Fábio Eduardo da Silva – Professor nos Cursos Livres de Parapsicologia e Naturologia Aplicada das Faculdades Integradas “Espírita”. Responsável pelo Laboratório de Pesquisa Ganzfeld, dessa mesma instituição.
O que é a Parapsicologia
A Parapsicologia pode ser definida como o campo científico voltado a investigar certos eventos associados com experiências humanas. Essas experiências são denominadas anômalas visto que são difíceis de explicar dentro dos parâmetros de tempo, espaço e energia da ciência vigente.
Seus objetos de estudo
Os fenômenos estudados pela Parapsicologia podem ser divididos em três grupos: a) ESP (Extrasensorial Perception – Percepção Extrasensorial) ou AC (Anomalous Cognition – Cognição Anômala), b) PK (Psychokinesis – Psicocinesia) ou AP (Anomalous Perturbation – Perturbação Anômala) e; c) fenômenos sugestivos da sobrevivência da consciência após a morte física.
A ESP pode ser ainda subdividida em:
Telepatia – quando uma pessoa consegue obter e/ou trocar informação com o conteúdo ou disposição mental de outra pessoa, apesar do total isolamento sensorial entre ambas. A única fonte para essa informação deve ser o conteúdo ou disposição mental da outra pessoa.
Clarividência – nesse caso, uma pessoa consegue obter informação de uma fonte externa, mesmo estando em total isolamento sensorial em relação a essa fonte. Opondo-se à telepatia, a informação obtida por clarividência não deve ser conhecida por outra pessoa, ou seja, não deve constar do conteúdo ou disposição mental de outra pessoa. Quando for impossível distinguir entre telepatia e clarividência, utiliza-se o termo GESP (General Extrasensorial Perception – Percepção Extrasensorial Geral)
Precognição – a informação obtida nesse caso será gerada num tempo futuro, porém essa informação não pode ser explicada por predição probabilística ou por informações presentes no momento associado a precognição, ou ainda, não pode ser causada pela própria predição.
PK (Psicocinesia)
Nesse tipo de fenômeno, a pessoa, cria uma modificação física mensurável num sistema, a qual não pode ser completamente explicada pela mediação das leis físicas conhecidas. Se essa modificação puder ser percebida visualmente, como no caso do movimento de objetos sem uma explicação possível, recebe o nome de Macro-PK. Quando se referir a micro modificações, tais como influências sobre elétrons ou partículas subatômicas e necessitar de avaliações estatísticas, é chamada de Micro-PK. Quando se referir a influências sobre sistemas vivos, como por exemplo, seres humanos ou vegetais, são denominada de Bio-PK .
Um fenômeno de Macro-PK bastante peculiar é o Poltergeist ou RSPK (Recurrent Spontaneous Psychokinesis – Psicocinesia Espontânea Recorrente) que é caracterizado principalmente por barulhos, movimentos de objetos, efeitos elétricos e mecânicos sem uma causa conhecida. Usualmente eles têm curta duração e estão associados às pessoas.
Fenômenos sugestivos da sobrevivência da consciência após a morte física
Casas Assombradas (Haunting) ou Aparições
Caracterizam-se por aparições de fantasmas e/ou bolas de luz e ruídos sem uma causa explicável. Ocasionalmente, ocorrem movimentos de objetos, tais como portas e janelas que se abrem ou fecham sem explicação aparente. Estão associados a lugares específicos e costumam ter longa duração.
Reencarnação ou Lembranças de Vidas Passadas (LVP)
A pesquisa sobre esse polêmico tema está basicamente associada a crianças em tenra idade (normalmente de 2 a 7 anos), as quais relatam recordarem-se de suas vidas passadas, geralmente, com lembranças associadas à época da morte. Vivendo intensamente as suas memórias, elas solicitam aos seus pais que as levem aos locais em que supostamente teriam vivido. Quando são levadas a esses locais, algumas vezes elas os reconhecem bem como as pessoas relacionadas a eles. Algumas manifestam costumes diferentes dos habituais da sua cultura e também, em alguns casos, falam idiomas desconhecidos da sua família, o quais estariam supostamente relacionados com a vida anterior.
