consciencial – Consciencial.org

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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