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MORAL, MORALISMO, JULGAMENTO, ÉTICA E COSMOÉTICA

Moralismo, julgamento e cosmoética

Julgar ou não julgar, eis a questão. Sabemos que a condenação é apenas a consequência do julgamento. Um julgamento pode ou não conter moral (moralismo), mas sempre contém uma questão ética. O que é ética ou não e o que é mais ou menos ético possui várias faixas e escalas de progressão relativa, mas sempre sociais e intrafísicas.

O criminoso errou, foi capturado e, portanto, será julgado. Há por trás uma questão ética com bases nos costumes sociais do local. Mas talvez seu “crime” não seja crime em outro local, onde a ética é vivenciada de forma diferente. Porém há conceitos éticos universais (sistema planetário), p. ex., matar não é ético, portanto, em quase todas as sociedades intrafísicas matar será antiético (exceção para legítima defesa).

Mas tal escala da ética é relativa e a lei pode prever ou não, p. ex., há países que não punem criminalmente o cheque sem fundo e há outros onde este procedimento é crime. É a ética pela relatividade legal.

Nas faixas éticas não consideradas crime acontece à mesma coisa. Alguns procedimentos em certos grupos e locais serão éticos e em outros não o serão. P. ex., o vendedor que trabalha na empresa, mas aproveita os clientes para fazer venda pessoal de produtos concorrentes. O médico que mente para o cliente desenganado para lhe dar esperança. O médico frio que diz a verdade ao paciente sem se importar com seus sentimentos. Estamos deixando a análise conclusiva dos exemplos citados por conta do leitor. Não afirmamos e nem negamos nada.

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A diferença entre moral e ética

A diferença é sutil, relativa e conceitual e muitas vezes são utilizadas como sinônimos. Até a expressão “moralista” ganhou um sentido próprio a partir dos pregadores da moral com várias nuances como: severidade, ingenuidade, hipocrisia, controlador, etc. A expressão “moral” estará sempre correta, pois sempre se contextualiza sem nuances na região em que se a profere, mas o moralismo excede o contexto sujeito a interpretação, mesmo que quem o interprete sejam os grupos contextualizados.

E qual a diferença de análise e julgamento? Religiosos e espiritualistas adoram “julgar” os outros criticando-os de julgadores sem analisar os fatos a frio. O julgamento fora dos tribunais da ética (entre estes espiritualistas) ganha teor de moralismo. A análise verdadeira em qualquer âmbito seja no científico materialista ou científico consciencial sempre carrega o mesmo teor: análise fria e isenta dos fatos. Mas se tudo depende de uma referência (local, regional, cultural, tradicional, etc) como fica esta análise? A moral e a ética vêm dos costumes e leis e de onde vem à análise?

A análise é mais mental, mais limpa, mais pura, mais sutil, mais do corpo mental. O julgamento e o moralismo são mais emotivos, emocionais, apaixonados, doutrinários, mais do subcérebro abdominal e denso do psicossoma (corpo astral) e do soma (corpo físico) e seus chacras inferiores.

Mas continua a dúvida: quais as referências para exercer uma “análise”? A análise do ponto de vista material é utilizada pela ciência convencional, que sabemos, é relativa, diz uma coisa hoje e se desdiz amanhã. Num âmbito de análise, quem está certo é Isaac Newton, noutro é Einstein (acreditamos que não seja preciso explicar por quê). Mas nas ciências espirituais do emergente Paradigma Consciencial, qual a melhor referência para uma análise?

A resposta é: a cosmoética ou ética dos espíritos superiores ou moral cósmica!

É com ela que vamos transcender a moral, a ética, a bioética, o julgamento dogmático e apaixonado dos grupos e religiões, as opiniões dos puristas, moralistas e doutrinadores ortodoxos. Assim vamos entender e discernir o que é “julgamento” da análise multidensional (multidimensional) dos parâmetros relativos da cosmoética.

É por uma visão da cosmoética que as consciências mais evoluídas analisam os fatos – sem julgar – e sabem que, p. ex., a eutanásia não é algo bom, nem o aborto, nem a pílula do dia seguinte, nem a pena de morte, etc.

É pela referência da cosmoética que sabe-se que não há problema em destruir embriões, em fazer transplantes, em ser cremado, em doar órgãos, etc.

Então posso avaliar os talentos das pessoas (que não tem nada a ver com virtudes) e posso analisar as virtudes e defeitos das pessoas, sua história e carreira, sua contribuição consciencial (e não apenas social) e seu exemplo para o mundo.

Muitos “incompetentes” sociais são verdadeiros gigantes conscienciais. Muitos “competentes” sociais são plenos de fracassos conscienciais.

Depende muito do nível de percepção consciencial de quem analisa, de suas acuidades psíquicas, parapsíquicas e espirituais e até de seu autoconhecimento. Quem tem autoconhecimento analisa melhor. Os amparadores sabem que a verdadeira vitória é de foro íntimo, é sobre si mesmo, o resto é consequência.

Então a cosmoética, que é uma referência superior e mais elevada sobrepaira os costumes e valores patológicos sociais e é desconhecida das massas. É ela que deve ser levada em consideração na ANÁLISE DOS FATOS para computar o saldo kármico de cada um.


No entanto, qualquer conceito, seja básico ou sofisticado, sempre pode ser deturpado pelo intelecto a fim de manipular pessoas e grupos. Sendo assim, elaboramos uma situação teórica e genérica descrita em forma de verso denominada Cosmoética do Hipócrita.

Leia a Cosmoética do Hipócrita aqui

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