Jesus, Krishna, Horus

SERÁ MESMO A HISTÓRIA DE JESUS?

CONHECEM ESTA HISTÓRIA?
– Por Lázaro Freire –

Havia um mestre que, dizem, teria sido gerado por uma virgem. Nascido de descendentes dos reis legítimos (1), em um período em que seu país encontrava-se na mão de usurpadores, nem um pouco ligados às tradições religiosas ou ao bem do povo.

O nome pelo qual passou a ser conhecido no Ocidente, embora na verdade falado em outra língua, lembra a sonoridade do conceito grego de Christhos, ou os radicais presentes no “Espírito Crístico”.

Várias profecias indicavam que este menino poderia vir a ser o Rei.

Alguns achavam que isso se daria no sentido religioso. Mas outros, no sentido político (2).

As pessoas esperavam d´Ele um salvador. Afinal, esta seria uma encarnação (3) do segundo aspecto (4) de Deus, que é um só (5), mas se divide em três pessoas (6).

Diz a história que o rei usurpador, de família ilegítima, mandou MATAR todos os primogênitos, forçando os pais do menino salvador a fugir com ele.

Foi criado de forma aparentemente humilde, mas dava mostras de sua sabedoria. Deixava escapar também traços de erudição que indicavam educação primorosa (talvez patrocinada pelos que apoiavam a família real, que tentava voltar ao trono).

Após uma infância pouco documentada, deu algumas mostras de seu poder na adolescência.

Após mais algum tempo, em idade adulta jovem, revelou-se como presença divina. Sua presença coincide com uma época de grandes conflitos. Durante esta fase de ocupação de suas terras e tentativas de revolução, faz questão de deixar claro que precisamos separar o que é de Deus, notando que o impermanente não é deste mundo.

Quebra paradigmas, ensina morais estranhas, faz questão de que cada um cumpra o que é seu papel. Ensina, literalmente, que ELE é o CAMINHO até o Pai (7). Que é necessário fazer os trabalhos, mas que podemos ofertar a Ele (8). Unirmo-nos a ele, que é Caminho, que é Verdade. Não porque ele seja egóico, mas porque ele está ligado com o Criador.

Com o seu exemplo de amor, e o sacrifício que simboliza sua encarnação, nos ensina que é difícil, para nós, nos ligarmos com o intangível; mas que já dá para nos ligarmos com um salvador conhecido. Como ele é ligado a Deus, ligando-nos a ele pegamos “carona”…

Acaba sendo morto ainda jovem, de forma trágica (9), pouco depois de sua revelação como Presença Divina.

Não escreve nada, mas alguns registram parte da sua vida, especialmente as próximas da morte, onde despeja toda a sua sabedoria. Os trechos registrados são pequenos (10), mas capazes de mudar por milênios a nossa noção religiosa de causa e conseqüência, trazendo nova luz sobre a natureza do espírito e sua sobrevivência ao corpo.

Os poucos capítulos sobre sua vida em presença divina são inseridos como parte das escrituras sagradas de seu país, e são traduzidos para praticamente todas as línguas do mundo (11).

O novo livro, com o relato da vida do Deus Vivo, é mais popular e citado, individualmente, do que a própria obra religiosa maior que o contém.

Antes de morrer, deixa claro que irá voltar, no futuro (12). Fazem religião em Seu Nome, mas Ele mesmo nunca foi adepto destes preceitos religiosos, até porque nunca fundou religião alguma, nunca foi moralista, nunca foi de trocar sabedoria por rituais e não podia freqüentar o que só fizeram depois Dele…

Conhecem esta história?

Esta é a história de Krishna, que viveu em 3000 A.C., na Índia.

Somos Todos Um Só!
(Há um respeito e um “respeito”. O professor de biologia não pode deixar de ensinar a evolução das espécies apenas porque um crente fundamentalista sentiria sua fé desrespeitada. Ora, que ele ensine Adão e Eva na sua igreja, mas deixe o professor em paz. O professor de biologia não vai atrapalhar a igreja. Mas o crente, se puder, vai tentar mudar o programa de ensino das escolas.)avatares Jesus Horus

– Notas:
1. Bharata, a descendência que se fundia com a própria Índia, e que dava caráter de etnia e identidade cultural. A própria Índia era chamada de Maha-Bharata, ou Grande Bharata: a GRANDE família.
2. A separação entre estado e religião é recente. Na história, a lei de Deus era a justiça humana. O sacerdote era o juiz. O rei, César, Papa ou Faraó era sempre (no mínimo) representante de Deus. Vide reis judaicos (David, Salomão), Aiatolás do Irã, presidentes fundamentalistas árabes, etc. Texto sagrado é o código civil e penal, pois o poder é sempre exercido em nome de Deus. Logo, esperar um rei religioso era esperar um líder político também.
3. Avatar: Emissário celeste; Canal da divindade.
4. Vishnu: equivalente ao Filho para os cristãos, à Ísis para os egípcios, ou ao Fixo para os astrólogos. Amor, conservação e manutenção do que foi criado.
5. Brahman, com N, o Deus não personificado, a soma de todos os deuses e criaturas. O Supremo, o Tao, o Todo, O Grande Arquiteto Do Universo.
6. Brahman se divide em três aspectos (tal manifestação fenomênica é conhecida com o nome de Trimurti): Brahma (O Criador), Vishnu Narayana (O Mantenedor), e Shiva Nataraja (O Transformador). O segundo aspecto reencarna de tempos em tempos, para trazer a luz celeste entre os homens.
7. Deus.
8. Ensinamentos do Baghavad Gita, onde Krishna fala sempre em “ofertar A Mim”, “Eu Sou o Caminho”, “Faz em Meu Nome”.
9. Krishna morre flechado, após ensinar sobre Carma e Dharma a Arjuna, um arqueiro.
10. As lições estão registradas no Baghavad Gita.
11. O Bhagavad Gita é um dos livros que compõe o épico sagrado MAHA-BHARATA.
12. Krishna foi a oitava encarnação de Vishnu. Rama teria sido a sétima. Há controvérsias quanto a nona encarnaçao (Buda, Jesus, Chaytania ou Paramahamsa Ramakrishna). Espera-se uma décima encarnação, conhecida esotericamente como Kalki, muito embora algumas correntes tenham seus fortes indícios para achar que já tenha vindo, e outros prefiram achar que Kalki será uma onda, e não mais uma “pessoa”.

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