Experiências Fora do Corpo (EFC ou OOBE – Out-of-Body Experience)
Nas quais, a pessoa relata perceber o seu foco de consciência situado em local diferente do seu corpo físico, podendo, algumas vezes, inclusive, ver o seu próprio corpo desta posição externa a ele.
Experiências de Quase Morte (EQM)
Nelas as pessoas passam por morte clínica e dela retornam. Muitas delas relatam sentirem-se separadas do seu corpo físico, “reviverem” suas vidas inteiras em segundos, passarem por um túnel, encontrarem uma luz muito forte e parentes falecidos. Ao retornarem, com muita freqüência superam o medo da morte e transformam completamente as suas vidas, manifestando novos valores existenciais.
Pesquisas com Médiuns ou Drop-in
Certas pessoas relatam experiências como a de sentirem-se interagindo diretamente com pessoas falecidas, dando informações detalhadas sobre a vida dessas pessoas e, em alguns casos, comportando-se como os supostos falecidos. Em muitos casos essas informações podem ser confirmadas.
Controvérsias da Parapsicologia
Dentre as muitas controvérsias as quais a parapsicologia esta envolvida, talvez a mais antiga, atual e importante diga respeito a se os fenômenos por estudados ela realmente existem ou não. Com base nas técnicas Meta-analíticas aplicadas aos experimentos psi podemos afirmar que tanto a ESP como a PK existem. Ou seja, a base de dados estatísticos acumulados sobre esses experimentos oferece uma evidência científica muito forte a favor da hipótese psi. Essa evidência experimental vem a confirmar muitos dos dados das pesquisas de levantamento e de campo. Isso não significa dizer que exista um consenso a esse respeito. Os intermináveis debates científicos entre os céticos e os parapsicólogos, ou mesmo entre esses últimos, revela que estamos longe de resolver essa questão. Já com relação aos fenômenos sugestivos da hipótese da sobrevivência da consciência após a morte física, as controvérsias e debates se intensificam imensamente. A dificuldade de verificar alguns desses fenômenos experimentalmente sem que se possa excluir muitas hipóteses explicativas, dificulta em muito um avanço na sua compreensão. Alguns deles inclusive, não são passíveis de verificação experimental. As pesquisas de campo e levantamento são trabalhosas e podem ser criticadas em relação à validade dos testemunhos (memória e distorções perceptivas/interpretativas), seletividade dos relatos, entre outros. Além disso, qualquer possível definição relativa à hipótese da sobrevivência poderia trazer um forte impacto sobre questões ideológicas, filosóficas e religiosas, entre muitas outras. O que significa dizer que essa é naturalmente uma área muito tensa e carregada de conflitos o que, obviamente, traz uma grande influência para o trabalho científico. Todos as fenômenos estudados pela Parapsicologia, não apenas os relativos a questão da sobrevivência, são extremamente polêmicos visto que, um avanço definitivo na compreensão de suas naturezas implicaria, possivelmente, na necessidade de revisões científicas, ideológicas, filosóficas, religiosas, etc. Nossa postura é de abertura, ou seja, de respeito a todas as possibilidades, hipóteses e, essencialmente voltada desenvolver pesquisas que possam contribuir para uma melhor compreensão sobre esses fenômenos tão desafiadores.
No que diz respeito ao uso da Parapsicologia como instrumento de disputas religiosas, podemos afirmar que ela, como ciência, não se prestaria para essa finalidade e que em seu status atual de desenvolvimento, ou seja, com base estrita nos dados de que dispõe, ela não está apta para avaliar afirmações religiosas. Há, entretanto, pesquisadores que consideram esses dados relevantes no sentido de evidenciar uma possível natureza espiritual do ser humano. Numa perspectiva materialista a consciência é considerada um sub-produto de reações orgânicas, principalmente aquelas ocorridas no cérebro e no sistema nervoso. Essa perspectiva conflita diretamente com a possibilidade de existência de qualquer um os fenômenos estudados pela parapsicologia. Dito em outras palavras, é possível que, se os fenômenos estudados pela parapsicologia existirem de fato, essa perspectiva materialista precise ser ou expandida ou modificada.
