DEZ MANDAMENTOS DO TRABALHO ESPIRITUAL

DEZ MANDAMENTOS INICIÁTICOS DO DISCERNIMENTO MADURO

Dez Mandamentos para o Trabalho Espiritual – www.consciencial.org

NOTA: * Comentários de Dalton do Consciencial.org


1. Não se desconectar da matéria

O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa.

A matéria é tão importante quanto o espírito; ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.

Antídoto: Equilíbrio.

* Comentário: é que muita gente gosta de fugir e usa a “espiritualidade” como desculpa e justificativa para sua covardia evolutiva.


2. Não despertar os poderes antes da consciência

Os poderes estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente.
Buscar o poder antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam a consciência, os poderes devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.

Antídoto: Eqüanimidade.

* Comentário: Os poderes parapsíquicos ou paranormais também chamados de Siddhis. 


3. Não fixar-se em pessoas em vez de em suas informações

Você não monta uma casa em um túnel.
Ele é só um meio para se chegar até ela..
Quem depende de um mestre volta à infância psicólogica. Em um processo de iniciação ou terapêutico isso pode ser necessário, mas somente como uma fase a superar, e não como um estado onde parar.

Antídotos: Discernimento e Moderação.

* Comentário: as pessoas são inseguras e fugidias, muitas vezes usam algum mestre ou referência espiritual transferindo a responsabilidade consciencial evolutiva que é delas para esses.


4. Não sentir excesso de autoconfiança

Quem se crê autosuficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e não raro se vê envolvido por eles.
Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se.

Antídoto: Desconfiar de Si Mesmo.

* Comentário: Excesso de autoconfiança trona a pessoa intransigente e arrogante, revertendo tudo que ela acha que é e sabe em efeito contrário a sua evolução consciencial. Conheci um desses em Foz do Iguaçu, PR


5. Não sentir-se superior

Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais.
Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a onipresença da consciência em todos os seres e caminhos.
Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para a via negra.

Antídoto: Equidade.

* Comentário: é o velho vício chamado “sou dono da verdade” dissimulado em vários tipos de falácias sofisticadas e rebuscadas, o velho sentimento multimilenar de “estou salvo, vocês vão para o inferno”, “sou evoluído, vocês são a escória inferior”, etc.


6. Não deixar-se levar por impulsos messiânicos

A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal.
Sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança.
Essa fobia paranóica rompe com os canais de conexão com o mestre interior, bloqueia o processo de autoconhecimento e lança a espiritualidade numa espiral involuta, além de inibir o direito ao “livre-arbítrio de cada um”.

Antídoto: Confiança na Existência.

* Comentário: É um sentimento misturado, algo bom dentro da pessoa misturado com vaidade e arrogância. É também uma fuga, há pessoas que procuram as as “obras grandes” de fora, para fugir da “grande obra” de dentro do coração, pois é mais fácil fazer caridade alisando o próprio ego, que transformar a intimidade consciencial de si mesmo em amor através da humildade lúcida e madura.


7. Não tomar medidas inconsequentes
O entusiasmo pode levar uma pessoa a romper com seu círculo profissional e familiar sem necessidade.
Com o “fluir” ou o “fechar os olhos e saltar” — axiomas que só deveriam ser usados em situações muito especiais —, os mais entusiasmados do mundo esotérico incentivam os recém-chegados a se arrebentarem logo na largada.

Antídoto: Responsabilidade Serena.

* Comentário: entusiasmo ou euforia sem discernimento é carregar uma bomba nas mãos, é uma falsa felicidade, pois a felicidade não é constituída de rompantes, mas de serenidade contínua sem emoções densas. Não basta boa intenção, é preciso muito estudo, trabalho com discernimento consciencial operoso.


8. Não agir com demasiada rigidez

Encantada com as novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa pode-se tornar intolerante.
Ela tem a tentação de impor sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais.
Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas, ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.

Antídoto: Tolerância e Relaxamento.

* Comentário: nem tanto ao mar e nem tanto a terra, o “Caminho do Meio” de Buda é sábio. A maioria da humanidade é simplesmente negligente quanto a espiritualidade íntima, crendo que para tal basta ir a missa / centro / terreiro toda semana, orar poucas vezes por semana, dar uma esmola porcaria aqui e ali, e há o oposto, gente radical e rígida que se torna chato, burro e intolerante, andando mais para trás do que para frente. É a turma negligente do oba-oba, contra a turma radical intransigente, melhor ficar no meio e discernir o contexto.


9. Não se dispersar

Estudar ou praticar demasiadas coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas leva a uma falsa sensação de saber.
Nessa atitude, pode-se passar uma vida inteira andando em círculos, enquanto se faz passar por um sábio.

Antídoto: Concentração.

* Comentário: É preciso um equilíbrio entre o que “entra” na mente-coração e o que sai dela. Não é possível, por exemplo, apenas aprender ou apenas ensinar, devemos praticar os dois. Não basta ficar cego apenas estudando numa linha evolutiva sem visão de conjunto, é preciso uma experiência maior. É evitável conhecimentos gerais de internet (Youtube e Facebook) e a praga da New Age mistificadora e enganadora milagreira, mas preferível ler, ler e ler livros e fazer cursos mais específicos e sair da preguiça mental. Deixar de aplicar dinheiro apenas em roupa nova e gastar (investir) com conhecimento maduro. É bom também sair da teoria e aplicar o que acredita-se que aprende, senão não aprendeu.


10. Não abusar

Manipuladas, as informações espirituais servem de álibis ou justificativas convincentes para os piores atavismos.
Usar essas informações para fins muito particulares é um crime.
Ninguém profana impunemente o que pertence a todos.

Antídoto: Retidão e Integridade.

Equilíbrio, eqüanimidade, discernimento e moderação, eqüidade, tolerância e relaxamento, confiança na existência, responsabilidade serena, desconfiança de si mesmo, concentração, retidão e integridade são a grande proteção daquele que se aventura pelo mundo espiritual e esotérico. Por outro lado, quem se assegura dessas qualidades pode fazer o que quiser nesse campo que estará sempre num bom caminho.

* Comentário: o conhecimento espiritualista consciencial também pode ser usado para justificar toda sorte (azar kkk) de descasos, fugas e preguiças do ser humano. Também pode ser usado para manipular gente ingênua que não percebe. A internet New Age está repleta disso.


AUTOR Fabio Fittipaldi, comentado por Dalton C. Roque (adorei o texto!)
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2 comentários em “DEZ MANDAMENTOS INICIÁTICOS DO DISCERNIMENTO MADURO”

  1. Rogerio Lana Brandão

    Excelente o texto. Parabéns.Somos gratos pelo compartilhamento, o qual sem dúvida, nos ajuda acessar o primeiro de grau da “Escada de Jacó”.Muita paz. 12.10.19-C.Lafaiete MG

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