Oi Andréa,
Me ajude…
Venha comigo…
Me ajude a destruir o véu de maya e as ilusões do apego e do sofrimento.
Me auxilie a desvendar os caminhos da compaixão e a entender a minha alma.
Às vezes me sinto forte e às vezes tão frágil, mas em todos os momentos penso só em você.
Me ajude a me superar, que eu te ajudo a você se superar.
Me auxilie a desenvolvermos juntos a coragem, numa cumplicidade de amor evolutiva, muito acima do egoísmo medíocre dos casais comuns.
Ajude-me…
Venha comigo…
Ajude-me a enxergar além dos corpos semivivos animados por almas opacas e olhos tristes.
Ajude-me a ser homem, não o homem-macho social, mas o homem de luz em minha própria modéstia ainda tão incipiente.
Ajude-me a deixar de ser espiritualista e a me transformar em ser espiritualizado.
Ajude-me a transformar as lágrimas de tristeza momentânea em lágrimas de boas obras contundentes (mesmo incompreendidas).
Você será meu esteio o e eu quero ser o teu.
Vem voar comigo nos planos sutis da alma, dos jardins eternos do amor indescritível…
Vem transcender a parceria densa de nossos corpos de carne e mergulhar na cumplicidade consciencial do eterno.
Vem mergulhar fundo dentro do lótus de meu coração e me deixe mergulhar no teu…
Quero explodir em bilhões de sois brilhantes dentro de seu peito e acender e ascender em teu lótus coronário[1].
Deixa-me mergulhar em teu seio e adormecer na eternidade de teu regaço.
Que nossas colunas estejam e sejam eretas voltadas para o infinito do cosmos e que sejam como tochas conscienciais humanas fulgurando, recebendo e doando um amor inexorável.
Que mesmo de joelhos, diante dos percalços e dificuldades da vida, estejamos sempre mirados no brilho das estrelas com esperança de poder voltar para “casa”.
Eu choro e rio,
Eu acalento e brutalizo,
Eu medito e corro,
Eu faço e desfaço, digo e me contradigo…
Alegro-me com sucesso e me entristeço com meus defeitos…
Eu danço nos extremos da coragem e da covardia, do sim e do não,
Mas nada desestrutura a luz divina que trago dentro da alma e da simplicidade modesta de meu ser.
Não, não e não! Eu digo não!
Qualquer coisa pode me desanimar, mas nada me desestrutura!
Eu posso até ficar triste, mas nunca desisto.
Que força mágica é esta que tenho dentro de mim?
Nem eu entendo! Eu a renego, olho para outro lado, fecho os olhos, mas ela continua brilhando e ofuscando minha visão!
Algo dentro de mim brilha, por mais que eu erre ou renegue.
Eu tento tapá-lo com vergonha de meus erros e limitações, mas muitos e muitos amparadores maravilhosos a veem.
Creio que este brilho vem de você.
No meu peito há uma tocha eterna cuja faísca que a acendeu e a fez brilhar foi seu olhar e seu sorriso.
Ninguém ofusca a magia do amor, ainda mais quando há cumplicidade consciencial num dharma de servir.
Só me resta me curvar humilde, me ajoelhar se eu desejar e agradecer ao universo a oportunidade de existir, de viver e de compartilhar este dharma de luz tão maravilhoso contigo.
Vem comigo Andréa…
Vem passear nos jardins sutis da consciência cósmica
Vem caminhar comigo nos rastros das caudas dos cometas
Vem observar as nuvens e contar as estrelas
Que nossos dois egos sejam apenas um “não-ego” no samadhi do Universo.
Será que consegui expressar direito que te amo?
Faltam-me palavras, termos e expressões, sinto o inefável cujos textos, sons e imagens se tornam medíocres e impotentes para transcrever.
Andréa, tudo de OM para você!
Te amOM!
Do eternamente seu,
DaltOM; Curitiba; 08/05/2006 – Paz e Luz
Nota: Om é um mantra, uma espécie de oração – eu fiz uma brincadeira sintetizando o mantra junto a meu nome.
[1] Lótus coronário é um termo espiritualista utilizado no Hinduísmo que se refere ao coração espiritual. Optamos por explicar assim para facilitar ao leitor leigo.
Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente uma saudade imensa de seu planeta em Sírius B e está ansioso para ser “puxado” pelo planeta Chupão. Ele alega com bom humor: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de 41 obras independentes, sendo 5 sobre informática e 36 sobre espiritualidade e consciência, mas sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (inspirado em Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia. E, como ele sempre diz: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
Livros impressos – https://livros.consciencial.org
E-books – https://ebook.consciencial.org/
Cursos, áudios, meditações, práticas – https://cursos.consciencial.org
Seu livro publicado – https://seulivropublicado.com.br
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