Outro aspecto importante é que os fenômenos estudados pela parapsicologia estão presentes nos relatos históricos de praticamente todas as religiões e/ou tradições espirituais da humanidade. Inúmeros fenômenos psi são atribuídos aos fundadores de grandes religiões, aos santos, gurus, xamâs, entre outros, sugerindo uma correlação entre os supostos fenômenos e um possível desenvolvimento espiritual. Um exemplo interessante sobre essa correlação entre conhecimentos religiosos e parapsicológicos diz respeito à técnica Ganzfeld. A idéia principal dessa técnica é que a redução na entrada de informações sensoriais poderia auxiliar no reconhecimento da informação psi. Uma das fontes de inspiração para a utilização dessa técnica na parapsicologia foram os Sutras de Patanjali, texto clássico sobre o Yoga, do II milênio DC. Dos 195 aforismos de Patanjali, 41são dedicados aos fenômenos Psi. Essa filosofia religiosa não apenas conhecia todos esses fenômenos como criou sofisticadas técnicas (ex. meditações) que quando utilizadas sistematicamente desenvolveriam os referidos fenômenos. Porém eles não se constituíam no objetivo das técnicas e inclusive eram vistos como um possível empecilhos a um desenvolvimento espiritual superior. Como vimos, existem pontos de contato entre os fenômenos estudados pela parapsicologia e as tradições espiritualistas da humanidade, porém, é preciso ter cautela em interpretar essas correlações. A compreensão que a parapsicologia tem desses fenômenos é bastante modesta, tanto que não existe ainda uma teoria unificada para explicá-los. Existem muitas teorias, advindas de diferentes áreas do conhecimento, como a física, psicologia, sociologia, entre outras. Dessa forma, refletimos que, ao menos em parte, as controvérsias que envolvem a parapsicologia se devem ao seu estado preparadigmático de conhecimento, ou dito de outra forma, seu estado inicial de desenvolvimento. Estado esse que pode ser reflexo tanto da complexidade e sutileza de seus supostos fenômenos como da falta de recursos para as suas pesquisas. Este último aspecto é reforçado por um certo preconceito acadêmico em relação tanto aos fenômenos como o seu estudo. Também existe a questão de que esses fenômenos oferecem pouco potencial para serem consumidos comercialmente, ou seja, não despertam o interesse econômico que praticamente define a maior parte dos rumos da pesquisa científica.
O desconhecimento quase que generalizado da parapsicologia como disciplina científica, tanto nos meios acadêmicos como populares, como é discutido mais adiante no item Confusões Parapsíquicas, também contribui muito para aumentar o envolvimento da parasicologia em controversias. Neste sentido os meios de comunicação de massa tem um papel decisivo. A grande maioria das reportagens ou mesmo filmes e novelas que abordam esse tema o fazem de forma distorcida ou competamente equivocada.
Tanto pela dificuldade de demonstrar e estudar seus fenômenos como pelo grande potencial que estes parecem ter de evidenciar lacunas no conhecimento científico sobre a compreensão do ser humano e a realidade em geral, ou ainda pela relação deles com áreas aparentemente conflituosas com o conhecimento científico, a parapsicologia se constitui com um campo multidisciplinar do conhecimento humano essencialmente controverso.
Alguns tópicos sobre a História e o Desenvolvimento da Parapsicologia
A Pesquisa Psíquica / Metapsíquica – 1882 – 1930
Os fenômenos Psi ou parapsíquicos remontam à história do próprio homem, porém, o início do seu estudo científico é atribuído às pesquisas pioneiras do eminente Químico e Físico William Crookes, em 1872. A partir de seus estudos, que deram grande evidência aos fenômenos, vários cientistas envolveram-se com o que, na época, chamava-se de Pesquisa Psíquica e, posteriormente, de Metapsíquica. Todos esses brilhantes pesquisadores foram acusados, discriminados e “excomungados” do meio científico. Como resposta a essa exclusão científica, surgiu, em Janeiro de 1882, a SPR (Society for Psychical Research – Sociedade para Pesquisa Psíquica) de Londres, que tinha como objetivo estudar o mesmerismo e o hipnotismo; as curas paranormais; a clarividência; a transmissão do pensamento; a mediunidade física e mental; as aparições e assombrações. Já em 1884, surge a filial norte-americana da SPR a ASPR (American Society for Psychical Research).
