Leia a introdução a este relato no post anterior, bem aqui.
Usei este texto como abertura do livro VIAGEM ASTRAL – O GUIA DO ESTUDANTE.
Esta noite tive uma projeção muito lúcida. Tive um dia muito bom, calmo e fluente, embora o calor tenha me incomodado um pouco. E sabemos, um dia tranquilo e bom favorece uma noite boa, e em alguns casos projeções também boas.
Na verdade, tenho percepções muito boas regularmente e também e esses atributos são apenas ferramentas, que sem amor e coração não valem nada, sem espiritualidade consciente e lúcida valem pouco, e tal amor é o que procuro, dentro de mim e não fora, dentro de mim e não em grupos.
Já há algum tempo eu tenho lido e pesquisado muito sobre consciências evoluídas anônimas que só trabalham ostensivamente no plano extrafísico e me perguntado como pensam e agem diante de tanta insegurança humana, tanta arrogância, vaidade e orgulho das pessoas que estudam e “praticam” consciência, religiões e sistemas evolutivos.
Se até mesmo pessoas e grupos que estudam a consciência, a evolução espiritual, são tão arrogantes, frios, antiéticos, anticosmoéticos, como será que funciona o amparo espiritual e extrafísico desses grupos? Como será que estes super espíritos colaboram com esses grupos?
Tenho me perguntado isto todas as noites ao deitar após ver erros óbvios de gurus encarnados que conheci pessoalmente. Pela ótica administrativa e intelectual sempre podemos inventar justificativas para nossas autocorrupções pessoais e grupais, grosseiras e sutis, com sofisticado mecanismo de defesa do ego, tentando enganar sempre prioritariamente a nós mesmos – o ser humano é assim – imaturo, tolo, vaidoso, egoísta, egocêntrico e se sente muito importante.
É fácil observar que neste planeta há dois grandes grupos: a maioria – os mais doentes, e a minoria – os menos doentes, sob o ponto de vista da patologia consciencial generalizada, mas me questiono a diferença entre os dois grupos é bem menor que se esperaria – é decepcionante! Não somos nem tão maus assim e nem tão bons assim, sendo todos nós apenas farinha do mesmo saco planetário.
Veem-se espíritas altamente ortodoxos e cínicos alegando “purismo doutrinário”, outros escrevendo livros negativos e destrutivos contra Ramatís, apenas para alimentar perseguição e obsessão, grupos fazendo boicotes extremamente infantis a certos autores e médiuns, num moralismo infeliz, atrasado e sub-reptício.
Veem-se líderes religiosos famosos sendo pegos roubando em lojas por câmeras de segurança que saem na TV. Vê-se guerra de parapsiquismo – para ver quem é mais “poderoso”, mais parapsíquico, um com inveja do outro, disputando seguidores, fazendo prosélitos técnicos, sofisticados, fazendo fofoca destrutiva, chamando uma ao outro de psicopata em blogs e publicamente.
Veem-se participantes de grupos de discussão na internet terem seus psiquismos devassados publicamente, serem analisados em aberto na lista que participam, por cometerem alguma gafe de etiqueta ou mesmo uma falha de comportamento por terapeutas profissionais que fazem parte da lista, e que deveriam zelar pela ética primeiro de si mesmo e sua profissão e depois pela “egrégora” da lista.
Muitos destes casos citados acima resultaram em suicídio, depressão e frustrações diversas Brasil afora. Muitas programações existenciais (ou dharmas) foram destruídas por grupos e pessoas “fraternas” em nome de Jesus, de Krishna, do Serenão, de Kardec, de Jung, de Freud, e pasme, até em nome de Ramatís…
O caminho do amor e da evolução é mesmo íntimo, solitário, com heroísmo silencioso. Tenho refletido sobre isto noite e dia por bastante tempo e tenho conseguido boas projeções lúcidas com pequenas respostas e insights, é o que relato no texto a seguir, cujo link está ao final deste aqui.
Eu não sou marinheiro de primeira viagem em projeções conscientes, tenho facilidade natural e também as mesmas instabilidades humanas que todos temos, as variações psíquicas, emocionais, problemas de dinheiro, de relacionamento, de trabalho, etc., portanto, desejo mesmo criar uma real impressão ao leitor de minha humanidade também tão vulnerável e comum como a de qualquer um.
RELATO DE PROJEÇÃO ASTRAL CONSCIENTE NA COLÔNIA DE CRISTAL
Acordo bem lúcido acima de meu corpo. O quarto estava claro, muito claro apesar da noite e nenhum abajur visível. A luz emanava de minha aura, mas havia algo mais. De princípio era estranho àquela conjugação de luzes que parecia sair apenas de mim, mas não somente.
Era como se houvesse uma luz dentro da luz, ou de algum jeito uma turbina serena de luz dentro de mim, mas não originariamente minha. Nunca soube de algo assim, nunca vivenciei antes alguma experiência dessas. Será que era um drone extrafísico teleguiado dentro de mim? Será que era um amparador? Será que era um parachip (dispositivo eletrônico astral dentro de mim) para controle remoro da projeção pelo amparador.
