WILHELM REICH E OS INFINITOS TONS DA ENERGIA ORGONE

WILHELM REICH E OS INFINITOS TONS DA ENERGIA ORGONE

WILHELM REICH, um ser fora da caixa, que ascensionou na matrix já em sua época. Todo visionário é perseguido e atacado.

RESUMO
Wilhelm Reich foi psicanalista. Polêmico, sonhador, idealizador e visionário, era admirado por muitos como um ícone da liberdade sexual e odiado por aqueles que não alcançavam a
profundidade de seus ensinamentos (assim como hoje certos espíritas não alcançam os espiritualistas universalistas). Sua vida sempre foi tingida por cores fortes. Quanto mais discordavam, o perseguiam e o provocavam, mais ele se sentia estimulado a produzir e sua criatividade fluía. Sempre teve a dignidade de lutar pelo que acreditava sem ter medo de ir até as últimas consequências, tendo deixado para a humanidade um legado como poucos antes dele haviam deixado. E foi a partir de seus ensinamentos que novas abordagens e propostas surgiram, ampliando o campo das psicoterapias corporais. Nesse artigo, iremos explorar algumas facetas de Reich que permeiam parte das matizes de seu trabalho e da ciência que ele denominou Orgonomia.
Palavras-chave: Energia Orgone. Psicologia Corporal. Reich.

Retirado de https://www.centroreichiano.com.br/artigos/Anais_2016/2016_pdf/169%20-%20176%20-%20Jose_Henrique_Volpi_e_Sandra_Infinitos_tons.pdf

Wilhelm Reich foi um cientista polêmico, que incomodou e ainda incomoda muita gente, porque continua sendo incrivelmente incompreendido, caluniado, e na maioria das vezes, mal interpretado.

Enquanto psicanalista, foi considerado um brilhante profissional. Ofereceu grandes contribuições à Psicanálise, escreveu livros, publicou vários artigos, todos até então lidos, discutidos e aceitos sem ressalvas, mas sua insistência em resgatar a teoria da libido que fora abandonada por Freud, e em aprofundar suas pesquisas nesse campo, desde o início, já lhe rendeu sérias acusações.

A intenção de Reich era provar que a libido tinha sua origem no corpo e que tende a se acumular, formando assim, quando bloqueada, uma estase, Sendo assim, precisava ser liberada através da satisfação, porque sua inibição responde consequentemente pelo conflito neurótico. Portanto, a proposta do que Reich chamou de teoria do orgasmo busca liberar essa estase e tornar o sujeito mais livre e saudável.
Essa nova prática levou Reich a criar em Viena o primeiro Dispensário de Higiene Sexual para Trabalhadores e Empregados, que proporcionava informações livres sobre o controle da natalidade, educação sexual para adolescentes e crianças.

Intensificou seu trabalho na prevenção das neuroses levando em frente sua teoria do orgasmo, ampliando-a para o âmbito social e articulando-a também com o Partido Comunista. Para ele, a Psicanálise deveria ultrapassar os limites da clínica e intervir no contexto social, visando sua transformação.

Mudou-se para Berlim, onde coordenou inúmeros trabalhos de intervenção social, apoiando-se na visão de que política e sexualidade são esferas interligadas e indissociáveis. Criou a chamada Associação Proletária para uma Política Sexual (SEXPOL), clínica de higiene mental e sexual destinada a discutir a temática da sexualidade, que se expandiu por toda a Alemanha, contando com a participação de 40 mil membros. Segundo Reich: “As pessoas queriam simplesmente conselhos práticos e ajuda sobre suas dificuldades conjugais, criação dos filhos, distúrbios sexuais e crises morais de consciência” (REICH, 1976, p. 154).