O período compreendido entre 1882 e 1930, o qual ficou também conhecido como Era Heróica, é caracterizado principalmente pela pesquisa qualitativa de casos espontâneos ligados, na sua maioria, à questão da sobrevivência da alma após a morte física. Os sujeitos investigados eram Médiuns e/ou Psíquicos brilhantes que geravam fenômenos de efeitos físicos incríveis, tais como a materialização de corpos e objetos, ou a levitação de objetos e, às vezes, dos seus próprios corpos.
Cientistas dos mais eminentes tentaram comprovar a existência desses fenômenos diante de uma comunidade científica que os negou terminantemente. A sua aceitação implicaria em mudanças radicais no sistema de crenças e paradigmas da época. Além disso, algumas tentativas de fraude por parte de alguns médiuns serviram para que esses fenômenos fossem genericamente desacreditados.
Joseph Banks Rhine (1895-1980) O reconhecimento científico da Parapsicologia 1930 – 1960
A impossibilidade de se provar a existência dos fenômenos pelos métodos utilizados, trouxe a necessidade de se implementarem novas formas de pesquisa. É nesse contexto que surge, no Departamento de Psicologia da Universidade Duke (EUA), um trabalho inovador de pesquisa em Parapsicologia. A partir de 1930, o Dr. Joseph Banks Rhine, sua esposa e colegas passaram a desenvolver pesquisas experimentais sistematizadas com sujeitos comuns (estudantes da Universidade de Duke). Através de testes com resposta fechada, utilizando um baralho criado especialmente para esse fim (Baralho ESP ou Zener), Rhine criou técnicas simples que permitiam a aplicação do método estatístico. Rhine adotou um sistema conceitual que delimitou o campo de estudos da Parapsicologia, concentrando-se na pesquisa de ESP (através das cartas Zener) e PK (com dados de jogar), diversamente do campo de estudo abrangente da Metapsíquica. Por considerar que as provas a favor da sobrevivência poderiam também ser obtidas por ESP, Rhine decidiu abandonar temporariamente essa pesquisa.
Rhine e seus colegas criaram um novo paradigma mundial na Parapsicologia. Através de seus de experimentos ele evidenciou a existência da Psi e elevou a Parapsicologia a um novo status científico. Em 30 de Dezembro de 1969, a PA (Parapsychological Association – Associação de Parapsicologia: sociedade científica internacional da Parapsicologia) foi aceita como afiliada à Associação Americana para o Progresso das Ciências, uma das maiores associações científicas do mundo, abrangendo mais de 300 sociedades científicas de todas as áreas.
Era Moderna I – 1960 – 1990
A década de 60 marca o início da Era Moderna em Parapsicologia. Com a revolução cultural e o uso de alucinógenos, surge um novo interesse pela “vida interior”. Esse contexto, somado à percepção de que as técnicas clássicas de Rhine eram estéreis e cansativas aos sujeitos, fez com que uma nova geração de parapsicólogos passassem a desenvolver estudos e pesquisas, voltados à criação de métodos que possibilitassem situações físicas e mentais facilitadoras da Psi. Dois aspectos principais nortearam a busca desses métodos. Um deles é a tentativa de aproximar, ao máximo possível, as circunstâncias criadas em laboratório com aquelas vividas na vida diária. O segundo fator é a exploração dos Estados Modificados de Consciência, tais como a hipnose, a meditação, os sonhos, etc. Dessa forma, surge uma nova variedade de técnicas de pesquisa, conhecidas genericamente como técnicas de resposta livre. Dentre elas, destacam-se as técnicas com Sonhos, nas quais, é sugerido ao sujeito que tente sonhar com um alvo específico; na técnica de Visão Remota o sujeito fica no laboratório e tenta descrever um local distante onde se encontra um pesquisador; e na técnica Ganzfeld, o sujeito vivencia uma parcial privação sensorial e um relaxamento, que o induz a um estado possivelmente favorável para reconhecer a Psi.