Bem, não vi amparador a princípio, mas sentia uma segurança inabalável, uma paz e serenidade impressionantes, simplesmente rara. Eu praticamente acordei lúcido acima do corpo, foi quase uma projeção de consciência contínua. Parece que eu já estava sendo preparado para esta experiência desde que saí da cama de manhã cedo para trabalhar, foi um dia muito gostoso, tranquilo. Creio que estava mesmo é sendo preparado há meses!
As energias fluíam, espargiam, iam e vinham, eram miríades de jatos claros, muito claros, embora com tons coloridos em várias direções, todas as partir do centro de meu peito. Estas luzes, jatos eram muito intensas, mas não causavam desconforto visual nos paraolhos (olhos do corpo astral).
Subi bastante volitando e embora sentisse o amparo, não o via, e bastante seguro observei toda a cidade e seu brilho noturno. Extrafisicamente tínhamos lua cheia e cidade clara, aquela sensação gostosa de noite limpa de verão.
Voei um pouco em elevada altitude, dei uns mergulhos e de repente estava numa das grandes cataratas do sul do Brasil. Percebi uma Colônia Extrafísica evoluída na vertical da mesma. Era uma Colônia de Cristal ligada diretamente ao manancial de energias das cataratas. Sempre questionei a questão dos mananciais verdes e de cataratas pontuais distribuídas pelo mundo, para mim, não há manancial energético maior que o mar – outra questão que me foi respondida depois sem maiores detalhes.
Captei bastantes energias, fui intensamente permeado por elas. Outra coisa que vi foram “amparadores cristal[1]” fazendo enorme assistência espiritual ali mesmo nas cataratas em planos e subplanos uns dentro dos outros simultaneamente.
São como várias multidensidades umas dentro das outras – um espaço de assistência extrafísica espiritual como hospital que consegue tratar num mesmo “espaço” vários níveis de espíritos sofredores diferentes. Apesar de muito sofisticado, o sistema de amparo continha muito amor, muita serenidade, muito coração. Algo emocionante, embora meu equilíbrio estivesse especialmente estável aquela noite.
Prossegui guiado para certo grupo, onde se pesquisa o espiritualismo e a consciência. Meu chacra frontal se expandiu, minhas percepções e parapercepções estavam aguçadas. Quem eu vejo a certa distância: o líder do grupo, o epicentro, fazendo anotações, mas não vi amparadores próximos, talvez porque não houvesse necessidade, ele estava dentro do campo energético bem formado e bem protegido. Sim, aquele grupo está num campo bem forte e bem protegido, não dá para negar.
O mais engraçado é que havia uma multidão de sonâmbulos projetados seguindo o líder, eram seus discípulos, seus seguidores, seus admiradores, projetores de várias cidades do Brasil, todos sonâmbulos, em grupo, projetados, andando a meia distância, eles estavam a uns 20 metros ou mais do líder. Não chegavam perto de medo, mas onde o mestre ia dentro do perímetro extrafísico do local do grupo, eles iam atrás. O líder volitava baixo e a turma toda caminhava como fazem fisicamente. Seguidores sonâmbulos – muito engraçado. E se acham tão lúcidos quando estão acordados cheios de orgulho intelectual.
Surgiu em minha mente uma admoestação respeitosa: “não julgue para não se tornar semelhante, todos passamos por vários patamares evolutivos”.
E dali, segui em frente, me vi num plano médio, nem evoluído e nem muito denso. Percebi sombras, correria e vultos sempre a meia distância. Talvez esta sensação de “meia distância” de tudo que observei fosse apenas um sistema de proteção para me manter equilibrado sem me envolver e ser afetado por nada, realmente estava muito lúcido.
De repente me mantendo ainda neste mesmo plano médio percebi os vultos se afastando e tudo foi limpando e clareando.
Uma energia inigualável e morna foi tomando conta e me invadindo e ao ambiente em derredor também. A luz foi ficando mais intensa, um conforto de segurança e paz que nunca senti na vida foi me permeando, algo raro e especial. O mais incrível foi me manter estável emocional e psiquicamente por toda a experiência, tenho certeza que fui ajudado, sempre com a impressão que a ajuda vinha de “dentro para fora”, como se o amparador fosse uma miniatura que estava dentro do meu peito, emanando luz e segurança para toda minha aura em derredor, algo fantástico para minha vivência pessoal e para guardar a vida inteira.
Sempre com aquela sensação de “meia distância” vem se aproximando um intenso foco de luz dourada, percebo uma silhueta de mulher. Com muita luz saindo do peito e da cabeça, não deu para perceber traço fisionômico, digo, parafisionômico nenhum. Vi a silhueta envolta em muita luz. Era mais luz do que tudo. Muitos pensamentos rápidos vinham à mente, muitos questionamentos, dúvidas, mas a serenidade implantada em minha mente me mantia bem.