Ainda enquanto psicanalista, Reich achava perda de tempo escutar as associações livres ou interpretar sonhos de seus pacientes, antes que o paciente tivesse primeiro consciência das suas resistências e de suas atitudes, gestos, postura, tom de voz, etc. Tirou o paciente do divã e atacou de frente as resistências, demonstrando claramente ao paciente como e contra o que resistia. Assim, a teoria do orgasmo foi ampliada para a percepção e o tratamento dessas resistências, que se encontram representadas no caráter. É esse caráter que precisa ser analisado de forma a levar o paciente a abandonar as resistências e eliminar a neurose. Reich denominou essa técnica de Análise do Caráter (REICH, 2002).

A Análise do Caráter revelou ainda que o caráter está somaticamente representado no corpo. Em outros termos, a história de uma pessoa também se inscreve em seu corpo e está marcada na musculatura tensa, a que Reich chamou de couraça muscular. Essa couraça precisa também ser desfeita, ampliando o trabalho de Análise do Caráter. Passou a trabalhar sobre o corpo do paciente, de forma a flexibilizar as couraças, e com isso chegou à técnica que chamou de Vegetoterapia Caracteroanalítica, rompendo definitivamente com a tradição psicanalítica (REICH, 1975).

No âmbito do partido comunista, nesta mesma época, diziam que suas ideias não eram compatíveis com as do próprio partido, e por isso Reich foi expulso. Também foi expulso da Associação Psicanalítica Internacional.

Mudou-se par Oslo, Noruega, onde continuou a ensinar e desenvolver suas técnicas terapêuticas, e deu início à realização de uma série de experimentos de laboratório para verificar a existência de uma energia biológica física expressa nas emoções.

Queria registrar a atividade elétrica da pele a fim de investigar como este órgão respondia em estados de prazer e de angústia. Em especial, Reich queria verificar se as propriedades elétricas das zonas erógenas eram diferentes das encontradas no resto da pele do corpo. Até então, isso nunca fora feito. Para esse fim, Reich mandou construir um aparelho específico, e a partir daí abriu uma frente importante de pesquisa. Apesar de ter sido severamente criticado por muitos que diziam que isso não passava de mera fantasia, ao longo dos anos, as hipóteses da pesquisa de Reich, por meio de experimentos, foram comprovadas em sua veracidade (BOADELLA, 1985, p. 151).

Reich concluiu que “O organismo funcionava como um sistema eletrolítico e continha um contínuo campo bioelétrico de excitação entre o gânglio vegetativo e o centro do corpo (o plexo solar, o plexo cardíaco, etc.) e a superfície da pele” (BOADELLA, 1985, p. 130). Dessa forma, concluiu que o prazer é o movimento de energia biológica para a periferia do organismo, enquanto que a ansiedade é o movimento desta energia em direção ao centro.

Sua dúvida a partir disso era saber se esse processo também era semelhante em formas de vida primitiva, como por exemplo, a ameba. Em busca de uma resposta, Reich realizou uma série de experimentos laboratoriais usando microscópios potentes e equipamentos de filmagens e fotografias, até então incomuns e desconhecidos pelos cientistas sendo considerados muito mais superiores do que qualquer instituto da época possuía. No início destas experiências, conseguiu junto ao Instituto de Botânica de Oslo algumas culturas de protozoários e verificou o movimento dos mesmos no microscópio. Em seguida, passou ele mesmo a fazer seus cultivos, mergulhando feno e grama numa solução aquosa, deixada por alguns dias até que os protozoários se formassem. A partir daí, uma questão para Reich surgiu: como esses protozoários surgiam na infusão (REICH, 1979)?

A visualização constante, somada a extensas horas de filmagens e fotografias, revelaram que quando a grama ou o feno se desintegravam, gradualmente liberavam, de suas bordas, pequenas vesículas que flutuavam livremente na água, aglomeravam-se até formar um protozoário (REICH, 1979).

Ampliou suas pesquisas fazendo uso de outros materiais como sangue, areia, carvão e produtos alimentares, e percebeu que todos se desintegravam em pequenas vesículas que apresentavam um movimento pulsante. Chamou essas vesículas “bions”, palavra grega que significa “vida” (REICH, 1979).

