despertar

QUEM OLHA PARA FORA, SONHA.  QUEM OLHA PARA DENTRO, DESPERTA

Olhar para fora é fácil. O olhar externo enxerga a superficialidade das coisas, o vazio, o efêmero. É a busca desenfreada por soluções que possam preencher o vazio da alma.  Sim, é um vazio que ecoa fundo e se manifesta de muitas formas: angústia, raiva, medo, insegurança, insatisfação, problemas no relacionamento, desânimo e tantas outras formas.

O exterior é o mundo dos sonhos, da alegria passageira, das relações rasas, da falta de propósito.

Essa é a realidade de milhões de pessoas, mas é um cenário possível de mudar.  Você pode começar aos poucos, pois cada um tem uma realidade diferente.  Mas, quando você começar a olhar para dentro, sentirá as coisas mudarem.

É importante frisar que não existe técnica baseada na preguiça e ninguém vai poder fazer algo por você caso você não queira.  Nós somos responsáveis por nossa evolução, por nosso crescimento pessoal.  Não importa se você segue uma religião, filosofia, se é ateu, espiritualista, pois se você não quiser melhorar, nada vai fazer efeito.

Como ter um autodesenvolvimento sadio?

Você pode buscar psicoterapia, pode ler e estudar sobre o assunto aplicando a sua vida, assistir palestras, etc.  Mas é importante reconhecer que precisa melhorar, que uma mudança precisa ser feita.  O caminho do crescimento pessoal requer abrir mão de determinadas emoções.  Em determinado ponto a carga pode ficar pesada e aí algumas pessoas não suportam a dor.  Com o passar do tempo a dor se torna menor, pois, ao invés de empurrar a dor para embaixo do tapete, nós a ressignificamos e passamos a entender o que causou isso. E aí, conseguimos falar e pensar no assunto sem sofrimento.

Uma das formas de olhar para dentro é entendermos que somos luz e sombra.  Com o lado luz todos queremos ter contato, mas com o lado sombrio, não.  Não queremos encarar os comportamentos que julgamos inaceitáveis, não queremos trazer à tona os sentimentos e impulsos que reprimimos. A sombra é formada por tudo que resistimos, rejeitamos e odiamos.

Se não encaramos nossa sombra, como saber que o que tenho faz parte da sombra?

Enxergamos nossa sombra de forma indireta nos traços e comportamentos desagradáveis das outras pessoas e conseguimos vê-la bem pois está “fora”, está fácil ser observada, está seguro. Outra forma de estar diante do nosso lado sombrio é quando temos uma reação intensa a um aspecto qualquer (sensualidade, preguiça, generosidade, medo, raiva, etc.) de alguém e isso nos causa aversão ou admiração.

Como assim admiração??? Nossa sombra não são só coisas ruins?

Não!  A sombra é formada por todos os aspectos que rejeitamos.  O que acontece é que nos projetamos ao atribuir tal aspecto a outra pessoa para tirá-lo de nós mesmos.

“A analista Junguiana Marie-Louise von Franz sugere que essa projeção é como disparar uma flecha mágica.  Se o destinatário tem um “ponto fraco” onde receber a projeção, então ela se mantém, se projetarmos nossa raiva sobre um companheiro insatisfeito, ou nosso poder de sedução sobre um atraente estranho, ou nossos atributos espirituais sore um guru, então atingimos o alvo e a projeção se mantém. Daí em diante, emissor e receptor estarão unidos numa misteriosa aliança, como apaixonar-se ou encontrar o herói (ou vilão) perfeito.

 A sombra pessoal contém, portanto, todos os tipos de potencialidades não desenvolvidas e não expressas.  Ela é aquela parte do inconsciente que complementa o ego e representa as características que a personalidade consciente recusa-se a admitir e, portanto, negligencia, esquece, enterra… até redescobri-las em confrontos desagradáveis com os outros.”  Connie Z. & Jeremiah A.

Bem, o caminho é longo, mas a dica por hora é: nossas sombras estão aí para nos ensinar e para aprendermos com isso precisamos fazer as pazes com esses conteúdos para, aos poucos, transformar a lagarta em borboleta.

Continuaremos com essa jornada em outro artigo.

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Muita paz!

Andréa Lúcia

 

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