Senti uma sensação inexplicável de expansão de consciência parcial, quando aquela mulher (amparadora) parou a meia distância e emanou ternura serena para mim. Sem ver seu rosto, percebi um sorriso que me transmitiu aquele sentimento de mãe, de ternura, de irmã mais velha querida, de algo muito acolhedor…
Era realmente um espírito muito evoluído (que não tenho condições de classificar, apenas de especular) que me transmitia paz e uma sensação de onisciência, pois o acoplamento que ela fez comigo, me elucidou automaticamente seu grau de consciência elevado, me induziu a uma expansão de consciência, com aquele sentimento de “sei tudo”, “posso tudo”, sem qualquer traço de orgulho, vaidade, egoísmo ou arrogância. Não dá para explicar tal sensação inefável, esqueça!
Expliquei e escrevi bastante até aqui para nada, a sensação inefável para descrever e perceber meu nível evolutivo, baixo nível evolutivo, me traz sentimentos paradoxais que acho que vou levar um ano para processar, deixa para lá.
Mas a tal senhora, amparadora, com a sensação segura que me conhecia profundamente bem, me transmitiu por pensamentos (sem qualquer articulação verbal / paraverbal) as seguintes breves mensagens:
- As experiências pessoais são e serão sempre diferentes no caminho da evolução, tentar entender e valorizar a multiversidade de experiências alheias auxilia na evolução pessoal;
- Uma busca muito intensa pela evolução não garante sucesso, pode atrapalhar, o segredo está na medida particular de cada um;
- Para cada alma, um caminho, um leque opcional de sucessos e fracassos, cada um é responsável por si, nenhum modelo ou sistema prevalece sobre isto;
- A culpa e o medo estão arraigados ao cérebro biológico e nas memórias multimilenares da evolução humana. Ao mesmo tempo que foram necessárias a evolução biológica, atualmente são prejudiciais à evolução consciencial. Lentamente devem ser superados – entendidos e não reprimidos.
- Em qualquer nível, sistema, modelo ou dimensão, a fraternidade sempre existirá e deve ser buscada com serenidade.
- A forma mais rápida de evoluir é sempre a mais simples: largar os fardos dos egos humanos para trás.
- O desenvolvimento de todos os atributos e percepções deve levar o ser a discernir para aprender a amar.
- Os carmas difíceis não são uma maldição, são paradoxalmente inexoráveis, ou seja, são impossíveis de serem enganados, mas ao doarmos a tais carmas duros o aprendizado que solicitam, também irão embora inexoravelmente.
- Se fosse possível, todos os amigos espirituais do orbe injetariam autoestima a todos os seus amparados. Este é um dos pontos fracos, chave evolutiva para todo o planeta.
- O mal e o bem, a dor e prazer são apenas caminhos, estímulos transitórios e efêmeros para o infinito da consciência.
- Paciência sem atitude é inércia, pressa sem coração é ignorância – vale para todos e não há exceções.
- Toda ênfase é emocional, todo fragmento de empuxo evolutivo é sereno.
- Para uns a síntese, para outros os detalhes.
- Que a paz seja “o que eu faço” e não “o que procuro”, que as orações sejam “o que faço” e não “o que oro”.
- Que a busca pelas sofisticações não seja a fuga do essencial.
- Os mananciais são como chacras da Terra, são utilizados de todas as formas, tanto pelo aspecto puramente energético, quanto psicologicamente pela beleza que atrai. As questões pontuais de tais mananciais geram características específicas aproveitadas física e extrafisicamente para todo tipo de assistência possível afim aos atributos de tal manancial.
Ao fim desta, mais um sorriso gentil de despedida e me vi de novo no alto das águas furiosas que se entregam a gravidade do planeta, mas agora perdi a lucidez e me sentia sendo tratado, não como um paciente sofredor, mas algo como sendo feito um investimento em mim.
Uma enorme amizade e confiança que me recordou aquele sentimento de meninos de sete anos, quando possui um amiguinho, que ama e confia muito, que te defende, e conta com você para se divertir e fazer as artes e travessuras juntos. Neste ponto perdi a lucidez e senti uma espécie de embriaguez suave, morna e gostosa, mas depois voltei ao ponto de lucidez que tinha antes.
Mais umas volitadas, alguns mergulhos e um grande pulo de volta a meu corpo. Acordei na hora sem sentir quase nada daquela embriaguez de sono, todo eufórico e fui escrever no meu diário de cabeceira tal experiência.
Todas as mensagens passadas foram de alto nível, sentimento elevado, sem qualquer carga de ego humano, para resumir a explicação. Ao mesmo tempo em que as mensagens são gerais servem a mim também, óbvio!
O que me ficou claro é que todas as mensagens foram sínteses. A síntese é como uma breve sinopse de um filme, só que se refere a uma ideia que pode ser largamente trabalhada e interpretada de diversas formas, cabe ao discernimento do interpretador.
Embora, passadas com carinho e paciência, me ficou claro a questão do pouco tempo disponível e da despedida rápida na sequência. Como disse, algo que vou precisar de um ano para processar.
Dalton Campos Roque
[1] Forma de falar, eram amparadores translúcidos.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Gostaria de conhecer seus livros. Seu relato da projeção astral me impressionou muito.
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Dalton