Por Wagner Borges – www.ippb.org.br
(Resposta de um iogue extrafísico à pergunta: “Qual é o mistério da existência?”)
Depois de tantos anos de profunda pesquisa pelos reinos da consciência e suas manifestações, o que posso dizer-lhe é que a chave dos grandes mistérios oculta-se dentro das pequenas coisas e também na simplicidade da própria vida.
Descobri a alegria que transcende o emocionalismo comum e tornei-me igual a uma criança. Vivo nas asas da alegria e tudo é novidade.
Pensam que eu sou um sábio, mas tornei-me criança nos braços da vida.
Você conseguiu captar a mesma essência que me inspirou a escrever tanto.
Conseguiu ver-me além da referência dos sentidos comuns.
Onde pensam sentir-me como um iogue ancião e sábio, você vislumbrou a força da criança e a Luz da vida no semblante de um idoso jovial.
Uma mocidade serena foi o fruto de toda minha vida e pesquisa.
Imaginam-me junto aos sábios da Índia morando nas altas esferas espirituais.
No entanto, gosto mais de ficar entre as crianças.
As passarelas da vida interessam-me mais do que o ócio no paraíso.
Gosto de tocar as cabeças dos pequeninos e passar-lhes as bênçãos que a serenidade outorgou-me. Às vezes, eles sentem minha presença e alegram-se espontaneamente.
Seus pais não percebem o vovô, que é mais criança do que seus filhos, afagando-lhes os cabelos e agradecendo ao Todo Poderoso pela efusão da vida em cada Ser.
Se a serenidade tornou-me criança da vida, isso significa que o Ancião dos Dias, Sereníssimo, é a Maior Criança do universo. Ele brinca e afaga nossas consciências sem que O percebamos.
Quer conceito mais iogue do que esse?
Brahman* é a criança divina que se esconde em nossos corações.
É o sábio dos sábios.
Eterna Efulgência, revela-se apenas para os pequenos.
Oculta-se dos doutores, mas apresenta-se alegremente para as crianças.
E Ele ri com elas…
Essa é a chave dos grandes mistérios: não se encontra o Supremo no Céu e nem nos ensinamentos dos sábios da Terra. Ele está junto com as crianças.
Foi isso o que descobri depois de tantos anos de pesquisa profunda nos reinos da Espiritualidade. Por isso, tornei-me criança e estou entre elas.
Encontro o Todo-Poderoso no sorriso delas.
Agora, você já sabe onde me encontrar.
O sábio desnudou-se espiritualmente e continua frequentando a escola da vida.
O Brahman descrito nos Upanishads** é o Supremo impresso nas folhas de um livro escrito pela inspiração dos antigos rishis***. É um dos estágios da sabedoria antiga.
Descobri que o estágio seguinte é o Brahman descrito nos Upanishads das crianças. É o Supremo impresso no sorriso delas.
Por isso, os sábios tornam-se crianças e vivem entre elas. Eles querem fazer o estágio seguinte…
Essa é a revelação, meu caro rapaz: os sábios de todas as eras prezam mais a sabedoria da vivência nas passarelas da vida do que nos píncaros celestes.
Gostei de visitá-lo e ver que reporta as vivências espirituais para os outros. Isso torna a Espiritualidade mais clara e humana, mais acessível a adaptável aos rumos da vida moderna.
Há um novo homem surgindo dentro do homem comum da Terra. Ele ainda vacila e caminha zonzo, mas, passo a passo, vida após vida, sua radiância se tornará plena.
Um Ser de Luz habita o interior da consciência humana, e o seu brilho inspirará a humanidade a caminhar e alcançar seu destino glorioso no imenso concerto dos mundos que se espraiam pela imensidão do universo e suas inúmeras dimensões e planos.
Eleve os pensamentos ao Todo-Poderoso e agradeça pela efusão de vida perene.
Torne-se criança também!
P.S.:
Krishna é o flautista divino. Você é a flauta.
É Ele quem toca as melodias da Espiritualidade que fluem por você para os homens do mundo.
Ele é o instrumentista, você é o instrumento. Nunca se esqueça disso!
Seja sempre uma flauta digna de ser tocada pelo Senhor dos Olhos de Lótus.
Seja feliz e profundo, semelhante a Brahman e as crianças.
– Um Iogue que se tornou criança –
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)
– Nota de Wagner Borges:
O autor espiritual desses escritos é um mestre-iogue que viveu na Índia na primeira metade do século 20. Ele escreveu muitos ensinamentos sobre o despertar da consciência e o potencial espiritual do homem. Além disso, os seus poemas místicos eram maravilhosos (sou fã do trabalho dele e me senti muito honrado de tê-lo visto e recebido os seus apontamentos conscienciais).
Não evidencio o nome dele aqui justamente para evitar celeumas desnecessárias com discípulos e fanáticos diversos, que sempre acham que os mestres são deles, e não do mundo. Portanto, como ele mesmo diz, “o sábio ancião virou criança”.
E quem sou eu para dizer o contrário?
Oxalá eu também possa me transformar em criança de Brahman.
Paz e Luz.
– Notas do Texto:
* Brahman – do sânscrito – O Supremo; O Grande Arquiteto Do Universo; Deus; O Amor Maior Que Gera a Vida. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência, além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos.
** Upanishads – do sânscrito – parte final dos Vedas. É o conjunto de ensinamentos dos rishis da antiga Índia sobre a natureza do atman (o espírito, a essência imperecível que habita no coração), a vida, o Om, e Brahman.
* Rishis – do sânscrito – sábios espirituais; mentores dos Upanishads.
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