O interesse dos parapsicólogos não é mais o de provar a existência da Psi e sim de compreender a sua natureza. Busca-se agora explorar as correlações da Psi com as atitudes, modos, fatores de personalidade, diferentes estados da mente, etc.
Já com relação aos estudos de PK, surgem as pesquisas usando Geradores de Eventos Aleatórios eletrônicos e movidos por fontes radioativas. Os sujeitos tentam influenciar mentalmente os aparelhos no sentido de fazê-los funcionar de forma não aleatória.
Esse momento é marcado por uma grande proliferação de centros de pesquisa, por uma maior teorização e também pelo desenvolvimento de novas e mais sofisticadas técnicas de pesquisa e métodos estatísticos de avaliação.
Era Moderna II – a partir de 1990
Finalmente, chegamos aos anos 90, onde a tecnologia dos computadores é definitivamente incorporada aos experimentos Psi. A pesquisa torna-se mais e mais orientada ao processo e as replicações parecem avançar, permitindo um crescente refinamento teórico. Passa-se a utilizar as técnicas estatísticas de Meta-análise, as quais permitem avaliar conjuntamente grandes conjuntos de pesquisas realizadas ao longo de períodos extensos de tempo, por exemplo décadas. As aplicações da Psi parecem tornar-se mais evidentes. Os psíquicos passam a influir no direcionamento de empresas, a ajudar a polícia a localizar pessoas desaparecidas ou a resolver crimes, a localizar fontes de minérios, etc.
breve comentário sobre o ceticismo e a parapsicologia
Um dos fatores que tem ajudado em muito o refinamento teórico metodológico da Parapsicologia são as críticas que ela tem recebido por parte daqueles que concebem a existência dos fenômenos psi como uma impossibilidade ou que avaliam as evidências a favor desses eventos como insuficientes; geralmente são conhecidos como céticos. Essas críticas são freqüentemente incorporadas aos procedimentos metodológicos, tornando-os mais e mais aperfeiçoados. Sob muitos aspectos a atuação dos céticos com relação, direta ou indireta, a Parapsicologia pode ser considerada muito benéfica, como no combate ao charlatanismo que tanto prejudica o credenciamento do trabalho científico dos pesquisadores psi, ou no desenvolvimento de pesquisas e/ou artigos em conjunto com parapsicólogos, entre outros.
Outro aspecto interessante e talvez pouco conhecido, é que muitos parapsicólogos são bastante céticos em relação os fenômenos psi. Um ceticismo moderado é extremamente saudável ao trabalho de pesquisa em parapsicologia. Porém, é também bastante conhecido desses pesquisadores o efeito experimentador. A disposição do pesquisador para com o fenômeno, para com o experimento e os seus participantes afeta diretamente os resultados. Um pesquisador que não acredita na possibilidade da existência dos fenômenos que estuda não terá, a princípio, motivação e expectativa para o sucesso desse estudo e terá mais dificuldade de criar um “ambiente social aconchegante”. Esses fatores têm se mostrado muito importantes para os resultados experimentais. Se numa perspectiva cética poderíamos afirmar que é necessário “ver para crer”, na perspectiva de se alcançar um experimento que facilite o aparecimento da psi, é necessário “crer para ver”! Obviamente que essa crença nada tem haver com o relaxamento dos controles experimentais apropriados.
Algumas Pesquisas e Tendências Atuais
Experimentos contemporâneos mais importantes
Técnica de Pesquisa Ganzfeld
Nessa técnica, a privação sensorial é empregada para se reduzir a entrada de informações sensoriais, permitindo que o sujeito oriente a sua atenção aos processos internos, com o objetivo de incrementar a sua capacidade de perceber e reconhecer os sinais da percepção extrasensorial ou psi.
