FALANDO DE ILUSÕES E QUERELAS, NA LATA

FALANDO DE ILUSÕES E QUERELAS, NA LATA!

Por Wagner Borges – www.ippb.org.br

(E Descendo a Lenha na Arrogância – em Nome do Papai do Céu)

Quem diz que tudo é Maya e, por isso, nega a vida, já caiu na própria armadilha do que fala. Porque negar a Vida também é Maya*.
E renegar o corpo é tolice maior ainda.
Com o perdão do trocadilho, “achar que tudo é ilusão, é um tipo de ilusão”.
Se o Papai do Céu está em todas as coisas, Ele não está somente dentro dos corações, mas, também, no próprio coração da Vida.
Se o Divino é Puro Espírito, Ele interpenetra a tudo o que é denso, seja corpo ou pedra; espírito ou madeira; sábio ou idiota.
A ilusão real está em não perceber isso.
O espaço sideral e um simples átomo; o urso comilão e o asceta; o iniciado e o profano; o materialista e o espiritualista; o iogue e o troglodita; tudo é Luz.
A ilusão não está nas coisas da criação, mas, sim, no apego a elas e na arrogância de se sentir superior aos outros seres.
E também é ilusão não ser feliz e ficar de semblante amarrado e criticando tudo.
Alguns caras radicais, sem pé nem cabeça e tortinhos demais, não suportam ver alguém feliz – e esse tipo de postura não é um tipo de ilusão?
Que espiritualidade é essa que abomina o riso?
Não, não! Essa galera está bem equivocada.
Se até o Papai do Céu ri – pois, se Ele criou a tudo, também criou as risadas -, imagine os homens da Terra…
Negar a vida não está com nada!
Assim como negar o espírito é uma furada monumental.
O corpo não é impuro; é simplesmente um pedacinho vivo da Natureza e faz parte da mesma Luz que está em tudo.
Entretanto, o coração dessa gente que nega as coisas do mundo está bem sujo.
Porque sua arrogância já toldou seu Amor e sua Inteligência.
Falando claro: essa galera padece de “frieira psíquica”.
Por isso estão sempre constritos e bicudos. E como pode ser isso?
Alguém que não ri pode falar de evolução espiritual?
Se nega a Vida, também nega a si mesmo – e ao Papai do Céu, que é quem mais ri no universo.
Maya é essa gente chata pra dedéu e metida a besta!
De que adianta não comer isso ou aquilo, se continua a comer irritação em todo momento?
E alguns até flexibilizam bem os movimentos do corpo, mas não são capazes de flexibilizar suas emoções e posturas mentais radicais.
São capazes de “plantar bananeiras incríveis”, mas – novamente com o perdão do trocadilho -, “se embananam bastante” diante das coisas simples da existência.
Ô gente insossa!
Se pudessem, iriam morar em algum recanto do Himalaia, não por Amor à espiritualidade, mas para fugir das lutas e aprendizados do mundo.
E, com essa postura, o máximo que conseguem é transformar o próprio coração numa caverna escura e sem compaixão.
E, mais honrado e espiritualizado é quem vê o Divino em tudo, inclusive, no coração dos outros, e na vida comum… Porque, mesmo passando pelas dificuldades do cotidiano, ainda assim, se lembra do Papai do Céu – e valoriza a Vida e ri bastante…
Esses são os verdadeiros gurus: encontraram felicidade só pelo fato de simplesmente existirem. E, em cada respirada que dão, honram a Vida, neles mesmos.
Podem até falar do espírito, mas não negam o corpo. E alguns até sonham em visitar o Himalaia, mas, para encher as cavernas geladas de risadas bem quentes e gostosas.
São Budas do mundo. E como são gratos ao Papai do Céu, só pelo fato de existirem, são contentes e desprendidos de tolices e querelas sem nexo.
E, assim, realizam o próprio espírito. E suas risadas ecoam de estrela em estrela…
O mantra de hoje é só esse aqui: Om Rir Om!**

P.S.:
Maya? Que nada!
Viver é o lance.
E o Papai do Céu é o Cara!
E nós aprendemos algo com Ele:
“Rir é um santo remédio…
E cura até ilusão.”

Um abraço a todos os leitores.
(Sejam inteligentes, criativos, amorosos e alegres).
A Companhia do Amor vai nessa…

– Companhia do Amor*** –
A Turma dos Poetas em Flor.
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)

– Notas:
* Maya – do sânscrito – ilusão; tudo aquilo que é mutável, que está sujeito à transformação por diferenciação.
** Mantra – do sânscrito – palavra oriunda de manas: mente; e tra: controle; liberação – Literalmente, significa “Controle ou liberação da mente”.
Determinadas palavras evocam uma atmosfera superior que facilita a concentração da mente e a entrada em estados alterados de consciência. Os mantras são palavras dotadas de particular vibração espiritual, sintonizadas com padrões vibracionais elevados. São análogos às palavras-senhas iniciáticas que ligam os iniciados aos planos superiores.
Pode-se dizer que os mantras são as palavras de poder evocativas de energias superiores. Como as palavras são apenas a exteriorização dos pensamentos revestidos de ondas sonoras, pode-se dizer também que os mantras são expressões da própria mente sintonizada em outros planos de manifestação.
Obs.: na cosmogonia hinduísta clássica, o Om é o maior dos mantras. Significa o Verbo Divino; aquela vibração universal que está em todas as coisas; a Primeira Luz; o Som do Divino.
* A Companhia do Amor é um grupo de cronistas, poetas e escritores brasileiros desencarnados que me passam textos e mensagens espirituais há vários anos. Em sua grande maioria, são poetas e muito bem humorados. Segundo eles, os seus escritos são para mostrar que os espíritos não são nuvenzinhas ou luzinhas piscando em um plano espiritual inefável. Eles querem mostrar que continuam sendo pessoas comuns, apenas vivendo em outros planos, sem carregar o corpo denso. Querem que as pessoas encarnadas saibam que não existe apenas vida após a morte, mas, também, muita alegria e amor.
Os seus textos são simples e diretos, buscando o coração do leitor.
Para mais detalhes sobre o trabalho dessa turma maravilhosa, ver os livros “Companhia do Amor – A Turma dos Poetas em Flor – Volumes 1 e 2” – Edição independente – Wagner Borges, e sua coluna no site do IPPB (que é uma das seções mais visitadas no site): www.ippb.org.br.

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