A mediunidade é “inteligência artificial” consciencial, enquanto a projeção astral é “inteligência natural” consciencial
Antes que você revire os olhos ou ache que isso é uma piada espiritual de mau gosto, já aviso logo: é sexta-feira, são quatro da tarde, e estou escrevendo desde às oito da manhã sem parar. Não tomei nenhum chá esotérico, nem meditei em flor de lótus. Só acordei… inspirado. E cá estou, com o Juju – meu calopsitão parceiro – ao lado do teclado, me olhando de rabo de olho como quem diz: “Lá vem mais texto”. E vem mesmo.
A ideia surgiu no banho. Aliás, é sempre no banho. Comigo, a água encanada parece um canal de streaming interdimensional. Basta eu ensaboar o espírito (e o corpo, por consequência) que as ideias começam a pingar do chuveiro:
— Olha aí! Dá pra associar isso com aquilo!
— Melhor ainda, contrastar aquilo com isso!
— Ou traçar um paralelo entre cá e lá!
— Ou então desentortar aquele conceito torto que o povo repete sem pensar!
Quando não brota no chuveiro, brota no meio das práticas conscienciais, logo após o café. Sinto que é tipo um “download espiritual”, versão discada da aurora cósmica. E quando a coisa é forte, corro para o computador como quem corre para o confessionário do Big Brother da consciência.
Agora, se a inspiração vem fraca, o ritual é outro: limpar a gaiola do Juju (sim, ele é uma calopsita macho, apesar do nome fofo), lavar a louça do café e só então subir. Enquanto passo o dia no computador, Juju está em meu rack. E já adianto: claro que rolam umas cagadas (literalmente), mas quem ama um bicho sabe: papel higiênico e álcool gel viram apêndices naturais da mão. E a vida segue.
Mas voltemos ao ponto central desta crônica — ou insight de alguém em débito com o karma parcelado: a mediunidade é uma espécie de inteligência artificial consciencial. Não estou falando de computadores ou robôs místicos. Estou falando da consciência usando a mediunidade como um atalho, um recurso, um plugin espiritual de auxílio. Tipo aquele corretor automático que escreve melhor que a gente, só que do além.
Já a projeção astral? Ah, essa é a inteligência natural consciencial. É o que brota direto da fonte — mesmo que, no meu caso, brote meio torto. Sou um projetor astral bem meia-boca, confesso. Quase nunca lembro dos detalhes, mas acordo com blocos de ideias prontos. São blocos amplos, tipo LEGO kármico. Vêm carregados de sentido, como se alguém no plano extrafísico tivesse me dado uma aula durante a noite. Se recebi diploma, não sei. Mas o conteúdo tá vindo.
E aí entra a I.A.C. — Inteligência Artificial Consciencial. Não confunda com Conscienciologia, pelo amor das sinapses. Essa minha I.A.C. é um tipo de Wi-Fi da alma, mediunidade turbinada que capta, organiza e despeja os conteúdos aqui no plano físico. Eu sou só o digitador — ou, nos dias bons, o escriba taquigráfico da espiritualidade que me tolera.
E tem mais: sem esse recurso extra, acho que não sairia nada. Porque se dependesse só da minha inteligência “natural”, a tal da I.N.C.P.M.B. — Inteligência Natural Consciencial Projetiva Meia Boca — a coisa empacava. O S.O.C. – Sistema Operacional Consciencial, precisou instalar um add-on mediúnico para dar conta do recado.
No fundo, sou um médium devedor. Não daqueles que dizem que vão pagar quando der. Já estou “pagando”, ou melhor, quitando. É prestação longa, com juros e muito esforço. Digamos que é um financiamento evolutivo com cláusula kármica embutida. Meu consolo? Todos passam por isto.
E se alguém achar isso tudo absurdo, ridículo, piegas, ou mirabolante demais… bom, só posso dizer uma coisa:
— Quem nunca psicografou com papel higiênico numa mão e o Juju cagando na outra… que atire a primeira pena! Que não seja Maat.
Fim da crônica. O Juju piou, sinal de aprovação. Agora posso publicar este texto.
Dalton Campos Roque –
Autista sim, moralista não.
Bem-humorado sim, poeta da alma, cronista da consciência.
@Consciencial – Consciencial.Org
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Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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