Em seu desenho mais usual temos dois participantes, um “emissor” e um “receptor”. O “emissor” permanece numa sala com atenuamento acústico e tenta “transmitir” ao “receptor” alguma informação alvo, seja uma fotografia ou mais recentemente um vídeo clipe (trecho de um filme, documentário, desenho animado, etc.). O “receptor”, por sua vez, permanece noutra sala distante, também com atenuamento acústico e procura “captar” por vias extra-sensoriais a informação alvo. Ele tem seus olhos cobertos com meias bolas de pingue-pongue, sobre as quais incide uma luz vermelha. Esse aparato produz ao participante, o qual permanece com os olhos abertos, um campo visual homogêneo que poderá estimular um aumento na freqüência de suas imagens mentais. Através de fones de ouvido o “receptor” ouve uma indução para um relaxamento físico e mental, seguido do “chiado branco” (algo similar ao som de um rádio fora de sintonia). O relaxamento diminui a percepção do próprio corpo. Com a incidência da luz vermelha sobre as bolinhas de pingue-pongue e a audição do chiado branco busca-se uma redução da entrada de informações sensoriais pelo fornecimento de um estímulo homogêneo, que com o passar do tempo (cerca de 6 a 10 minutos) torna-se imperceptível. Dessa forma o participante é estimulado a “desligar-se” do mundo externo e voltar-se aos seus processos internos (imagens, sentimentos, sensações, etc.), os quais deve relatar em voz alta durante o período da emissão (entre 20 e 40 min.). Depois de concluída essa etapa o receptor passa a avaliar 4 video-clipes, dentre os quais, apenas um lhe foi transmitido. Nem o receptor nem o pesquisador que orienta esse julgamento, conhecem a identidade do vídeo que foi transmitido. Somente após esse julgamento e o seu registro, o emissor é chamado e revela o alvo correto. Por puro acaso, somente 1 a cada 4 receptores (25 %) deveriam identificar o alvo correto. Numa última atualização dos dados da pesquisa Ganzfeld, publicada em setembro de 2001, considerou-se 1571 sessões individuais, conduzidas por dezenas de investigadores, verificou-se que 30,1 % dos participantes acertaram o alvo correto, sugerindo que ao menos parte da percepção da informação alvo ocorreu por vias diferentes das sensoriais, ou seja, telepatia ou clarividência.
Técnica da Visão Remota ou Remote Viewing
Se técnica Ganzfeld busca-se verificar a fenomenologia psi procurando induzir o “receptor” a um estado modificado de consciência, na técnica da Visão Remota ele permanece no estado de vigília (consciência de vigília) ao tentar obter uma informação por vias extra-sensoriais. A informação alvo pode ser uma cena real, uma fotografia impressa ou mostrada na tela de um computador, um objeto ocultado, etc. Todas as possibilidades de obtenção de informações por vias sensoriais são vedadas ao sujeito. Uma análise estatística de 154 experimentos conduzidos entre 1973 e 1988 envolvendo 26.000 ensaios (20.000 com respostas fechadas) e 227 sujeitos encontrou um resultado que ocorreria por acaso uma vez a cada 10 20 vezes. Já numa análise que incluiu dados de experimentos até o ano de 1996, a Dra. Jessica Utts, Professora de estatística na Universidade da Califórnia em Davis, concluiu: “Está claro para essa autora, que a Cognição Anômala é possível e foi demonstrada. Esta conclusão não está baseada em crença, mas sobre critérios científicos comumente aceitos. O fenômeno foi replicado num número de formas através de laboratórios e culturas.”
Bio-PK ou DMILS (Direct Mind Interaction of Life System – Interação Direta da Mente sobre Sistemas Vivos)
Numa das modalidades dessa pesquisa os participantes tentam influenciar a distância os processos fisiológicos de alvos humanos. Em períodos alternados, escolhidos aleatoriamente, o agente tenta ativar ou acalmar o sistema nervoso de um paciente, o qual tem seus processos fisiológicos monitorados. Outra forma de pesquisa, relativamente curiosa por ser inspirada na vida real, é chamada de Fitar à Distância. Essa técnica verifica se alguém pode descobrir uma observação fixa por outra pessoa, mesmo que esta pessoa esteja a alguma distância, podendo olha-la fixamente somente através de câmara de vídeo. Avaliações estatísticas de grandes conjuntos de dados também tem oferecido resultados significativos, mostrando forte evidência para esse tipo de interação anômala.
Outra forma de DMILS é Cura a Distância (Distant Healing). Curadores psíquicos tentam influenciar, à distância, o quadro clínico de pacientes selecionados situados em hospitais, como, por exemplo, pacientes com AIDS, câncer, diabete, etc. Alguns resultados são também bastante significativos.
