A lógica de um, não é a lógica do outro, argumenta o leigo. Mas se assim for, então a definição e o sentido da “lógica” se dissipam como névoa ao vento, quebrados e destruídos. Contudo, a lógica, como descrita pelo venerável Aurélio, apresenta-se em diversas formas, cada uma carregando um fragmento da verdade universal.
1. Conjunto de estudos que visam a determinados processos intelectuais que são condição geral do conhecimento verdadeiro.
2. Conjunto de estudos tendentes a expressar em linguagem matemática as estruturas e operações do pensamento, deduzindo-as de um número reduzido de axiomas, com a intenção de criar uma linguagem rigorosa, adequada ao pensamento científico tal como o concebe a tradição empírico-positivista.
3. Conjunto de estudos, originados no hegelianismo, que tem por fim determinar categorias racionais válidas para a apresentação da realidade concebida como uma totalidade em permanente transformação.
4. Coerência de raciocínio de ideias. E assim por diante.
Mesmo vivendo numa dimensão densa e tão relativa, a lógica é a lógica, per si intuitiva, com nuances claras e abertas em sua base, e sempre com nuances sutis aos mais perspicazes. Se não possuir nuances claras, e apenas sutis, passa a fazer parte de uma outra camada da realidade, visível apenas para os mais sagazes, como expomos anteriormente.
A lógica humana, em sua essência, é uma dança de camadas, cada uma revelando um aspecto diferente da realidade. A lógica de um pode ser apenas uma percepção superficial, enquanto a lógica de outro penetra nas profundezas do entendimento. Quanto mais profundamente minha consciência consegue observar essas “camadas lógicas” nos eventos conscienciais, mais visão de conjunto eu possuo.
Todos possuem lógica em algum nível. Saber que 1 + 1 = 2 é uma verdade simples. No entanto, perceber as nuances mais profundas de um processo bioenergético, parapsíquico ou consciencial revela parapercepções mais sofisticadas de uma consciência. A lógica não é apenas uma face do “tetraedro” de contexto; é a observação de todas as faces em conjunto. Uma face pode ser paradoxal a outras, e a única solução é aprofundar em mais uma camada de observação, até que o entendimento eclode.
Às vezes, a lógica só consegue se expressar através de um olhar, exige tempo para a elaboração intelectual e depois mais tempo para ser articulada nos moldes da comunicação humana. Por isso, é tão difícil entender “a lógica do outro”. E mais difícil ainda é para aqueles que observam os planos rasos do processo compreender a visão daqueles que já vislumbram camadas mais profundas.
Longe de querer ser dono da verdade relativa, dono da razão absoluta ou o dono da “lógica”, eu aqui e agora apenas expresso a minha lógica com as razões que conheço, no livre-arbítrio de minha democrática e universalista manifestação de livre pensador. Que esta reflexão desperte em ti a curiosidade e a coragem para mergulhar nas profundezas da tua própria lógica e descobrir os mistérios que ela revela.
Dalton Campos Roque – escritor efêmero, poeta eterno, livre pensador consciencial, escritor compulsivo, bem humorado constante, omniquestionador de paradigmas.
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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