Trabalhando com as misturas de bions, Reich (1979) notou que elas possuíam um brilho próprio e que as mais ativas emitiam uma forma de radiação, o que ficou evidente quando, após muitos dias de observação dessas misturas no microscópio, desenvolveu uma conjuntivite. Percebeu que essa energia não obedece às conhecidas leis da eletricidade ou do magnetismo. Foi a partir daí que Reich (1979) chamou esta energia de “energia orgônica”, porque sua descoberta tinha evoluído a partir de sua investigação sobre a função do orgasmo, e por causa dessa energia poderia carregar materiais orgânicos.

Quando Reich (1979) publicou suas descobertas no livro intitulado “O experimento Bions”, as comunidades científicas e psiquiátricas responderam com um violento ataque na imprensa norueguesa.

Somado a isso, a inevitabilidade da Segunda Guerra Mundial fez com que Reich mudasse para os Estados Unidos, estabelecendo-se em Nova Iorque, onde passou a lecionar na New School for Social Research, além de dar continuidade às suas pesquisas laboratoriais a fim de estudar detalhadamente a energia orgone. Sua intenção era encontrar uma maneira de isolar e coletar essa energia emitida pelos bions, a fim de estudar as suas funções e torná-la útil ao seres vivos. E assim, uma nova pergunta surgiu: de onde a energia orgone vem?

Com o objetivo de captar a energia orgone a partir de culturas de bions, Reich observou que materiais orgânicos e não-metálicos como algodão, lã ou plástico atraiam, absorviam e mantinham dentro deles essa energia, ao passo que materiais metálicos como aço e ferro, atraiam a energia, mas rapidamente a refletiam para todos os lados, sem acumular. Com base nestes resultados, Reich construiu pequenas caixas com camadas alternadas de materiais orgânicos e metálicos, com as paredes interiores revestidas de metal.

Ao olhar para dentro da caixa através de uma lente especialmente confeccionada para esse fim, o experimento revelou um fenômeno inesperado, por meio do qual se pode observar a radiação orgone no interior do recinto, mesmo sem a presença de culturas de bions. Foi então que Reich chamou essas caixas de “acumuladores de energia orgone” (REICH, 1973).

Para Reich era assustadora a possibilidade de ter descoberto uma energia biológica que parecia estar em toda parte, e a pergunta ainda permanecia sem resposta: de onde essa energia orgone se originava?

Durante uma viagem de acampamento para uma bela região de lagos na cidade de Rangeley, no Maine, Reich permaneceu por alguns dias em uma pequena cabana próxima a um desses lagos passando horas observando o céu noturno. Pode verificar a existência da energia orgone na atmosfera e percebeu então que a região proporcionava um ambiente ideal para este trabalho de pesquisa. Para lá se mudou, adquirindo algumas terras onde construiu sua residência e seu laboratório, chamando a região de Orgonon.

Na continuidade de suas pesquisas, Reich descobriu que essa mesma energia também existia na atmosfera, e reconheceu a capacidade do acumulador de orgônio para, de fato, atrair e concentrar essa energia presente no ar à nossa volta, disponibilizando-a para experimentações médicas e científicas. Depois de promissores resultados no tratamento de câncer em ratos de laboratório com os acumuladores, Reich construiu acumuladores de energia orgônica maiores para a experimentação médica em humanos que sofriam de várias enfermidades, inclusive o câncer (REICH, 1973). Estes acumuladores eram grandes o suficiente para uma pessoa se sentar dentro, e a partir de sua construção Reich começou a realizar tratamentos experimentais com pacientes com câncer em estágio terminal. Verificou que o sangue de uma pessoa saudável tem uma borda azul que podia ser medida, ao passo que o sangue do paciente com câncer não tinha essa coloração e as hemáceas se destruíam rapidamente.

