Enki procura explicar como a Consciência se densifica a ponto de precisar encarnar, segundo os ensinamentos dos Siddhas, que hoje pode-se chamar de Tantra:
Há uma Realidade Única e Definitiva, chamada Parama-Shiva. Essa realidade é bipolar, ou seja, contém dentro de si o aspecto consciêncial (Shiva) e poder criativo desse aspecto (Shakti). Shiva dá origem a todo o aspecto subjetivo da existência e Shakti a todo o aspecto objetivo da existência.
Enquanto Shiva e Shakti estão unidos eles são como o leite e sua brancura; ou seja, não dá pra conceber um separado do outro. A partir do momento em que há a densificação consciencial, que ocorre pelo desequilibrio da relação entre Shiva-Shakti, um aspecto vai se distanciando do outro. Assim, a manifestação consciencial vai se tornando desordenada até um ponto crítico, dando origem a Maya, que é composta por 5 “véus”, a saber: o Tempo, a Parte, o Conhecimento, o Apego e a Necessidade.
A partir desse momento surge o Espírito (Purusha) ligado ao aspecto CONSCIÊNCIA, e a Matéria (Prakriti) ligada ao aspecto PODER CRIATIVO (Shakti). O que há de mais puro (abaixo de Maya) é o espírito e é através dele que a nossa Consciência interage com o principio material. Para a interação entre espírito e matéria é necessário intrumentos que interpretem as informações recebidas pelos objetos. Aí surge a mente. A mente é dividida em 4 funções: Buddhi, Ahamkara, Chitta e Manas.
Buddhi é a Mente superior, Ahamkara é o Ego, Chitta é o Banco de memórias, onde todas as impressões advindas dos objetos estão armazenadas e Manas é a Mente inferior. Buddhi DEVERIA ser o agente diretor da mente inferior (que é a que “transmite” informações e que gera ações), mas ele está eclipsado pela ignorância (Shakti está “longe” de Shiva, lembra?). Assim, a mente inferior que busca sempre um direcionamento, escuta quem grita mais alto dentro da mente, que é Chitta: as impressões dos sentidos, a mémoria dessas impressões, que são em verdade as relações de gosto e desgosto dessas interações.
Mas só a mente não é suficiente para se manifestar aqui. Como vimos, há a presença dos sentidos e da matéria. Os meios pelo qual a mente e a matéria se manifestam têm sua essência no que conhecemos por Prana e Kundalini, respectivamente. A essência da mente é Prana, e a essência da matéria é Kundalini. Prana é a energia vital, sendo assim é a VIDA que permeia a tudo. Sendo o Prana a própria vida, ele está ligado intimamente ao aspecto consciencial, Shiva. Kundalini é ligada ao aspecto de poder criativo (shakti) e está ligada à forma. Assim temos o Prana ligado aos nomes (nama) e Kundalini ligada às formas (rupa). A constante interação de ambos é a causa da construção da “realidade”.
Lembrem-se de que Shiva e Shakti estão aparentememte distanciados, e nesses estágio são conhecidos como Prana e Kundalini. Assim, a Kundalini, por estar “distante” da consciência, é considerada uma energia BURRA. Ela está em estado latente, bruta, sem qualidades. É só força, potencial. E ela já está ativa O TEMPO TODO, pois TODOS nós criamos a cada instante. A desordem do fluxo de pensamento e sentimento acaso não se manifestam em ações? A forma não é só a física, mas a extrafísica também. Portanto, quando alguém usa apenas de técnicas para o chamado “despertar” da Kundalini, só tá fazendo #$%@*, pois está “manipulando” uma energia de potencial incrível.
O processo de “despertar” a Kundalini, em verdade é o processo de ADICIONAR consciência à ela. E isso se dá através de várias formas. A mais comum é o direcionamento do Prana para ela. Se a mente em essência é Prana, quando você se concentra em algo você está levando Prana para esse algo. Agora, qual a qualidade do Prana que está sendo levado? O que penso e sinto? Pra se fazer isso através dos chakras, por exemplo, deve-se compreender o processo de relação espírito/corpo e TOMAR A RESPONSABILIDADE DAS ESCOLHAS para si. Mas a melhor forma é VIVER, ou seja, estar atento aos PROCESSOS para poder ficar mais SÁBIO com eles. Mas quem está lúcido o suficiente para perceber esses processos?
O “despertar” de fato só ocorre quando o praticante busca ORDENAR a sua manifestação consciencial. O primeiro passo é coordenar a função das 4 “partes” da mente descritas acima, através da meditação e da contemplação. Quando nós, sem exceção, começarmos a perceber e a assumir a responsabilidade plena pelo que pensamos e sentimos, aí a coisa começa a funcionar.
O que escrevi não é a verdade, é minha experiência. Portanto, é verdade para mim, e não necessariamente para outras pessoas.
Muita Paz e Muita Luz, – Fernando Mingrone, apelido Enki
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