Além dessas formas de pesquisa entre seres humanos, também existem muitos estudos verificando a interação mental direta entre os seres humanos e animais, vegetais ou ainda microorganismos.
Micro PK através Geradores de Eventos Aleatórios (GEA ou RNG – Random Number Generator)
As pesquisas sobre a interação mental direta sobre Geradores de Eventos Aleatórios (GEA) tornam-se mais e mais sofisticadas em termos tecnológicos. Esses equipamentos funcionam através de circuitos eletrônicos que geram eventos aleatórios usualmente com fonte num ruído eletrônico ou por decaimento radioativo. Um GEA pode gerar com um controle científico rigoroso, uma taxa muito grande de dados que são registrados e analisados por programas de computador. Os sujeitos tentam influenciar mentalmente a distribuição aleatória dos números ou eventos gerados. Por exemplo, se o equipamento gera seqüências de 0 e 1, espera-se que a quantidade de 0 e 1 seja equilibrada (aproximadamente 50% de 0 e 50% de 1). Quanto maior for a seqüência maior deverá ser a proximidade do resultado com a média esperada por acaso. O sujeito procura desequilibrar essa distribuição. Alguns experimentos utilizam programas de computador baseados nos eventos aleatórios. São jogos divertidos e desafiantes, com imagens, gráficos e retro-alimentação auditiva buscando estimular os participantes a usarem a psi.
Uma avaliação estatística considerou 832 experimentos realizados por 68 pesquisadores entre 1959 e 1987; os resultados evidenciaram fortemente que a consciência humana pode realmente afetar o comportamento de um sistema físico aleatório. A chance desse resultados terem ocorrido por puro acaso é de menos de uma em um trilhão! Numa atualização feita em 1996 a base de dados cresceu para 1262 experimentos independentes e o efeito encontrado manteve-se, com as chances de ser devido ao acaso relacionadas uma contra quadro mil.
Outra área associada aos GEAs é a pesquisa do Campo da Consciência. Essa novíssima área de pesquisa investiga se a “ressonância de consciências” de uma grande quantidade de pessoas com forte conotação emocional (na entrega do Oscar do cinema, copa do mundo de futebol e jogos olímpicos, rituais do funeral da princesa Diana ou comemorações de ano novo), pode produzir padrões não aleatórios em sobre Geradores de Eventos Aleatórios. Algumas pesquisas sugerem que isso ocorreria a partir da existência de um campo de consciência emanado pelo grupo. Alguns resultados obtidos tem sido também significativos. Um estudo exclusivamente criado para observar esse efeito é o Projeto de Consciência Global (GCP – Global Consciousness Project), o qual foi desenvolvido por Roger Nelson da Universidade de Princeton. O GCP utiliza-se de GEAs que são colocados para gerar e registrar informações em diversas partes do mundo. Os GEAs são controlados por diferentes pesquisadores, sendo que o projeto constitui-se numa colaboração internacional em torno do mesmo tema de pesquisa. As informações geradas pelos GEAs são enviadas pela internet por um computador central onde automaticamente são armazenadas, analisadas e mostradas no Website do projeto: http://noosphere.princeton.edu
Outras tendências da atualidade
Características Físicas e Fisiológicas da Psi
Verificou-se que as características físicas dos alvos (ex. imagem digital) podem afetar os resultados dos experimentos psi. Observou-se também que quando o campo magnético da terra ou geomagnético está alto (ex. durante tempestades com raios) podem ocorrer mais fenômenos de PK, enquanto que os fenômenos de ESP parecem ser favorecidos por campos geomagnéticos calmos ou baixos. Essa correlação (CGM x psi) mostrou-se significativamente mais intensa em torno das 13 horas do Tempo Sideral Local (uma medida astronômica que indica a posição das estrelas em relação a um observador na terra).