Segundo Reich (1951), a energia estagnada tanto no organismo humano quanto na atmosfera é chamada de Deadly Orgone (DOR) que é a energia da doença, da morte, também responsável pela formação dos desertos.
Nunca prometeu a cura, nem cobrava por isso, e condicionava o tratamento ao aceite dos familiares para assinarem um documento que o eximia de qualquer responsabilidade.

Por um certo período de tempo, os pacientes demonstraram uma melhora acentuada, como alívio da dor, aquisição de uma condição energética saudável, ganho de peso, e até mesmo a eliminação de tumores. Apesar destes resultados positivos, esses pacientes morreram, reforçando a convicção de Reich de que o câncer é um encolhimento bioenergético do organismo todo após uma renúncia emocional. Os próprios tumores não são a doença em si, mas apenas uma manifestação local de uma desordem sistêmica mais profunda e, portanto, o foco do trabalho deveria ser o da prevenção.

No ano de 1947, foi publicado um artigo, de autoria da escritora freelancer Mildred Edie Brady, intitulado “O estranho caso de Wilhelm Reich” na revista New Republic, o qual estava cheio de distorções e insinuações sobre as teorias a respeito da sexualidade de Reich e a pesquisa orgone. Brady dizia que Reich estava construindo acumuladores de energia orgone para alugar aos pacientes, que estava enriquecendo com isso e era um perigo público. Brady desafiou as autoridades médicas a tomar medidas contra ele até que, dois meses depois, o Food and Drug Administration (FDA) tomou conhecimento do fato e, como resultado, dirigiu uma campanha para destruir o trabalho de Reich, campanha esta focada no acumulador de energia orgone que Reich e seus médicos estavam usando experimentalmente com os pacientes. Convencidos de que o acumulador estava sendo fraudulentamente promovido como um dispositivo sexual e médico, agentes da FDA passaram anos entrevistando associados, médicos, estudantes de Reich e pacientes, procurando usuários insatisfeitos sem jamais ter encontrado alguém que falasse mal de Reich (SHARAFF, 1983).

Os estudos de Reich (2003) com a energia orgônio levaram-no a concluir que somos todos energia, e que as relações são energéticas. O pensamento reichiano postula que a energia do corpo se conecta à energia do ambiente, que a faz fluir livremente, permitindo ao corpo que pulse. Quando por algum motivo essa energia se desconecta, entra num processo de imobilidade, se congela e responde pelo DOR, energia da morte.

Quando essa energia se move livremente, somos capazes de fazer contato com nosso organismo, com o meio que nos envolve, com o outro, com a natureza e com o cosmos. Quando ela está imobilizada, nosso contato fica prejudicado. Nas palavras de Baker (1980, p. 91):

Quando o organismo está isento de bloqueios, há um movimento plasmático que flui livre e que dá margem a sensações (a nível dos órgãos), além de conferir uma percepção tridimensional do corpo. […] O indivíduo toma consciência completa do corpo, de suas sensações, de seus desejos e necessidades.

Partindo desse pressuposto é que podemos falar em conexões e desconexões energéticas, que fazem parte o tempo todo da nossa vida. A conexão pode se dar a partir de nosso self, que nos confere uma sensação boa e de prazer ou a partir de nossa couraça muscular, que nos confere uma sensação ruim, desgastante, de desprazer. Independentemente da conexão ser positiva ou negativa, ambas são manifestadas a partir dessas teias energéticas que se entrelaçam. O amor é a expressão da conexão e do contato pleno e se dá com a vibração de prazer pelo corpo; o ódio é a expressão da desconexão desse contato e provoca ansiedade, angústia e desejo de isolamento. Para Baker (1980, p. 93), “As pessoas sadias, na realidade, têm condições de se retrair em relação ao contato quando estão frente a um meio ambiente doloroso ou desagradável”.

