Prefácio por “Maluco Beleza”
Entre as linhas de um modesto livro, me aventuro nas ondas das emoções sonoras, escrevendo novamente como um modesto roqueiro do além. Deslizando pelas nuvens dos palcos astrais e pelas plateias celestiais, repletas de almas simples, desencarnadas e afins, encontramos os roqueiros “eternos”. Descansam e se divertem no meio da jornada, cientes de que o “plano de voo” persiste e é eterno.
O bom humor e o som se entrelaçam com a presença de um rock que renova almas, repleto de sentimentos nobres. Amigos que outrora viveram, tocaram e cantaram juntos lá em “baixo” se reencontram aqui no além, despidos de amarras e preconceitos, tão comuns entre os encarnados e suas visões limitadas.
Neste lugar, a distância e as megaestruturas de shows terrestres não são um problema; tudo é plasmado num instante, com ordem, respeito e paz. Aqui, não há espaço para drogas, agressões ou desleixo, tudo é limpo, belo e bem arrumado.
Não posso comunicar-me como fazia anteriormente, nem escrever da maneira que costumava, tampouco entoar canções com a voz deste novo médium que, até agora, me era desconhecido – surgiu de supetão. Deixo apenas indícios de quem eu era, mas isso não tem importância. Agora, encontrei uma oportunidade e aproveito-a para transmitir uma breve mensagem.
Aprendi enquanto habitava um corpo e continuei a aprender vivendo sem ele; a vida persiste. Aqui, no astral, componho e toco, mas a energia e os sentimentos são outros, renovados.
Ninguém é especial por aqui, ninguém é exaltado, e não há fãs para aqueles que foram famosos na Terra. Valorizam-se as contribuições feitas por amor durante a vida corpórea aos semelhantes encarnados.
Enquanto muitos buscam fama e glória, perdendo-se em drogas e sexo, retornando para casa vazios e tristes, sem ouvir os risos de seus obsessores astrais, o pior pesadelo ocorre quando a cabeça repousa no travesseiro. O sono, que deveria ser restaurador, torna-se apenas cúmplice de horas vazias.
Não me lamento mais; a solução é seguir em frente e tentar novamente, tentar fazer melhor, tentar aprender a se doar. As boas canções são doações emocionais, as boas letras são evocações intelectuais; convergem na harmonia das notas musicais e do ritmo que envolve e transmite uma energia. A questão é: que energia é essa?
Sim, sempre doamos nossas energias na troca, nos relacionamentos, nos encontros, mesmo os efêmeros, na encarnação entre nossos semelhantes. O compositor, o músico, o poeta, o filósofo… todos deveriam se perguntar: o que estou doando?
Hoje, mais lúcido do que nunca, sei o que quero e compreendo que preciso aprender a me doar, mas antes, devo provar a mim mesmo que essa vontade é firme e sincera. Quando retornar lá para “baixo”, vou compor e cantar novamente, conseguindo encantar as pessoas com a energia sonora presente nas notas musicais do bem.
Obrigado pela oportunidade, isto era o que eu precisava dizer no momento.
Mediunicamente, um rockeiro do astral.
Dalton Campos Roque

Dalton é escritor, poeta, cronista, contista, jornalista do astral, médium e humorista incorrigível da consciência. Sente saudade de seu planeta em Sírius B e espera com ansiedade o “resgate” pelo planeta Chupão. Brinca: “Não quero ficar com os ‘evoluídos’.” Autor de dezenas de obras independentes — cinco sobre informática, uma sobre autopublicação e o restante sobre espiritualidade e consciência, sem religião. Engenheiro Civil, pós-graduado em Educação em Valores Humanos (Sathya Sai Baba) e Estudos da Consciência com ênfase em Parapsicologia.
Como costuma dizer: “Me ame quando eu menos merecer, pois é quando mais preciso.”
E um lembrete: todo texto, crítica ou alerta que escreve serve, antes de tudo, para ele mesmo.
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