Música, podcasts e o caos criativo da modernidade: uma ode à sensatez (com um toque de ironia)
Ah, os velhos tempos em que ouvíamos -música-. Sim, música de verdade, aquela que abraçava a alma, sincronizava corações e fazia o universo vibrar em uníssono. Hoje? Bem, temos músicas e… podcasts. E, convenhamos, uma coisa não tem nada a ver com a outra. Parece óbvio? Não para todos, acredite. Mas eu sou paciente, então vamos lá.
–A música é a poesia da alma; o podcast, uma prosa extensa e às vezes mal editada.– E tudo bem! Cada um tem seu espaço, desde que não me venham chamar de música o que é apenas conversa jogada ao vento com um fundo rítmico suspeito. Sim, estou olhando para você, mistura genérica de funk, rap e o que mais conseguirem colar em cima de um beat eletrônico preguiçoso. Não se ofenda – ou ofenda-se, se preferir. Afinal, vivemos na -Era do Dodói Machucado-, onde qualquer opinião ligeiramente estruturada provoca um frenesi de vitimismo.
Mas sejamos honestos: há uma diferença fundamental entre música e o que tem sido chamado de música ultimamente. Quando um cantor canta, sua voz dança com as notas, a melodia e a harmonia. Mesmo sofrência e axé têm sua autenticidade nesse sentido. Agora, podcasts com trilha sonora são outra coisa – geralmente uma conversa bem-intencionada (ou não) temperada com ritmos genéricos. Não é música; é, no máximo, um áudio com intenções confusas.
E quem somos nós, espiritualistas, para ignorar os impactos energéticos disso? Cada som, cada palavra carrega um campo bioenergético. Letras que evocam violência ou niilismo não apenas reverberam na mente – elas alteram os campos energéticos ao redor. Já imaginou o estrago de misturar esse conteúdo com um ritmo mal elaborado? Pois bem, aqui está a ironia cósmica: o que chamam de “música” muitas vezes é uma verdadeira poluição vibracional. Como diria meu amigo Renato Perillo, “precisamos de pessoas com mais qualidade” – e, eu acrescento, de músicas com mais qualidade também.
Mas voltemos ao essencial. Se você nasceu antes da década de 70, sabe do que estou falando: viveu a Era do Iluminismo da Música. Rock Progressivo, Jazz, MPB… épocas em que cada acorde era uma jornada, cada letra, um convite à transcendência. Não à toa, dediquei um livro inteiro para explorar isso – -Rock e Espiritualidade-. O rock, foi injustamente rotulado como algo negativo, uma herança daquela velha máxima ignorante: “Sexo, drogas e rock and roll”. Sim, desconstruí isso em meu texto – Coisas de Deus – (leia e ria comigo: https://consciencial.org/cronicas-do-dalton/sexo-drogas-e-rock-and-roll-coisas-de-deus/ ).
E por falar em desconstrução, permitam-me um parêntese: admiro Gabriel, o Pensador. Suas letras são boas, às vezes até ótimas. Mas sejamos francos, ele deveria se chamar Gabriel, o Falador. Poesia? Sim. Podcast? Definitivamente. Música? Nem tanto. Sem desrespeito, claro – quem dera todos os podcasts tivessem a sua qualidade lírica. Mas música exige uma harmonia que vai além das palavras bem escolhidas.
Chegamos, então, ao cerne da questão: –nem tudo precisa ser novo; muito menos descartável.– A criatividade desenfreada da modernidade muitas vezes resulta em um caos consumista, uma avalanche de mediocridade que chamamos de inovação. Mas nem tudo que é novo é bom. Nem tudo que brilha é ouro. E nem tudo que fala com fundo musical é música.
Finalizo, então, com uma prece e um convite. Uma prece para que possamos discernir o que realmente nutre a alma do que apenas nos distrai. E um convite: celebre a música – a verdadeira música – em toda a sua glória transcendental. Quanto aos podcasts? Ouça-os, aprecie-os, mas não os confunda com o sagrado que é a arte musical.
Porque, meus amigos, –música não é podcast. E nunca será.–

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes, sendo 5 sobre informática, uma sobre autopublicação, humor, música, o resto sobre sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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Sou Dalton Campos Roque, um autor singular no cenário contemporâneo da literatura espiritualista brasileira. Com uma produção prolífica e refinada, reúno mais de três dezenas de obras publicadas de maneira completamente independente, sem recorrer a editoras comerciais, demonstrando domínio integral sobre todos os processos editoriais: da escrita à diagramação, da capa à ficha catalográfica, do ISBN ao marketing. Cada título que crio carrega a marca da minha autenticidade, dedicação e compromisso com a elevação consciencial do leitor.
Sou engenheiro de formação e escritor por vocação, e transito com maestria entre o rigor técnico e a liberdade poética da alma. Meu estilo é direto, sem rodeios, porém profundo, articulando com clareza conceitos complexos de espiritualidade, filosofia, física teórica e consciência, sempre com viés universalista e linguagem acessível, sem ceder à superficialidade ou ao sensacionalismo.
Dotado de sólida bagagem espiritualista e parapsíquica, vivenciei intensamente os bastidores da mediunidade, da apometria, da bioenergia, da projeção da consciência e da cosmoética, tornando-me uma referência singular no que denomino paradigma consciencial. Meus textos, ainda que muitas vezes escritos em tom de crônica, conto ou sátira, jamais se afastam de uma ética elevada, de uma busca sincera pela verdade e de uma missão clara: esclarecer, despertar e provocar a reflexão interior.