Sim, Alan Kardec utilizou a expressão “ação e reação” em suas obras, em vez de “karma” ou “carma”. A terminologia “ação e reação” foi usada por Kardec para explicar o princípio de causa e efeito que rege as ações humanas e suas consequências. Este conceito é semelhante ao conceito de karma nas tradições orientais, mas adaptado ao contexto e à linguagem do Espiritismo.
Kardec, ao codificar o Espiritismo, buscou uma terminologia que fosse compreensível e aceitável para os leitores ocidentais do século XIX. “Ação e reação” reflete claramente a ideia de que todas as ações geram consequências correspondentes, um princípio que também é fundamental na doutrina do karma.
Esse princípio é amplamente discutido em suas obras, como “O Livro dos Espíritos” e “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. Em “O Livro dos Espíritos”, por exemplo, Kardec aborda o tema da justiça divina e as consequências dos atos humanos de uma maneira que ressoa com a noção de karma, mas com uma abordagem voltada para a moralidade e responsabilidade individual.
Para um estudo mais profundo sobre essa correlação entre “ação e reação” e o conceito de karma, pode-se comparar os textos de Kardec com obras de autores orientais, como Swami Vivekananda e Paramahansa Yogananda, que discutem o karma de maneira detalhada dentro do contexto hindu e budista.
No entanto, Kardec não compreendeu a limitação de sua semântica, que no decorrer do tempo, apesar de didática ficou ultrapassado, vamos comprovar por A mais B na tabela a seguir:
Tabela comparativa entre “Ação e Reação” e “Causa e Efeito”
Condição |
Lei de ação e reação | Lei de causa e efeito |
1. Natureza | Binária | Individual |
2. Característica | Física / cartesiana | Moral / consciencial |
3. Processo | Não complexa, ou seja, simples | Ultra complexa, ou seja, sofisticada |
4. Previsibilidade | Determinista | Variável |
5. Aplicabilidade | Partículas, corpos e objetos materiais | Relações intrapessoais, interpessoais, com outras espécies e com o ambiente |
6. Temporalidade | Imediata | Variável, relativa |
7. Dependência | Limitada, variáveis visíveis | Ilimitada, variáveis complexas, sutis e ocultas |
8. Multidensidade | Nível energético 1 – tetradimensional, ou pela física contemporânea (2015) com 11 dimensões | Nível energético “n” – todos os níveis – multidimensional, ou seja, todas as dimensões |
9. Conceito | Terceira lei de Newton, lei física e material | A cada um segundo suas obras – expressão de Ramatís – aplicação consciencial |
10. Área de aplicação | Todo universo intrafísico, especialmente o planeta Terra | Todo universo intra e extrafísico, multiversos e outras multidensidades |
11. Paradigma | Cartesiano Newtoniano
|
Paradigma Consciencial |
12. Gatilho | Qualquer ação física e material | Qualquer pensamento, sentimento, ação ou energia ou algo ainda mais sutil e impercepitível |
13. Perceptividade | Espécies mais evoluídas a nível de DNA percebem | Apenas espécies mais sensíveis psiquicamente e paraperceptivas percebem |
14. Peso ponderado | Não possui atenuantes ou agravantes | Devem ser considerados sempre os atenuantes e os agravantes |
15. Replicabilidade | Pode ser replicado em laboratório | Não pode ser replicado nem dentro e nem fora de laboratório, cada caso é único, exclusivo e jamais será repetido ou idêntico |
Referências
– Kardec, Allan. *O Livro dos Espíritos*. Federação Espírita Brasileira.
– Kardec, Allan. *O Evangelho Segundo o Espiritismo*. Federação Espírita Brasileira.
– O Karma e suas Leis, Ramatís, Dalton Campos Roque.

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
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