Então, precisamos sim estar conectados conosco e com a natureza que nos rodeia, a fim de darmos um colorido às relações, ao corpo e à vida. Caso contrário, permaneceremos num estado de contração, que limita nossa percepção e sensação de órgão a respeito de tudo o que ocorre ao nosso redor, e caminharemos em direção ao ódio, à destruição e à morte.

Foi essa conexão que Reich sentiu necessidade de estabelecer quando, no natal de 1950, ganhou de presente de sua filha, Eva, um kit para pintura a óleo e algumas telas, dando vazão à expressão de seus sentimentos, colocando na pintura parte da angústia vivenciada até então, e o prenúncio do que viria a acontecer entre os anos de 1951 e 1957, período mais difícil de sua vida.

Na moldura de cada tela ele anotava palavras como “forte”, “primitivo”, “gostei”, “não gostei”, etc. Também dizia pintar, de memória, aquilo que havia visto ao longo dos anos.

Algumas de suas telas são:

“Peixes”, de 1951, com um tom descrito por Reich como forte e primitivo, representa a liberdade de ir e vir num mar de energia orgônica, forte o suficiente para enfrentar ondas e tubarões.

“Semente”, também de 1951, representa brotos de planta ao amanhecer ou brotos de planta no dilúvio. Reich sempre teve grande interesse pelos processos naturais, e no mesmo ano em que pintou esse quadro, lançou no mercado o livro “Superposição Cósmica”, que reflete seu estudo minucioso dos fenômenos naturais.

“Século XX”, de 1953, tela na qual Reich procurou imprimir uma visão sombria do homem em suas tentativas de libertação. Dizia ele que até aquele momento, todas as revoluções sociais lamentavelmente haviam falhado.

“Modju”, de 1954, retrata uma mistura de homem e cão, representando a perseguição de Reich pelo FDA, num comportamento característico da praga emocional, cujo impulso neurótico, segundo ele, é destrutivo. Mostra os dentes como se estivesse pronto para atacar

Várias outras telas foram pintadas por Reich até março de 1957, quando a perseguição contra ele se acirrou e o levou à prisão, acusado por desacato à ordem dos tribunais, que haviam proibido a continuidade de suas pesquisas. Condenado a dois anos de encarceramento, Reich faleceu aos 60 anos no dia 3 de novembro de 1957.

Reich nos deixou um vastíssimo legado, do qual somos representantes. Mostrou-nos que nossas ideias podem e devem ser representadas por todos os meios possíveis, e com elas devemos nos comprometer intensamente, com o foco em deixar a nossos descendentes, um mundo tanto mais decente, quanto mais “colorido”.

VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara. Wilhelm Reich e os infinitos tons da energia orgone. In: VOLPI, José Henrique; VOLPI, Sandra Mara (Org.) XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIAS CORPORAIS. Anais. Curitiba: Centro Reichiano, 2016, pp. 169-176. [ISBN – 978-85-69218-01-2]. Disponível em: 31/08/2022. www.centroreichiano.com.br/artigos_anais_congressos.htm.

REFERÊNCIAS
BAKER, E. O labirinto humano. São Paulo, Summus, 1980.
BOADELLA, D. Nos caminhos de Reich. São Paulo: Summus, 1985.
REICH, W. The Oranur Experiment – First Report (1947-1951). Rangeley: The Wilhelm Reich
Foundation,1951.
REICH, W. The Cancer Biopathy. New York: Farrar, Straus and Giroux, 1973.
REICH, W. A função do orgasmo. São Paulo: Brasiliense, 1975.
REICH, W. People in trouble. Volume two of the emocional plague of mankind. New York:
Farrar, Straus and Giroux, 1976.
REICH, W. The Bion Experiment. On the origin of life. New York: Farrar, Straus and Giroux,
1979.
REICH, W. Análise do caráter. São Paulo: Martins Fontes, 2002.
REICH, W. O Éter, Deus e o Diabo. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
SHARAF, M. R. Fury on Earth: a biography of Wilhelm Reich. New York: St. Martin’s
Press/Marek, 1983.

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