Outros estudos têm buscado observar a dinâmica cerebral durante as atividades psi, ou tentar correlacionar certas tendências neurológicas pessoais (ex. a dominância de atividades no hemisfério cerebral direito ou esquerdo) com os resultados experimentais. Alguns experimentos de PCG têm mostrado que quando certos alvos ameaçadores (vídeos clipes) são mostrados nas proximidades dos sujeitos, alguns segundos antes do alvo ser mostrado eles reagem fisiologicamente indicando perceberem nesse nível a ameaça potencial antes que ela seja apresentada. Para os alvos neutros, ou seja, que não representam ameaças, não ocorrem as reações fisiológicas. As reações fisiológicas mensuradas são o ritmo cardíaco, a resistência elétrica da pele e o fluxo de sangue.
Pesquisas têm também evidenciado que certos processos cerebrais (potenciais do cérebro relatados ao evento ou ERPs), obtidos para alvos psi, foram significantemente diferentes dos ERPs para estímulos que não eram alvos, ou seja, trata-se de uma forma fisiológica de verificar quando a psi ocorre, apesar dessa informação não ser conhecida conscientemente.
Estados Psi Condutivos
Trata-se de um aprofundamento das pesquisas envolvendo os estados modificados de consciência, tais como sonhos, meditação, relaxamento, processos dissociativos, etc. Os resultados parecem indicar diferentes correlações desses estados com a produção da psi, porém, devido a grande quantidade de outras possibilidades de influência sobre os resultados e ainda a obtenção de resultados contraditórios, não existem definições a esse respeito.
Psi e fatores da Personalidade
Estuda-se como a criatividade, extroversão, memória, espontaneidade, neuroticismo, mecanismos de defesa, abertura para novas idéias, estilo cognitivo, etc., influenciam a Psi. Lentamente está surgindo um perfil psicológico psi condutivo, ou seja, favorável a ocorrência da psi.
RSPK ou Poltergeist, Haunting, Reencarnação, EQM, Drop-in e EFC
Após permanecerem relativamente fora do foco de interesse principal de pesquisa, principalmente em função da era Rhine, esses fenômenos voltam a receber a atenção de muitos pesquisadores do presente, porém com novas e modernas metodologias tanto de pesquisa como de análise.
Experimentos por computador e Internet
Na era da informática quase todos os experimentos de laboratório tendem a se automatizar. Além disso, a revolução da Internet foi rapidamente absorvida pela Parapsicologia e quase todos os grandes centros mundiais de pesquisa já desenvolveram experimentos virtuais em seus sites.
Confusões Parapsicologicas
O resumo exposto nos itens anteriores indicou a maioria dos fenômenos estudados pela parapsicologia (não todos), evidenciando que a Parapsicologia não estuda tudo o que parece paranormal ou incomum, por exemplo, ela não estuda os UFOs, ocultismo, etc. A Parapsicologia também não é sinônimo de astrologia, alquimia, feitiçaria, etc. Paranormais, videntes, místicos, mágicos, hipnólogos e terapeutas alternativos entre outros, freqüentemente se auto denominam parapsicólogos, o que de fato, não são.
Deve ficar claro que estes eventos/atividades pertencem a outras áreas do conhecimento humano. O fato de citá-las como diferentes daquelas estudadas/desenvolvidas pela parapsicologia não implica em nenhum tipo de juízo de valor ou qualidade das mesmas.
Um parapsicólogo – pessoa que se dedica ao estudo e pesquisa dos fenômenos psi – pode possuir os mesmos fenômenos que estuda visto que alguns deles parecem ser relativamente comuns, porém, o fato de manifestar tais habilidades não transforma ninguém num parapsicólogo, o qual, necessita de uma formação científica para habilitar-se ao complexo estudo dessas desafiadoras habilidades humanas.
A Parapsicologia, como ciência que estuda e correlaciona capacidades humanas tão sutis, parece possuir um grande potencial para colaborar com a construção de uma sociedade mais ética e harmônica, constituída por pessoas mais cientes e agentes de seus potenciais parapsíquicos. É por essa razão que ela precisa ser conhecida e respeitada a partir de seus estudos e pesquisas e, distinguida de outras atividades que não lhe dizem respeito diretamente. Naturalmente que podem existir pontos de contato entre diferentes eventos/atividades, por exemplo, poderia a feitiçaria ser uma espécie de telepatia? Porém, reconhecer esses pontos não significa retirar os limites/objetivos que distinguem as diferentes áreas, ou mesmo misturar as suas identidades.
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